Blog da Cidha Cunha

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

São Vilibrardo - 07 de Novembro -

 São Vilibrardo - 07/11 -



"Patrono dos que sofrem com epilepsia e convulsões"

Nasceu em Northúmbria, na Irlanda, em 658, e morreu em Echternach (Luxemburgo), a 7 de novembro de 739.

“Durante cinquenta anos – escreve Alcuíno – este grande missionário e grande amigo de Cristo dedicou-se, dia após dia, à conversão dos infiéis”. Em 690, quando Pepino d’Herstal terminava a conquista da Frísia, Vilibardo chegou lá, vindo do seu país, à frente de um grupo de anglo-saxões. Em 695, o Papa Sérgio I consagrou-o Bispo de Echternach. Era de Utrecht e Echternach que os seus missionários partiam para ir evangelizar os povos da Renânia ainda pagãos. Vilibrardo chegou até à Dinamarca e mesmo, parece, à Turíngia. Batizou Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno. Foi sepultado em Echternach, onde todos os anos, desde o século XIV, na terça-feira de Pentecostes, uma procissão se realiza em sua honra.

Grande amigo de Cristo e missionário dedicou-se por cinquenta anos à conversão do infiéis. Foi consagrado Bispo pelo Papa Sérgio I na mesma época seus missionários partiam para evangelizar os povos ainda pagãos. Após sua morte, todos os anos desde o século XIV, na terça de Pentecostes realiza-se uma procissão em sua homenagem.

São Vilibrardo  (Willibrord ) (c 658 -. 07 de novembro 739) foi um santo missionário, conhecido como o "Apóstolo dos frísios "na moderna Holanda . Ele se tornou o primeiro bispo de Utrecht e morreu em Echternach, Luxemburgo .

Seu pai, Wilgils ou Hilgis, foi um anglo, um saxão , da Northumbria . Recém-convertido ao cristianismo, Wilgils confiou seu filho como oblato, à Abadia de Ripon ,  e retirou-se do mundo, para construção de um pequeno oratório, perto da foz do Humber , dedicado a Santo André . O rei e os nobres do bairro dotoram-no-o de propriedades, até que ele foi finalmente capaz de construir uma igreja sobre a qual Alcuíno depois governou.

São Vilibrardo cresceu sob a influência de  São Wilfrid , bispo de York. Mais tarde, ele se juntou aos beneditinos . Ele passou os anos entre as idades de 20 e 32 na Abadia de Rathmelsigi , que era um centro de aprendizagem europeu no século 7.

Suas rotas missionárias, poços e fontes onde costumava batizar são visitados pelo povo, para solicitar a cura de várias doenças nervosas, especialmente das crianças.

Na Igreja Católica Romana seu dia de festa é celebrado no dia 07 de novembro fora da Inglaterra, mas em 29 de novembro, na Inglaterra, por ordem do Papa Leão XIII .

Numerosos milagres e as relíquias foram atribuídas a ele. Em uma ocasião, o transporte de suas relíquias foi celebrado por "cinco bispos, dois guardas suíços, 16 porta-estandartes, 3045 cantores, 136 sacerdotes, 426 músicos, dançarinos, 15.085 e 2.032 jogadores ".

Uma Procissão Dançante continua a ser realizada em Echternach a cada ano na terça-feira depois de Pentecostes, e atrai milhares de participantes e igual número de espectadores, para honrar a memória de um santo que é muitas vezes chamado o apóstolo dos países do Benelux.

Oração á São  Vilibrardo

Ó Deus,  Salvador de todos,que enviastes o bispo Vilibrardo como peregrino de Cristopara anunciar a boa notícia para muitos povose confirmá-los na fé ,ajudai-nos também, nós vos rogamos,a testemunhar o vosso amor inabalável por palavras e obras de modo que a vossa Igreja possa aumentar e crescer forte em santidade.Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,que vive e reina convosco na unidade do Espírito Santo,Deus, pelos séculos dos séculos.Amém!

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

São Nuno de Santa Maria - 06 de Novembro -

 -São Nuno de Santa Maria - 06/11 -



Nuno Álvares Pereira nasceu no dia 24 de Junho de 1360 em Cernache do Bonjardim (Portugal), e foi educado nos ideais nobres da Cavalaria Medieval, no ambiente das Ordens Militares e depois na Corte Real. Tal ambiente marcou a sua juventude. Aos dezesseis anos casou-se com Dona Leonor de Alvim, e desta união nasceram três filhos, sobrevivendo apenas a sua filha Beatriz.

As suas qualidades e virtudes impressionaram particularmente o Mestre de Aviz, futuro rei D. João I, que encontrou em Dom Nuno um exímio chefe militar e nomeou-o Condestável, isto é, Comandante Supremo do Exército. Nuno conduziu o Exército Português repetidas vezes à vitória, sendo a mais significativa a de Aljubarrota a 14 de Agosto de 1385, assegurando a independência de Portugal em relação ao Reino de Castela.

A batalha de Aljubarrota viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Fim da ameaça castelhana, D. Nuno Álvares Pereira permaneceu como Condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de D. João de Castela, dedicou-se a realizar incursões contra a fronteira de Castela, com o objetivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques. Por essa altura, em Outubro de 1385 foi travada em terreno castelhano a célebre batalha de Valverde.

Conta-se que na fase mais crítica da batalha e quando já parecia que o exército português iria sofrer uma derrota completa, se deu pela falta de D. Nuno. Quando já se temia o pior, o seu escudeiro encontrou D. Nuno em êxtase, ajoelhado, rezando entre dois penedos (rochedos). Quando o escudeiro aflito lhe chamou a atenção para a batalha que se perdia, o Condestável fez um sinal com a mão a pedir silêncio. Novamente chamado à atenção pelo escudeiro, que lhe disse: “Nada de orações, que morremos todos! Responde então D. Nuno, suavemente:

 “Amigo, ainda não é hora. Aguardai um pouco e acabarei de orar”.

Quando acabou de rezar, ergue-se com o rosto iluminado e dando as suas ordens, consegue que se ganhe a batalha de uma forma considerada milagrosa. Depois desta batalha, os castelhanos recusaram-se a dar-lhe batalha em campo aberto. O nome de Nuno Álvares inspirava terror nos castelhanos que passaram sempre que podiam a atacar a fronteira com pilhagens (roubos) e razias (invasões) e aplicavam a política de terra queimada* quando D. Nuno entrava em Castela.

Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria eram a trave-mestra da sua vida interior. Mandou construir por conta própria numerosas igrejas, destacando-se de entre estas o Convento do Carmo de Lisboa, que veio a entregar aos Carmelitas, que conhecera em Moura, e apreciara pela sua vida de intensa oração e amor a Nossa Senhora.

Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusou ter novas núpcias. Quando finalmente foi alcançada a paz, distribuiu grande parte dos seus bens e decidiu entrar no Convento do Carmo de Lisboa, tendo tomado o nome de Frei Nuno de Santa Maria: era a opção por uma mudança radical de vida em coerência com a fé autêntica que sempre o orientara. Ao entrar no Convento recusou todos os privilégios e assumiu a condição mais humilde, a de simples irmão, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria – a sua terna Padroeira que sempre venerou – e dos pobres, nos quais via o rosto de Jesus.

Frei Nuno de Santa Maria morreu no Domingo de Páscoa de 1 de Abril de 1431, sendo sepultado no Convento do Carmo, passando de imediato a ser venerado como Santo pela piedade popular.

O túmulo de Nuno Álvares Pereira foi destruído no Terremoto de 1755. O seu epitáfio era:

“Aqui jaz aquele famoso Nuno, o Condestável, fundador da Sereníssima Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta igreja onde descansa o seu corpo.”

O Papa Bento XV declarou-o Beato a 23 de Janeiro de 1918, e o Papa Bento XVI proclamou-o Santo da Igreja Católica, na Praça de São Pedro, em Roma, no dia 26 de Abril de 2009. A sua Festa litúrgica celebra-se a 6 de Novembro.

* Uma tática de terra arrasada ou terra queimada envolve destruir qualquer coisa que possa ser proveitosa ao inimigo enquanto este avança ou recua em uma determinada área.

 Oração a São Nuno de Santa Maria

Pai Santo, em Jesus Cristo mostrastes a São Nuno de Santa Maria o valor supremo do vosso Reino. Para o conquistar, ele exercitou-se com as armas da fé, do amor a Cristo e à Igreja, da Palavra de Deus, da Eucaristia, da oração, da confiança em Maria, da caridade, do jejum, da castidade, da fortaleza, do serviço, da retidão de espírito e da justiça. Para vos servir de modo mais total como único Senhor, e a Maria Santíssima, Senhora do Carmo, a quem se consagrou na vida religiosa carmelita, de tudo se despojou. Concedei-nos, por sua intercessão, a graça… (nomeá-la), para que sem obstáculos da alma e do corpo possamos nós também viver sempre ao vosso serviço e, combatendo o bom combate da fé, mereçamos tomar parte no Banquete do Reino dos Céus. Por Cristo, Nosso Senhor. Amem.

São Nuno de Santa Maria, rogai por nós!

terça-feira, 5 de novembro de 2019

São Zacarias e Santa Isabel - 05 de Novembro -

 São Zacarias e Santa Isabel - 05/11 -


São Zacarias e Santa Isabel, são os pais de São João Batista, e tem grande importância pois possuíam ligação com a Sagrada Família de Nazaré tem suas vidas relatadas nas santas escrituras.

Origem

Embora os nomes destes santos não estejam presentes no Calendário Litúrgico da Igreja, há muitos séculos a tradição cristã consagrou este dia à veneração da memória de São Zacarias e Santa Isabel, pais de São João Batista.

Encontramos a sua história narrada no magnífico Evangelho de São Lucas, onde ele descreveu que havia no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eles viviam na aldeia de Ain-Karim e tinham parentesco com a Sagrada família de Nazaré.

Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Zacarias e Isabel eram um casal de idosos e infelizmente Isabel era estéril. Mas foi por sua esterilidade que ela se tornou uma grande personagem feminina na historia religiosa do povo de Deus.

O anjo do Senhor apareceu ao velho sacerdote Zacarias no templo e lhe disse que sua mulher Isabel teria um filho que levaria o nome de João. Zacarias inicialmente se manteve incrédulo e para que pudesse crer precisou de um sinal: ele ficou mudo até que João veio à luz do mundo.

Conta-nos o Evangelho que Maria esteve com Isabel auxiliando-a durante sua gravidez. Após o nascimento de João, Zacarias e Isabel se recolheram à sombra da fama do filho, como convém aos que sabem ser o instrumento do Criador. Com humildade, se alegraram e se satisfizeram com a santidade da missão dada ao filho, sendo fieis a Deus até a morte.

Oração á São Zacarias e Santa Isabel

Que Deus conceda aos pais de família imitar Zacarias e Isabel, levando-os a viver uma vida santa, sendo justos diante do Senhor e observando como exatidão seus mandamentos. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

São Carlos Borromeu - 04 De Novembro -

 São Carlos Borromeu - 04/11 -



Origens

Carlos Borromeu nasceu no dia 2 de outubro de 1538, no castelo de sua família, na cidade de Arona, perto de Milão, Itália. Seu pai foi o milionário conde Gilberto Borromeu. Sua a mãe se chamava Margarida de Médicis. Ela pertencia à mesma família nobre e influente na sociedade italiana e na Igreja. Carlos foi o segundo filho.
 
Vocação
Os pais de Carlos Borromeu seguiram o hábito da época: entregaram-no para o serviço de Deus quando ele completou doze anos. Por uma grande felicidade, o menino tinha grande vocação religiosa e encontrou-se muito feliz no caminho do serviço a Deus. Sua vocação religiosa era bastante acentuada. Além disso, era penitente, cheio de piedade e caridoso para com todos os pobres.
 
Formação sólida
Carlos Borromeu tornou-se um estudioso aplicado e se destacou pela inteligência e sabedoria. Diplomou-se em direito canônico com apenas vinte e um anos. Um ano depois, entusiasmado com a fé e com grande ardor missionário, ele funda uma Academia para estudos religiosos. Esta academia teve total aprovação da Santa Sé.
 
Sobrinho do Papa Pio IV
Carlos Borromeu era sobrinho de Pio IV e isso o estimulava a seguir adiante no caminho da fé e não nas glórias humanas. Ele queria viver uma vida afastada, como monge. Porém, por causa de sua sabedoria e inteligência, com apenas vinte e quatro anos já era sacerdote e já tinha sido sagrado bispo de Milão. No cargo, ajudou a organizar a igreja e dedicou-se à evangelização.
 
Desejo de afastamento
São Carlos Borromeu sentindo-se bastante atraído pela vida monástica e contemplativa. Por causa disso, pensou seriamente em renunciar a seu cargo à frente da arquidiocese. Porém, seu amigo, o Venerável D. Frei Bartolomeu dos Mártires, então arcebispo de Braga, conseguiu dissuadi-lo dessa ideia. D. Bartolomeu o ajudou a perceber que, naquele século, repleto de maus exemplos dados pelo alto Clero, seria melhor que São Carlos Borromeu, um nobre, vindo de família milionária e sobrinho do Papa, desse um exemplo de vida pobre, humilde e santa como arcebispo. São Carlos Borromeu viu neste conselho a vontade de Deus e acatou, permanecendo arcebispo de Milão.
 
Exemplo de bispo
Seguindo os conselhos de Jesus e os de seu amigo D. Frei Bartolomeu, São Carlos Borromeu foi utilizando todos os seus bens (e eram muitos!) na construção de hospitais, albergues para os pobres, casas de formação para os sacerdotes e religiosos. Além disso, teve atuação forte no Concílio de Trento e levou adiante as reformas sugeridas por tal Concílio.
 
Reformas e perseguições
Promoveu a adoção de disciplina mais rígida para os padres e religiosos. Com isso, criou hostilidades com aqueles que não estavam dispostos a abrir mão de privilégios. Porém, não se preocupava com isso. Por causa da disciplina que instaurou para o clero, São Carlos Borromeu chegou a ser vítima de um atentado, enquanto estava em oração em sua capela. São Carlos Borromeu, porém, saiu ileso e perdoou generosamente aquele que atentara contra sua vida.
 
Peste negra
Em 1576 a peste negra chegou a Milão. Milhares de pessoas morreram. Mais de cem padres também faleceram, contaminados pela peste quando ajudavam os doentes. São Carlos Borromeu foi bastante atuante em meio a essa mortandade. Visitava e dava assistência a todos os contaminados que conseguia. Levava a eles os sacramentos da Igreja e o consolo da fé, no meio da dor do sofrimento. Não tinha receio nem precauções ao se misturar com os doentes. Sofrendo por ver tantas mortes de inocentes, flagelou-se em praças públicas pedindo perdão a Deus, exercendo seu sacerdócio em nome de seu povo.
 
Morte
Este trabalho incansável, porém, consumiu suas forças. Tanto que, um dia, a febre o pegou. Ela não o matou de vez, mas tirou-lhe as forças minou seu corpo lentamente. Depois disso, conseguiu fazer muito menos e, alguns anos depois, faleceu com apenas quarenta e seis anos. Antes de morrer, proclamou-se feliz por ter seguido, em toda a sua vida, os ensinamentos de Cristo e pela graça de poder encontrar-se com o senhor de coração puro. Faleceu em 4 de novembro de 1584, estando em sua sede episcopal. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Paulo V em 1610.
 
Oração a São Carlos Borromeu
“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Carlos Borromeu, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Carlos Borromeu, rogai por nós.”
 
Oração feita por São Carlos Borromeu dirigida ao Anjo da Guarda
“Meu bom Anjo da Guarda, não sei quando e de que modo irei morrer. É possível que eu seja levado de repente ou que, antes do meu último suspiro, eu me veja privado das minhas capacidades mentais. E há tantas coisas que eu quereria dizer a Deus, no limiar da Eternidade... Por isso hoje, com a plena liberdade da minha vontade, venho pedir, Anjo da minha guarda, que faleis por mim nesse temível momento. Direis, então, ao Senhor, meu bom Anjo da Guarda:
 
- Que quero morrer na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, no seio da qual morreram todos os santos, depois de Jesus Cristo, e fora da qual não há salvação.
 
- Que peço a graça de participar nos méritos infinitos do meu Redentor e que desejo morrer pousando meus lábios na Cruz que foi banhada com o Seu Sangue.
 
- Que aborreço e detesto os meus pecados que ofenderam a Jesus e que, por amor a Ele, perdoo os meus inimigos, como eu próprio desejo ser perdoado.
 
- Que aceito a minha morte como sendo da vontade de Deus e que, com toda a confiança, me entrego ao Seu amável e Sacratíssimo Coração, esperando em toda a sua misericórdia.
 
- Que, no meu inexprimível desejo de ir para o Céu, me disponho a sofrer tudo quanto a Sua soberana Justiça haja por bem infligir-me.
 
Não recuseis, ó Santo Anjo da minha guarda, ser o meu intérprete junto de Deus e expor diante dEle que estes são os meus sentimentos e a minha vontade. Amém.”

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

SANTOS DO DIA -PARTE 2 -

OS SANTOS



Santo (do termo latino sanctu, "estabelecido segundo a lei", "que se tornou sagrado") é tudo aquilo que é sagrado, ou seja, que está conforme os preceitos religiosos e a divindade [Salmos 15/16, 3] [Mateus 5, 3-12].
Para o Cristianismo e Catolicismo, "santo" é todo aquele que já está no céu, junto de Deus, aguardando a parúsia (segunda vinda de Cristo) [Apocalipse 5, 7-10 e 8, 2-4] [2 Macabeus 15, 6-17]. Aqueles que a Igreja Católica reconhece como santos, através da canonização, [1] são as pessoas que desempenharam uma obra admirável, ou cuja vida serve de testemunho aos demais católicos [1 Cor 12, 31]. Na Igreja Ortodoxa e na Igreja Anglicana, pessoas reconhecidas por virtudes especiais podem receber, também, o título de Santo, porém a Igreja Católica foi a que mais gerou santos na sua História. Esse título denota que, além de grande caráter, a pessoa está na graça de Deus (no Céu), mas a falta desse reconhecimento formal não significa necessariamente que o indivíduo não seja um santo. Aqueles santos que não possuem o reconhecimento formal da Igreja Católica recebem o título de Santos Anônimos. Para celebrar a honra desses santos, foi instituído  DIA 2 DE NOVEMBRO o “Dia de Todos-os-Santos”  pelo Papa Gregório III.

Dia de todos os santos

Na Igreja Católica, o dia de "Todos os Santos" é celebrado no dia 1 de novembro e o de "Finados" no dia 2 de novembro. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam, inicialmente, as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se, nelas, orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas a sua memória nesses mesmos locais.

CONTINUAÇÃO DOS SANTOS DE CADA MÊS

JULHO

1º /07 -  SÃO GALO

19/07 -  SÃOSERAFIM


 03/09 - SÃO GREGRÓRIO

04/09-  SANTA ROSÁLIA

05/09 - SANTA TERESA DE CALCUTÁ

08/09 NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE

10/09 - SÃO NICOLAU TOLENTINO

11/09 -  SÃO JOÃO GABRIEL PERBOYRE

 14/09 -  EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

15/09 -  NOSSA SENHORA DAS DORES

19/09 -  SÃO JANUÁRIO

20/09 -  SANTO ANDRÉ KIM

21/09 -  SÃO MATEUS

23/09 SÃO PADRE PIO

24/09 - SÃO GERARDO SEGREDO

25/09 -  SANTA AURÉLIA E NEOMÍSIA

26/09 - SÃO COSME E SÃO  DAMIÃO 

28 / 09 - SÃO WENCESLAU 

29/09 -  SÃO MIGUEL,SÃO GABRIEL E SÃO RAFAEL

30/09 -  SÃO JERÔNIMO

OUTUBRO

01/10  - SANTA TEREZA DO MENINO  JESUS

02/10 -  SANTOS ANJOS DA GUARDA

03/10 - SÃO DIONISIO AREOPAGITA

04/10 - SÃO FRANCISCO DE ASSIS

05/10 - SÃO BENEDITO

11/10 -  SÃO MARTINHO DE TOURS

12/10 -  NOSSA SENHORA DE APARECIDA

15/10 -  SANTA TERESA DE ÁVILA

16/10  - SANTA EDWIRGES

17/10 -  SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA

18/10 - SÃO LUCAS EVANGELISTA

20/10 - SANTA MARIA BERTÍLÇIA

21/10 - SANTA ÚRSULA

22/10 - SANTA MARIA SALOMÉ

22/10 - SÃO JOÃO PAULO II

23/10 - SÃO JOÃO DE CAPISTRANO

25/10 - FREI GALVÃO

27/10 - SÃO FRUMENCIO

28/10 - SÃO JUDAS TADEU

29/10 - SÃO NARCISO

30/10 - SÃO MARCELO

31/10 - SANTO AFONSO  RODRIGUES

 


quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Santo Afonso Rodrigues - 31 de Janeiro -

SANTO AFONSO RODRIGUES - 31/10 -




Origens
Afonso Rodrigues nasceu na cidade de Segóvia, Espanha, no dia 25 de julho de 1532. Sua família era pobre mas, também, profundamente cristã. Seu pai era um simples comerciante de tecidos e sua mãe, dona de casa, mãe de onze filhos. Afonso teve uma infância feliz, apesar da pobreza, pois sua família era unida e cheia de fé.
Reviravoltas
A primeira grande reviravolta na vida de Afonso, foi a morte de seu pai. Aconteceu quando ele tinha apenas dezesseis anos. O pai faleceu de repente. Por causa disso, sua mãe se viu em dificuldades para sustentar os onze filhos. Afonso, então, para ajudar a manter a casa, decidiu parar de estudar e começou a vender tecidos, aproveitando a carteira de clientes de seu falecido pai.
Casamento, viuvez e perdas
Sete anos depois, em 1555, quando a situação tinha se normalizado, sua mãe o aconselhou a se casar. Afonso acolheu o conselho e se casou. O casal teve dois filhos. Porém, mais uma vez, acontecimentos inesperados vieram bater à sua porta. Primeiramente, sua esposa ficou doente e veio a falecer. Depois, seus dois filhos, adoeceram e morreram. Profundamente abatido por tamanhas perdas, Afonso perdeu o controle dos negócios, perdeu o pouco que possuía e ficou sem crédito.
Depressão
Sem rumo, Afonso tentou voltar as estudar, mas não conseguiu sair-se bem nas provas. Por isso, não foi aprovado para a Faculdade de Valência. Com mais esta perda na vida, Afonso mergulhou numa profunda depressão. Por isso, retirou-se na própria casa. Ali, fechou-se, rezou muito, meditou e jejuou. O tempo foi passando e um novo caminho começou a clarear em seu coração. Ele decidiu dedicar toda a sua vida ao serviço de Deus e dos irmãos.
Irmão leigo jesuíta
Munido de uma firme decisão, Afonso pediu ingresso na Companhia de Jesus como irmão leigo. Era o ano 1571. Afonso foi aceito e começou um noviciado que transformaria toda a sua vida. Como noviço, foi designado para viver e trabalhar no colégio dos jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca. Este colégio dedicava-se à formação dos padres. Ali, Afonso encontrou sua realização total de vida. Viveu lá por mais de quarenta anos e entregou sua alma a Deus.
Porteiro
No colégio, Afonso Rodrigues exerceu unicamente a função humilde e simples de porteiro. E isso durou quarenta e seis anos! Porém, se sua função não lhe trazia quase nenhum destaque, espiritualmente ele era dos mais elevados entre todos os confrades. Em sua vida terrena, recebeu vários dons extraordinários. Teve também várias manifestações como visões, profecias, milagres e o dom da cura.
Orientador espiritual
Santo Afonso Rodrigues, mesmo sendo porteiro, foi procurado para ser orientador espiritual de vários religiosos e leigos. Estes, o procuravam por causa de sua sabedoria e dom do conselho. Entre estes, dois se destacavam. Primeiro, o Padre Pedro Claver, que, mais tarde, foi canonizado. Era missionário na colômbia e ficou conhecido como o grande evangelizador dos povos negros escravizados na Colômbia. O outro, também santo, foi Jerônimo Moranto, missionário jesuíta martirizado no México. Os dois sempre seguiram as preciosas orientações do porteiro Santo Afonso Rodrigues.
Morte
Após ter vivido uma vida simples, quarenta e seis anos totalmente dedicados ao serviço de Deus, da oração, da portaria do colégio e ao serviço aos irmãos por amor de Cristo, Santo Afonso Rodrigues adoeceu. Sofreu dores muito fortes pelo período de dois anos. Depois disso, faleceu. Era o dia 31 de outubro de 1617. Ele estava lá, no mesmo colégio onde dedicou sua vida a Deus.
Canonização
Sua canonização aconteceu em 1888, através do Papa Leão XIII. Ele foi canonizado junto com são Pedro Claver, seu fiel discípulo, aquele que se tornara conhecido como o Apóstolo dos Escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou um legado valioso, além de sua vida santa. Ele deixou uma obra escrita considerada pequena, com “apenas” três volumes. Porém, sua obra tem grande valor teológico. Nela, relatou detalhadamente a riqueza de sua espiritualidade.

Oração a Santo Afonso Rodrigues
“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós.”

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

São Marcelo - 30 de Outubro -

30/10 SÃO MARCELO


O martírio de São Marcelo está estreitamente ligado ao de São Cassiano, e sua paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças a sua prosa enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na história dos primitivos cristãos. Marcelo era um centurião do exército romano da Guarniçao de Tânger. Como tal foi enviado a participar dos festejos do aniversário do imperador com um gesto (lançar incenso no braseiro posto a seus pés) que os cristãos consideravam idolátrico. Marcelo recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias de centurião, jogou-as aos pés da estátua e se declarou cristão. Por muito menos isso seria passível da pena capital. Foi chamado o escrivão para que redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. O funcionário -- em latim, exceptor -- recusou-se a redigir as atas processuais. Imitando o centurião Marcelo, jogou fora a pena, protestou pela injustiça perpetrada contra os inocentes, condenados a  morte por adorarem o único e verdadeiro Deus, e declarou-se também ele cristão. 

ORAÇÃO DE SÃO MARCELO
Senhor Jesus, Salvador do mundo, esperança que nunca decepciona, tem piedade de nós e livra-nos de todo mal.
Proteja-nos do flagelo desse vírus, que está se propagando, causando medo e assustando a população.
Cura os enfermos infectados, proteja as nossas famílias, abençoa todos os profissionais da saúde que trabalham para erradicar essa doença.
Mostra-nos Teu rosto cheio de misericórdia e salva-nos por Tua grande bondade.
Pedimos, também, a intercessão de Maria, sua Mãe e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha e nos protege.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
São Marcelo, rogai por nós! 

terça-feira, 29 de outubro de 2019

São Narciso - 29 de Outubro -

SÃO NARCISO - 29/10 - 



Eleito bispo com quase cem anos, governou a diocese de Jerusalém por dezesseis anos 
Origens
Narciso nasceu, provavelmente, no ano 96. Sabe-se que ele não era judeu, mas não se sabe o local de seu nascimento. As principais lembranças que a história  guardou deste santo, além de sua longevidade e lucidez extraordinárias, foram as de que ele era  um homem humilde, penitente, austero, puro e simples. Sabe-se também que, desde sua infância, ele demonstrou grande amor a Jesus Cristo e quis dedicar toda sua vida ao serviço de Deus. Por isso, aguardou a idade mínima para receber a ordenação sacerdotal.
Caridade
Como sacerdote, São Narciso realizou um trabalho notável dedicado aos doentes e pobres da cidade de Jerusalém. Este trabalho foi tão intenso que os cristãos da Cidade Santa quiseram que ele assumisse a paróquia dedicada a São Tiago. Nesta paróquia, ele dedicou-se à caridade para com os necessitados e à evangelização. Nesta missão, ele arrebanhou multidões.
Bispo mais idoso de todos os tempos
Quando a diocese de Jerusalém perdeu seu bispo, por volta do ano 186, os cristãos, em unanimidade, quiseram que São Narciso assumisse o comando da diocese. Por isso, ele foi sagrado bispo de Jerusalém. Ele contava, então, com quase cem anos de idade. Mesmo assim, a idade tão avançada não lhe pesou. Ao contrário, ele teve forças para governar a diocese com firmeza por quase dezesseis anos.
Missão
O governo de São Narciso governou na diocese de Jerusalém foi marcado por uma liderança decisiva e atuações marcantes e, inclusive, vários milagres atestados por muitos. Uma de suas atuações mais importantes se deu num Concílio realizado em Jerusalém, no qual foi decidido que a Páscoa dos cristãos deveria ser celebrada num dia de domingo.
Milagres
A história de São Narciso está repleta de milagres e graças especiais alcançadas através de sua intercessão. Entre essas graças, conta-se que, na véspera de uma celebração da Páscoa, faltava o azeite na igreja. Por isso, não seria possível acender as velas, nem mesmo o Círio Pascal para a celebração da grande vigília. Por isso, São Narciso rezou pedindo auxílio de Deus. Tem em seu coração a inspiração de abençoar uma vasilha de água. Quando ele abençoou, a água foi transformada em azeite. Assim, as velas puderem ser acesas e as celebrações vividas com fervor e intensidade.
Calúnia e justiça
O final da vida de São Narciso teve uma marca trágica. Ele foi acusado injustamente por três indivíduos. Estes afirmaram que o viram praticando atos ilícitos e fizeram juramentos:
O primeiro, disse: “Que eu seja queimado vivo se estiver mentindo!”
O segundo disse: “Que a lepra me devore se eu não estiver falando a verdade!”
E o terceiro afirmou: “Que eu fique cego se não for verdade o que digo!”
São Narciso afirmou sua inocência e que perdoava seus acusadores, mas depois da acusação, preferiu isolar-se no deserto. Pouco tempo depois, seus acusadores receberam o castigo tal qual tinham jurado. O primeiro, morreu queimado num incêndio. O segundo, tornou-se leproso e o terceiro, após ter chorado bastante diante dos cristãos, arrependido e confessando o crime cometido, ficou cego.
Volta triunfante
O povo saiu em busca de São Narciso para que reassumisse seu cargo. Porém, não o encontraram e pensaram que ele tivesse falecido e passaram a trata-lo como santo. Por isso, outros três bispos assumiram em seu lugar. Alguns anos mais tarde, porém, eis que São Narciso reapareceu. O povo o acolheu com grande alegria e surpresa e fez com que ele reassumisse suas funções. Os últimos relatos que existem sobre São Narciso encontram-se numa carta redigida por Santo Alexandre. Na carta ele diz que São Narciso completou cento e dezesseis anos de idade à frente da diocese de Jerusalém e que terminou seus dias exortando para que todos se esforçassem para manter a concórdia.
Oração a São Narciso
Ó Deus, que destes a São Narciso a graça da perseverança na fé e no amor, mesmo diante de calúnias e falsas acusações, dai também a nós a graça de permanecermos firmes, mesmo nas dificuldades e livrai-nos da calúnia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém. São Narciso, rogai por nós.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

São Judas Tadeu - 28 de Outubro -

São Judas  Tadeu- 28/10 - 



Origem
São Judas Tadeu é um dos doze apóstolos de Jesus. Era filho de Cléofas (irmão de São José) e de Maria de Cléofas (irmã de Nossa Senhora). Assim, ele era primo de Jesus. Diziam que se parecia muito com o Mestre. São Judas era também irmão de São Tiago, chamado “O Menor”, e de São Simão. Ambos discípulos de Jesus. O nome Judas significa “Deus seja louvado”.
Bodas de Caná
Alguns estudiosos chegam a cogitar na possibilidade de São Simão, ser o noivo do casamento em Caná da Galiléia, onde Jesus operou seu primeiro milagre, transformando água em vinho. São Judas teria presenciado o milagre e esta pode ter sido a causa de ele ter se tornado discípulo de Jesus. Lucas também chama Judas de "Zelote" - Lc 6,15. Alguns estudiosos afirmam que "zelote" significa zeloso. Outros afirmam que ele poderia ser membro do movimento revolucionário dos zelotes, que lutavam contra a dominação romana em Israel.
Escritor São Judas Tadeu
São Judas é o autor da menor carta do Novo Testamento: "A Carta de Judas". A epístola de Judas foi escrita com muito amor e dedicação. Judas se preocupava com a pureza da crença na pessoa de Jesus Cristo e com a boa imagem dos cristãos perante a população. Talvez ele até quisesse escrever algo diferente, mas ao ouvir os falsos relatos de alguns cristãos, decidiu escrever esta carta chamando a atenção e alertando toda a Igreja nascente para terem cuidado com os falsos profetas.
Martírio
A história, baseada nos escritos apócrifos da "Paixão de Simão e Judas", relata que depois de anunciar o Reino de Deus no Egito, Simão encontrou-se com Judas e eles foram evangelizar a Pérsia. Escritos do século VI descrevem o martírio de ambos.
Simão e Judas foram martirizados na Pérsia, na cidade de Sufian. Eles foram mortos por pregarem destemidamente a fé em Jesus Cristo. Por causa da pregação deles, grande foi o número de persas que se converteram ao cristianismo. Isso incomodou os poderosos da Pérsia. Por isso, foram condenados à morte. Vários estudiosos das escrituras acreditam que São Judas foi decapitado por carrascos que usavam como ferramenta o machado afiado. Esta era a pena capital mais usada pelos persas na época.
Muitos se converteram ao verem o testemunho destemido de São Judas diante da morte. O corpo de São Judas está sepultado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O Papa Paulo III escreveu uma bula concedendo indulgência plenária para todos aqueles que rezarem em seu túmulo no dia 28 de outubro, dia da sua festa.
Representação de São Judas Tadeu
Na arte cristã, São Judas Tadeu é representado como um homem segurando um machado, como referência à maneira pela qual ele foi martirizado.
Devoção a São Judas Tadeu
Acredita-se que as relíquias de São Judas Tadeu possam estar nas cidades de Rheims e Touluse, na França. Há séculos, São Judas é venerado pelos cristãos como um dos santos mais populares da Igreja. Ele é invocado como o “Santo das Causas Perdidas”.
Intercessão de São Judas Tadeu
 Muitas vezes São Judas Tadeu é confundido com Judas Iscariotes, aquele que traiu Jesus por 30 moedas. Por isso, o nome Judas caiu na desonra e passou a ter um significado de traidor, criminoso, assassino, desprezível ou diabólico. Santa Brígida diz que Jesus quis reparar esse mal. Ao aparecer a Brígida da Suécia, que vivia um momento difícil em sua vida, Jesus disse para ela pedir a intercessão de São Judas Tadeu, pois Ele, Jesus, queria conceder graças às pessoas do mundo todo. Por isso, ainda hoje, a devoção a São Judas Tadeu é forte em todo o mundo. São tantas as graças alcançadas pela intercessão do Santo que ele é conhecido como o advogado das causas perdidas ou difíceis de serem resolvidas.
SIMBOLOS
A imagem de São Judas Tadeu
 Revela muito sobre a vida deste que foi um dos doze apóstolos de Jesus. Além de discípulo e apóstolo, Judas Tadeu era também primo de Jesus, filho de Cléofas, irmão de São José, e de Maria de Cléofas, irmã de Nossa Senhora. Era irmão de Tiago Menor e de Simão. Ele é o autor da 'Carta de Judas', o menor livro do Novo Testamento. Na carta, ele pede para os fiéis daquela época afastarem-se dos falsos profetas. Vamos entender os símbolos contidos em sua imagem.
O manto vermelho de São Judas
O manto vermelho de São Judas nos fala que ele foi martirizado. Mártir é todo aquele que dá sua vida por causa da fé em Jesus Cristo. Assim aconteceu com São Judas no ano 70. Depois de pregar o Evangelho na Galileia, Samaria e outras cidades judaicas, ele foi anunciar Jesus Cristo na Síria, Armênia e Pérsia, onde se juntou ao apóstolo Simão. Na região da Mesopotâmia ele foi preso por sacerdotes pagãos e obrigado a prestar culto a uma deusa. Como se recusou proclamando sua fé em Jesus Cristo, foi morto. Sua morte, porém, fez nascer um grande número de cristãos na região, quando viram que ele preferiu morrer a negar Jesus.
A lança e o machado de São Judas
A lança e o machado de São Judas nos revelam o instrumento de seu martírio. São Judas foi morto a machadadas pelos sacerdotes pagãos. Além de machado, esta arma é também uma lança. Para os mártires, o instrumento do martírio se torna instrumento de glória celestial, como aconteceu com a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A túnica verde de São Judas
A túnica verde de São Judas representa a vitória da vida sobre a morte. No simbolismo cristão, a cor verde representa a vida que vence a morte. Assim, a imagem de São Judas nos conta que, apesar de ter sido morto de maneira tão trágica, ele venceu a morte em Jesus Cristo e está na glória do céu.
O livro na mão de São Judas
O livro na mão de São Judas representa sua missão de Apóstolo. Representa a carta que ele escreveu e que está contida no Novo Testamento e representa também a pregação que ele fez por todos os lugares onde andou, levando a Boa Nova de Cristo.
O medalhão de São Judas
Algumas imagens de São Judas o representam portando um medalhão com a face de Jesus Cristo no peito. Este medalhão representa a fé inabalável que São Judas Tadeu teve em seu primo, Mestre e Senhor, a ponto de morrer por ele.
Curiosidades
São Judas Tadeu ficou um pouco esquecido entre os cristãos por causa de seu nome, parecido com o do traidor de Jesus, Judas Iscariotes. Mas numa aparição a Santa Brígida, o próprio Jesus pediu para que ela divulgasse a devoção a São Judas dizendo: 'Invocai com grande confiança ao meu apóstolo Judas Tadeu. prometo socorrer a todos quantos por seu intermédio a mim recorrerem.' Por isso, os cristãos passaram a recorrer ao santo. Ele é considerado o advogado das causas perdidas, desesperadas ou muito difíceis de se resolver por causa dessas palavras de Jesus e por causa de seu testemunho de vida e de martírio.
Oração de São Judas Tadeu.
São Judas Tadeu, glorioso apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus, o nome do traidor é causa de serdes esquecido por muitos, mas a Santa Igreja honra-vos e invoca-vos universalmente como padroeiro de casos desesperados, sem remédio. Intercedei por mim que sou tão miserável pondo em prática, eu vo-lo rogo, o privilégio particular que vos é concedido a fim de trazer ajuda pronta e visível onde isso é quase impossível. Vinde valer-me nessa grande necessidade para que eu possa receber as consolações e socorros do Céu em todas as minhas aflições, necessidades e sofrimentos, particularmente (aqui dizer a graça que deseja obter...) e que possa bendizer a Deus convosco e todos os eleitos por toda a eternidade. Eu vos prometo, bem aventurado São Judas Tadeu, ter sempre presente esta grande graça e não cessar de honra-vos, como meu especial e poderoso Padroeiro e farei quanto possa para espalhar a devoção para convosco. Amém. 

São Judas Tadeu, rogai por nós, e por todos os que vos honram e vos invocam.

domingo, 27 de outubro de 2019

São Frumêncio - 27 de Outubro -

SÃO FRUMÊNCIO - 27/10 -

Origens

Frumêncio viveu uma história fantástica. Os dados que nos chegaram sobre ele contam a partir de sua adolescência. No tempo do imperador Constantino, no Século IV, Frumêncio era um dos discípulos de um filósofo chamado Merópio. Como discípulo, acompanhou seu mestre numa longa viagem à Índia. Quando retornavam, o navio parou no porto de Adulis, que fica no mar Vermelho. Neste porto, a vida de Frumêncio tomou um rumo inesperado e foi completamente transformada.
Piratas da Etiópia
No porto de Adulis, a embarcação em que Frumêncio viajava foi cruelmente atacada por piratas da etiópia. Estes, roubaram o navio e assassinaram todos os passageiros e tripulantes. Todos, menos Frumêncio e Edésio, dois amigos adolescentes, discípulos de Merópio. No momento do ataque, eles estavam entretidos lendo e conversando sobre um livro, debaixo de uma árvore. Porém, apesar de sobreviverem, foram levados como escravos para a Etiópia e entregues ao rei. Este fato mudou completamente a vida de Frumêncio e Edésio.
Conquistando o rei da Etiópia
Chegando à Etiópia, os dois adolescentes foram levados ao rei. Este, conversou com eles e detectou grande sabedoria e firmeza de caráter. Ambos confessaram ser cristãos e isto foi interpretado como virtude pelo rei. Por isso, ordenou que eles ficassem no palácio. Edésio recebeu a função de copeiro e Frumêncio passou a ser um secretário direto do rei. Aos poucos, Frumêncio foi conquistando a confiança de todos na corte, principalmente da rainha. Porém, ainda assim, eram escravos.
 Libertação e missão
Quando a rainha ficou viúva, seu filho menor deveria assumir o poder. Como não tinha idade, a rainha assumiu em seu lugar, como regente. Em seguida, assinou a libertação de Frumêncio e Edésio, com uma condição: que eles só partissem, quando completassem a missão de educar o príncipe herdeiro. Ambos assumiram a missão com amor, enxergando nisso a possibilidade de contribuírem para um mundo melhor.
Uma igreja no porto
Algum tempo depois, Frumêncio e Edésio conseguiram autorização da rainha para construção de uma igreja perto do porto da cidade. O objetivo era atender aos mercadores cristãos que passavam pela Etiópia. A construção dessa igreja ajudou sobremaneira na difusão da fé cristã entre o povo da Etiópia, porque aquele porto era um ponto chave no país. A maioria dos mercadores passava por ali. Muito embora esta difusão da fé tenha acontecido de forma lenta e difícil. Mas foi a partir dessa igreja, semeada por São Frumêncio, que a semente da fé cristã começou a germinar no continente africano. Enquanto isso, Frumêncio e Edésio continuavam a formação do futuro rei da Etiópia.
Os dois irmãos de fé se separam
Quando Frumêncio e Edésio completaram o tempo de educação e formação do príncipe da Etiópia, a rainha cumpriu sua promessa e os libertou. Edésio decidiu voltar para sua terra natal, que também era a de Frumêncio, a cidade de Tiro, perto de Sidônia, na antiga Fenícia, hoje Líbano. Em Tiro, Edésio se encontrou com São Rufino. Este, na época, era historiador e registrou toda a odisseia que os dois irmãos de fé, Frumêncio e Edésio, enfrentaram. Frumêncio, por sua vez, foi para a cidade de Alexandria, no Egito. Ali, mais uma vez, sua vida tomaria um novo rumo.
Bispo da Etiópia
Frumêncio foi se encontrar com o Bispo de Alexandria, Santo Atanásio, para lhe fazer um pedido muito especial: designar um bispo e vários missionários para a evangelização da Etiópia. Santo Atanásio, porém, cheio de sabedoria, indicou São Frumêncio como primeiro bispo da Etiópia. Frumêncio, sentindo aí o chamado de Deus, respondeu afirmativamente. Santo Atanásio, então, ordenou-o e consagrou-o bispo.
De volta à Etiópia
Quando voltou com alguns missionários, São Frumêncio encontrou o jovem que tinha sido seu pupilo empossado como rei da Etiópia. O jovem nutria grande estima por aquele que tinha sido tão bom e sábio mestre. Sabendo que Frumêncio se tornara bispo, o jovem rei abraçou a fé, converteu-se e pediu o batismo. Em seguida, convidou o povo de seu país a acompanhá-lo na alegria do seguimento de Jesus Cristo. Assim, a fé cristã começou a se enraizar na Etiópia.
Abba Salama
São Frumêncio começou sua missão auxiliado pelos missionários e pelo testemunho do rei, seu ex-pupilo. Por causa de sua santidade e bondade, São Frumêncio passou a ser chamado pelo povo etíope de "Abba Salama", que quer dizer "Pai da Paz". Ele dedicou toda a sua vida à evangelização da Etiópia, até sua morte em 380. São Frumêncio passou a ser chamado de "Apóstolo da Etiópia".
 
Oração a  São Frumêncio
Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Frumêncio, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Frei Galvão - 25 de Outubro -

 FREI GALVÃO - 25/10 -



Frei Galvão, o padroeiro dos engenheiros, arquitetos e construtores, nasceu no dia 10 de maio de 1739 na vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, atual Guaratinguetá, no vale do Paraíba. A vila estava na região chamada Capitania de São Paulo, hoje, Estado de São Paulo. Galvão era o quarto de dez filhos de uma família muito religiosa, rica e nobre.  Seu pai, Antônio Galvão de França, português, era o capitão-mor (prefeito) da vila, comerciante, pertencia à Ordem Terceira Franciscana e era famoso por sua generosidade. A mãe de Antônio Galvão era Isabel Leite de Barros, mulher generosa, filha de fazendeiros e descendente da família do bandeirante Fernão Dias.
Frei Galvão, uma infância de estudos
Galvão viveu até os 13 anos na casa de sua família em Guaratinguetá, SP. Quando atingiu está idade foi enviado pelos pais ao seminário jesuíta Colégio de Belém, em Cachoeira, na Bahia, para estudar ciências humanas. No mesmo seminário já estava o irmão de Frei Galvão, José, de 19 anos. Galvão estudou no seminário de 1752 a 1756. Onde, progrediu nos estudos, especialmente na construção civil e na prática cristã.
A perda da mãe
Em 1755, recebeu a notícia da morte prematura de sua mãe. Este fato fez com ele assumisse Santa Ana (Santana), de quem era devoto, como mãe espiritual. Tanto que seu futuro nome de religioso será “Frei Antônio de Santana Galvão”. Ele queria ser jesuíta, mas as perseguições contra os jesuítas instaurada pelo Marquês de Pombal,  obrigaram-no a seguir o conselho do pai e se tornar franciscano, no convento de Macacu, em Itaboraí, Rio de Janeiro.
Ordenação e transferência
Em 11 de julho de 1762, frei Galvão foi ordenado sacerdote e transferido para o Convento de São Francisco na cidade de São Paulo. Lá, ele continuou os estudos de filosofia e teologia. Em 1768, foi nomeado confessor, pregador e porteiro do convento. Era um cargo importante na época. Frei Galvão se destacou nesse cargo de tal forma que a Câmara Municipal lhe deu o título de o "novo esplendor do Convento".
Capacidade artística e intelectual
Em 1770, foi convidado para ser membro da Academia Paulistana de Letras. Isso porque ele compunha peças poéticas em latim, odes, ritmos e epigramas. Suas composições foram sempre bem metrificadas e cheias de profundo sentimento religioso e patriótico.
Um pedido que mudou a vida de Frei Galvão
Entre 1769 e 1770, Frei Galvão recebeu a missão de ser confessor no Recolhimento de Santa Teresa, um tipo de convento que abrigava devotas de Santa Teresa de Ávila, em São Paulo. Lá, ele conheceu a Irmã Helena Maria do Espírito Santo, uma freira penitente que dizia receber um pedido de Jesus: a fundação de um novo Recolhimento. Galvão estudou essas mensagens, consultou outros teólogos que as reconheceram como verdadeiras e sobrenaturais.
A grande obra da vida de Frei Galvão
Num tempo em que construções de conventos de ordens religiosas e até de igrejas estavam proibidas em todo o império pelo marquês de Pombal, Frei Galvão assumiu as consequências e fundou o novo Recolhimento, chamado Recolhimento Nossa Senhora da Luz. A fundação foi em 2 de fevereiro de 1774. A identidade espiritual da nova fundação era baseada na Ordem da Imaculada Conceição.  Frei Galvão escreveu os estatutos, as regras e deu todo o amparo necessário para que o pequeno recolhimento se tornasse, de fato, uma congregação religiosa.
Um casebre dá origem ao bairro da Luz
Irmã Helena e mais duas jovens vocacionadas foram morar no recolhimento. O Recolhimento, porém, nada mais era do que um casebre afastado da cidade, no meio do mato. Este local é, hoje, o mesmo onde hoje está o Mosteiro da Luz, construído por Frei Galvão. Ali, por causa da construção, iniciou-se o Bairro da Luz na cidade de São Paulo.
Reviravolta na história
Aos poucos, outras jovens vocacionadas foram entrando no Recolhimento, confirmando a profecia de Irmã Helena. Quando o Recolhimento tinha pouco mais de um ano, um fato surpreendente mudaria todo o rumo da história: Irmã Helena faleceu repentinamente em 23 de fevereiro de 1775. Por isso, Frei Galvão se viu obrigado a se tornar o novo diretor do instituto, e novo líder espiritual das irmãs. Nisso, um grande número de moças vocacionadas começaram a vir para o Recolhimento.
Frei Galvão, padroeiro dos construtores, engenheiros e arquitetos
Aos poucos, não havia mais lugar para acomodá-las com dignidade no casebre. Por isso, Frei Galvão, usando das habilidades que aprendera com os Jesuítas, projetou e começou a construir o Mosteiro da Luz. No começo, ele e as irmãs trabalhavam na obra. Depois, os pais das irmãs do recolhimento começaram a enviar escravos e dinheiro para ajudarem na construção. O povo, vendo a grandeza da obra, começou a ajudar com mantimentos, alimentos para todos e materiais de construção.
Perseguição
Um governador novo, porém, chegou a São Paulo e quis por a ordem do Marquês de Pombal em prática mandando fechar o recolhimento. Frei Galvão obedeceu, mas as irmãs se recusaram a sair do Recolhimento. O governador, então, começou a agir com violência enviando tropas e ameaçando destruir tudo. Mas o povo se revoltou e o governador teve que ceder. Assim, Frei Galvão voltou a liderar a construção e o Recolhimento. O povo queria o Mosteiro da Luz. A construção demorou 28 anos e, como foi dito, deu origem ao Bairro da Luz em São Paulo.
Prisioneiro da cidade de São Paulo
Mais tarde, o Capitão-Mor de São Paulo sentenciou um soldado à morte pelo fato de este ter ofendido levemente a seu filho. Frei Galvão não aceitando a punição, defendeu o soldado e por consequência foi preso. Mas o povo, as irmãs e o Bispo de São Paulo, Dom Manuel da Ressurreição, recorreram ao superior provincial, escrevendo-lhe que "nenhum dos habitantes desta cidade será capaz de suportar a ausência deste religioso por um único momento". Depois, em 1781, Frei Galvão foi nomeado mestre de noviços em Macacu e em 1798 assume o cargo de guardião do Convento de São Francisco.
Pílulas de Frei Galvão e sua origem
Certa ocasião Frei Galvão foi a Guaratinguetá para pedir recursos para a construção do Mosteiro da Luz. Terminada sua missão, tinha que regressar por causa de compromissos no convento. Nisso, alguns homens vieram pedir que ele fosse até uma fazenda distante rezar por um amigo deles que estava padecendo com uma pedra no rim há dias. O homem estava quase para morrer de dor. Impossibilitado de ir até lá, Frei Galvão teve uma inspiração: escreveu num pedacinho de papel uma frase do ofício de Nossa Senhora: “Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós”. Frei Galvão embrulhou o papelzinho em forma de pílula e deu aos amigos do doente dizendo que ele tomasse aquilo em clima de oração, rezando o terço de Nossa Senhora. Mais tarde, espalhou-se a notícia da cura daquele doente. Tempos depois, o Frei foi procurado por um homem aflito. Sua esposa estava em trabalho de parto há quase um dia e corria risco de morte. O religioso fez três pílulas e deu ao homem com as mesmas recomendações. O homem levou as pílulas para a esposa, que as tomou e conseguiu dar à luz um filho com saúde. Daí em diante, a fama das pílulas de Frei Galvão se espalhou. O povo começou a procurá-las de tal maneira, que ele teve que pedir às irmãs do Recolhimento que produzissem as pílulas. Depois, ele as abençoava e as irmãs distribuíam para o povo. Desde esse tempo, há inúmeros relatos de graças alcançadas através das Pílulas de Frei Galvão.
Outras fundações de Frei Galvão
Em 1811, Frei Galvão fundou o Convento de Santa Clara em Sorocaba. Onze meses depois, voltou para o Convento de São Francisco, em São Paulo. Nos últimos anos de sua vida, já sentindo dificuldade de caminhar do convento franciscano onde morava até o Mosteiro da Luz para orientar as irmãs e atender o povo, Frei Galvão conseguiu permissão do Bispo Mateus de Abreu Pereira e de seu tutor para ficar no Mosteiro que ajudara a criar e que era sua vida. Ali, Frei Galvão atendia o povo, orientava, aconselhava, rezava pelas pessoas e ensinava as irmãs.
Milagres de Frei Galvão em vida
Frei Galvão era um homem de muita e intensa oração. Por isso, alguns fenômenos místicos em sua vida foram presenciados por testemunhas. Fenômenos como o dom da cura, dom de ciência, bi-locação, levitação foram famosos durante sua vida, sempre em vista do bem de doentes, moribundos e necessitados.
Frei Galvão e as caridades
Embora ele sempre escondesse seus atos de caridade, quase todos eram anunciados pelas pessoas que eram beneficiadas por ele. Com muitas esmolas que ele recebia de pessoas ricas, ele pagava dívidas de pessoas presas nas mãos de agiotas e se mantinha oculto. Só depois de muito tempo os beneficiados ficavam sabendo que Frei Galvão é quem tinha ajudado.
Frei Galvão vai ao céu
Frei Galvão veio a falecer no Mosteiro da Luz em 23 de dezembro de 1822, poucos meses depois da independência do Brasil. Faleceu na graça de Deus, com fama de santidade. Uma multidão de luto veio se despedir do santo que encantou a cidade de São Paulo. Ele foi sepultado na igreja do Mosteiro da Luz. Até hoje o seu túmulo é destino de peregrinação de fiéis que vêm pedir e agradecer graças recebidas pela sua intercessão.
Reconhecimento
O Mosteiro da Luz foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. No local também está localizado o Museu de Arte Sacra de São Paulo, que guarda um dos mais representativos acervos do patrimônio sacro brasileiro, originalmente reunido por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo.
Primeiro Santo brasileiro
Em 25 de outubro de 1998, Galvão se tornou o primeiro religioso nascido no Brasil a ser beatificado pelo Vaticano. Em 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI celebrou a missa de canonização de Frei Galvão em São Paulo, acompanhado por uma multidão de mais de um milhão de fiéis.
Milagres de Frei Galvão
Para ser canonizado, a Igreja exige a comprovação de dois milagres (fatos inexplicáveis pela ciência) acontecidos pela intercessão do santo. Assim, as curas de Sandra Grossi de Almeida e Daniella Cristina da Silva, acontecidas pela intercessão de Frei Galvão, são verdadeiros milagres inexplicáveis cientificamente.  Sandra Grossi possuía uma malformação uterina que impossibilita qualquer mulher de manter um feto por mais de quatro meses. Pois, em 1999, após tomar as pílulas e pedir a Frei Galvão, ela prosseguiu com a gravidez e deu à luz ao menino Enzo. Daniella Cristina da Silva, então com quatro anos de idade, sofria de uma hepatite considerada incurável pelos médicos. Após tomar as pílulas e rezar fervorosamente, ficou curada inexplicavelmente.
Como adquirir as Pílulas de Frei Galvão
As pílulas podem ser adquiridas no Museu Frei Galvão em Guaratinguetá e no Mosteiro da Luz em São Paulo, cujo endereço é: AV Tiradentes, 676, Bairro Luz. CEP 01102-000 – São Paulo – SP.
SIMBOLOS
Frei Galvão foi o primeiro santo nascido no Brasil a ser canonizado. Sua representação em imagem revela muito sobre a vida e a obra deste grande santo. Vejamos.
O hábito franciscano
Frei Galvão é representado vestindo o hábito franciscano. Sua intenção inicial era ser jesuíta. Porém, por causa da expulsão dos jesuítas do império português por ordem do Marquês de Pombal, Antônio Galvão de França decidiu ingressar na Ordem dos Frades Menores. E lá, fez história. Foi um franciscano exemplar. Foi porteiro, confessor e pregador do convento. Por isso, passou a ser amado pelo povo por causa de sua simpatia, sabedoria, santidade e hospitalidade.
A tonsura
Tonsura é o corte de cabelo no qual o dentro superior da cabeça fica raspado. Durante séculos a tonsuro foi uma marca dos franciscanos. Ela simboliza o voto de castidade do religioso. Frei Galvão foi um exemplo neste sentido. Viveu uma vida casta e pura diante de Deus e dos homens.
O cinto
Como franciscano, Frei Galvão usava o cinto, normalmente feito de corda e com três nós. Cada um desses nós representa um dos votos que os franciscanos fazem. Os três votos são: pobreza, castidade e obediência. Frei Galvão viveu em profundidade esses três votos. Ele não deu um passo em sua vida de religioso sem o consentimento de seus superiores (obediência). Filho de pai rico, ele deixou tudo por causa do Evangelho (pobreza). Por amor ao Reino de Deus, não se casou e manteve sua virgindade por toda a vida (castidade).
A mão direita abençoando
Este gesto com a mão direita fez parte da vida de Frei Galvão. Muitas pessoas foram curadas milagrosamente através da bênção de Frei Galvão. Frei Galvão sempre abençoava. Ele nunca amaldiçoou. Abençoava, inclusive, àqueles que o perseguiam e maltratavam, sabendo que Deus é o único que conhece os corações. Por causa disso, ele foi um grande exemplo de paciência e de amor cristão.
As pílulas de Frei Galvão (a flâmula na mão esquerda)
Na mão esquerda de Frei Galvão aprece uma flâmula com um texto em Latim: "Post partum, Virgo, inviolata permansisti, Dei Genetrix intercede pro nobis." Esta frase significa: "Maria Imaculada, virgem antes e depois do parto, Mãe de Deus, rogai por nós". E é justamente esta frase que está escrita em todas as Pílulas de Frei Galvão. Tudo começou quando ele estava de passagem por sua terra natal, Guaratinguetá, SP. Quando tinha que ir embora por causa de compromissos religiosos, alguns homens o procuraram para que ele fosse rezar por um amigo que estava há dias sofrendo com um terrível cálculo renal, sem conseguir expelir a pedra. Impossibilitado de ir até o homem, Frei Galvão escreveu a frase acima em alguns papeizinhos, enrolou-os como pílulas e deu aos homens, pedindo que estes levassem ao enfermo para que ele tomasse as pílulas em meio a orações do terço. Os homens fizeram como Frei Galvão pedira e o enfermo ficou repentinamente curado. Depois disso, Frei Galvão passou a usar as "Pílulas" sempre que não tivesse condições de ir pessoalmente visitar e rezar por algum doente. A força dessas pílulas foi tão grande, que ele precisou pedir às irmãs do Convento da Luz, congregação que ele fundou, que escrevessem nos papeizinhos em grande escala e distribuíssem ao povo. Ele deu sua bênção para todas as pílulas que fossem feitas em todos os tempos. Assim, as Pílulas de Frei Galvão se tornaram um maravilhoso sacramental de cura que ajudou a milhares de pessoas e continua ajudando.
Os pés caminhantes
Os pés de Frei Galvão são representados como pés de quem está a caminho. Esta foi outra marca de Frei Galvão. Ele caminhou muito nesta vida. Foi missionário, fundou a Congregação das Irmãs do Mosteiro da Luz em São Paulo, planejou e construiu fisicamente o Mosteiro da Luz ao longo de quase trinta anos, acompanhou outras fundações religiosas e até apareceu em dois lugares ao mesmo tempo, com testemunhas do fato. Além disso, algumas vezes foi visto caminhando "acima do chão" em levitação. Este é o rico significado dos pés de Frei Galvão. Um homem incansável que caminhou, que fez, que deixou sua marca inigualável na história da humanidade.
 
Oração para todos os dias da novena de Frei Galvão
A novena inicia-se sempre com o sinal da cruz e logo em seguida faz-se a intenção,o pedido ou o agradecimento. Faz-se depois a invocação: São Frei Galvão, rogai por nós!
 No final de cada dia da novena, faz-se a oração a Frei Galvão, como segue:
 São Frei Galvão, Deus fez em ti maravilhas e através de ti anunciou o Evangelho do amor, do acolhimento e da misericórdia para com os mais fracos e sofredores. Com o coração agradecido por tão grande Dom à nação brasileira, nós te pedimos: intercede por nós junto a Deus para que possamos vivenciar na comunidade eclesial, os valores evangélicos que de modo tão heróico viveste.Dá-nos a coragem e perseverança na fé e abertura ao Espírito Santo Deus, para que possamos ser sal da terra e luz do mundo. Amém.
(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
 Oração a Frei Galvão
"Santíssima Trindade, Pai Filho e Espírito Santo, eu Vos adoro, louvo e Vos dou graças pelos benefícios que me fizestes. Peço-vos por tudo que fez e sofreu vosso Venerável Frei Antônio de Sant'Anna Galvão,que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo. (Fazer o pedido). Amém." 

Rezar em seguida um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e uma Glória ao Pai.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

São João Capistrano - 23 de Outubro -

SÃO JOÃO DE CAPISTRANO- 23/10 -



Origens
João nasceu em 24 de junho do ano 1386, na cidade de Capistrano, perto de Áquila, no reino de Nápoles, Itália. Seu pai era um conde alemão e sua mãe, uma jovem italiana.  Estudou direito civil e  canônico na cidade de Perugia e formou-se com horas e méritos excepcionais. Lá, tornou-se homem de enorme influência.
Casado, juiz e  governador
Em Perúgia, João de Capistrano se casou com uma jovem filha de um nobre membro da comunidade. Por causa de seu brilhantismo no direito, foi aclamado juiz da cidade. Mais tarde,  tornou-se governador da cidade, no tempo em a revolta contra o domínio do rei de Nápoles estava começando. João de Capistrano tornou-se um governador muito respeitado por todos. Por isso, julgava ter amigos verdadeiros até mesmo entre adversários.
Traição e morte da esposa
Por acreditar nessas “amizades”, João de Capistrano assumiu a missão de tentar um diálogo de aproximação com o rei. Porém, ele estava muito enganado. Os adversários não acreditaram em suas propostas de paz e, além disso, o prenderam. Para piorar, estando João de Capistrano na prisão, recebeu a triste notícia: sua esposa estava morta. João tinha, nessa época, trinta e nove anos. 
Resgatando a liberdade
O fracasso na diplomacia e a morte de sua esposa levaram João de Capistrano a uma mudança de vida e ele tomou uma decisão. Ainda preso, renunciou a todos os seus cargos políticos, vendeu seus bens, pagou o resgate da sua libertação e pediu para entrar num convento de frades franciscanos.
Franciscano
Porém, também no convento, João de Capistrano deparou-se com a desconfiança dos frades. Eles custaram a crer no seu propósito. Antes de permitir que ele passasse a usar o hábito franciscano, submeteu-o a inúmeras humilhações e dificuldades, para por à prova sua determinação. João de Capistrano, porém, superou tudo, dando provas não só de determinação como de verdadeira conversão e busca de Deus. Assim, apenas um ano depois de seu ingresso no convento, ele já era um dos religiosos mais respeitados da comunidade. Mais tarde, ele viria a colaborar para a reforma da Ordem Franciscana.
Missionário cheio do Espírito Santo
São João de Capistrano tornou-se um franciscano exemplar. Durante trinta anos viveu na oração, praticando a penitência, jejum, a caridade e a alegria franciscana. Tornou-se um evangelizador forte e vigoroso da França, Itália, Alemanha, Hungria, Áustria, Rússia e Polônia. Pregador inspirado e arrebatador, multidões viajavam para ouvi-lo. Após ouvi-lo falar, inúmeros jovens decidiam se tornar franciscanos. Por causa de sua santidade e sabedoria, tornou-se conselheiro de quatro papas.
Ameaça muçulmana
Estando já com setenta anos, São João de Capistrano liderou a defesa da Itália na conhecida batalha de Belgrado, contra a invasão dos turcos muçulmanos. O grandioso exército estava prestes a tomar toda a Europa e já tinha dominado acima de duzentas cidades. O papa Calisto III, inspirado por Deus, designou-o pregador e capelão de uma cruzada que tinha como objetivo nada menos que defender o continente europeu. O exército inimigo era dez vezes maior. Humanamente, a guerra estava praticamente perdida. Os soldados quase desfalecendo.
Vencendo batalhas
Então, apareceu São João de Capistrano no meio deles. Ele começou a animar a todos. Percorria todas as fileiras levantando o ânimo de todos, baseando-se no poder da oração e na fé em Cristo. São João fez isso continuamente, durante onze dias e onze noites, sem parar. Espantados com a força espiritual e a atitude do santo, os guerreiros muçulmanos começaram a entrar em confusão. Depois, apavoraram-se. Em seguida, o exército ficou desorganizado. Então, os soldados cristãos começaram a dominar a batalha e chegaram à vitória final.
Retiro e morte
São João de Capistrano preferiu deixar este grande feito no anonimato, mas o exército cristão fez questão de reconhecer e atribuir esta grande vitória a ele. Depois de cumprir esta missão, ele decidiu retirar-se no Convento de Villach, Áustria. Ali, na paz do Senhor, três meses depois, ele veio a falecer. Era o dia 23 de outubro do ano 1456. A partir de então, passou a ser venerado espontaneamente como santo e seu culto se espalhou pelo mundo e chegou forte até os dias de hoje. Sua canonização foi celebrada no ano 1724, pelo papa Bento XIII. Por sua sabedoria e exercício da justiça, especialmente como juiz, São João de Capistrano passou a ser invocado como padroeiro dos juízes.
 
Oração a São João de Capistrano
Deus, nosso Pai, a exemplo de São João Capistrano, o nosso exemplo de fé, de amor à verdade, à fraternidade, brilhe num mundo descrente, amante da mentira e do egoísmo. Sejamos o sal da terra, mediante uma vida honrada e íntegra, trabalhando com ardor para construção da paz e da comunhão. Sejamos luz para este mundo carente de valores espirituais que jaz na treva do isolamento e do individualismo. Aprendamos de Jesus, manso e humilde de coração, a ser compassivos e misericordiosos, fazendo o bem sem olhar à quem. E os homens, vendo o nosso empenho, nossa dedicação em servir, nosso esforço em compartilhar, nossa alegria de viver, nossa esperança nas adversidades, possam crer em vós, Deus de amor, que nos sustentais na vossa bondade. Que por nossa causa, ninguém se afaste de vós, Deus vivo e verdadeiro. Mas, através de nosso exemplo, possam chegar a vos conhecer e a vos amar de toda mente e de todo coração.