Blog da Cidha Cunha

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Santo Afonso Rodrigues - 31 de Janeiro -

SANTO AFONSO RODRIGUES - 31/10 -




Origens
Afonso Rodrigues nasceu na cidade de Segóvia, Espanha, no dia 25 de julho de 1532. Sua família era pobre mas, também, profundamente cristã. Seu pai era um simples comerciante de tecidos e sua mãe, dona de casa, mãe de onze filhos. Afonso teve uma infância feliz, apesar da pobreza, pois sua família era unida e cheia de fé.
Reviravoltas
A primeira grande reviravolta na vida de Afonso, foi a morte de seu pai. Aconteceu quando ele tinha apenas dezesseis anos. O pai faleceu de repente. Por causa disso, sua mãe se viu em dificuldades para sustentar os onze filhos. Afonso, então, para ajudar a manter a casa, decidiu parar de estudar e começou a vender tecidos, aproveitando a carteira de clientes de seu falecido pai.
Casamento, viuvez e perdas
Sete anos depois, em 1555, quando a situação tinha se normalizado, sua mãe o aconselhou a se casar. Afonso acolheu o conselho e se casou. O casal teve dois filhos. Porém, mais uma vez, acontecimentos inesperados vieram bater à sua porta. Primeiramente, sua esposa ficou doente e veio a falecer. Depois, seus dois filhos, adoeceram e morreram. Profundamente abatido por tamanhas perdas, Afonso perdeu o controle dos negócios, perdeu o pouco que possuía e ficou sem crédito.
Depressão
Sem rumo, Afonso tentou voltar as estudar, mas não conseguiu sair-se bem nas provas. Por isso, não foi aprovado para a Faculdade de Valência. Com mais esta perda na vida, Afonso mergulhou numa profunda depressão. Por isso, retirou-se na própria casa. Ali, fechou-se, rezou muito, meditou e jejuou. O tempo foi passando e um novo caminho começou a clarear em seu coração. Ele decidiu dedicar toda a sua vida ao serviço de Deus e dos irmãos.
Irmão leigo jesuíta
Munido de uma firme decisão, Afonso pediu ingresso na Companhia de Jesus como irmão leigo. Era o ano 1571. Afonso foi aceito e começou um noviciado que transformaria toda a sua vida. Como noviço, foi designado para viver e trabalhar no colégio dos jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca. Este colégio dedicava-se à formação dos padres. Ali, Afonso encontrou sua realização total de vida. Viveu lá por mais de quarenta anos e entregou sua alma a Deus.
Porteiro
No colégio, Afonso Rodrigues exerceu unicamente a função humilde e simples de porteiro. E isso durou quarenta e seis anos! Porém, se sua função não lhe trazia quase nenhum destaque, espiritualmente ele era dos mais elevados entre todos os confrades. Em sua vida terrena, recebeu vários dons extraordinários. Teve também várias manifestações como visões, profecias, milagres e o dom da cura.
Orientador espiritual
Santo Afonso Rodrigues, mesmo sendo porteiro, foi procurado para ser orientador espiritual de vários religiosos e leigos. Estes, o procuravam por causa de sua sabedoria e dom do conselho. Entre estes, dois se destacavam. Primeiro, o Padre Pedro Claver, que, mais tarde, foi canonizado. Era missionário na colômbia e ficou conhecido como o grande evangelizador dos povos negros escravizados na Colômbia. O outro, também santo, foi Jerônimo Moranto, missionário jesuíta martirizado no México. Os dois sempre seguiram as preciosas orientações do porteiro Santo Afonso Rodrigues.
Morte
Após ter vivido uma vida simples, quarenta e seis anos totalmente dedicados ao serviço de Deus, da oração, da portaria do colégio e ao serviço aos irmãos por amor de Cristo, Santo Afonso Rodrigues adoeceu. Sofreu dores muito fortes pelo período de dois anos. Depois disso, faleceu. Era o dia 31 de outubro de 1617. Ele estava lá, no mesmo colégio onde dedicou sua vida a Deus.
Canonização
Sua canonização aconteceu em 1888, através do Papa Leão XIII. Ele foi canonizado junto com são Pedro Claver, seu fiel discípulo, aquele que se tornara conhecido como o Apóstolo dos Escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou um legado valioso, além de sua vida santa. Ele deixou uma obra escrita considerada pequena, com “apenas” três volumes. Porém, sua obra tem grande valor teológico. Nela, relatou detalhadamente a riqueza de sua espiritualidade.

Oração a Santo Afonso Rodrigues
“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós.”

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

São Marcelo - 30 de Outubro -

30/10 SÃO MARCELO


O martírio de São Marcelo está estreitamente ligado ao de São Cassiano, e sua paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças a sua prosa enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na história dos primitivos cristãos. Marcelo era um centurião do exército romano da Guarniçao de Tânger. Como tal foi enviado a participar dos festejos do aniversário do imperador com um gesto (lançar incenso no braseiro posto a seus pés) que os cristãos consideravam idolátrico. Marcelo recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias de centurião, jogou-as aos pés da estátua e se declarou cristão. Por muito menos isso seria passível da pena capital. Foi chamado o escrivão para que redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. O funcionário -- em latim, exceptor -- recusou-se a redigir as atas processuais. Imitando o centurião Marcelo, jogou fora a pena, protestou pela injustiça perpetrada contra os inocentes, condenados a  morte por adorarem o único e verdadeiro Deus, e declarou-se também ele cristão. 

ORAÇÃO DE SÃO MARCELO
Senhor Jesus, Salvador do mundo, esperança que nunca decepciona, tem piedade de nós e livra-nos de todo mal.
Proteja-nos do flagelo desse vírus, que está se propagando, causando medo e assustando a população.
Cura os enfermos infectados, proteja as nossas famílias, abençoa todos os profissionais da saúde que trabalham para erradicar essa doença.
Mostra-nos Teu rosto cheio de misericórdia e salva-nos por Tua grande bondade.
Pedimos, também, a intercessão de Maria, sua Mãe e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha e nos protege.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
São Marcelo, rogai por nós! 

terça-feira, 29 de outubro de 2019

São Narciso - 29 de Outubro -

SÃO NARCISO - 29/10 - 



Eleito bispo com quase cem anos, governou a diocese de Jerusalém por dezesseis anos 
Origens
Narciso nasceu, provavelmente, no ano 96. Sabe-se que ele não era judeu, mas não se sabe o local de seu nascimento. As principais lembranças que a história  guardou deste santo, além de sua longevidade e lucidez extraordinárias, foram as de que ele era  um homem humilde, penitente, austero, puro e simples. Sabe-se também que, desde sua infância, ele demonstrou grande amor a Jesus Cristo e quis dedicar toda sua vida ao serviço de Deus. Por isso, aguardou a idade mínima para receber a ordenação sacerdotal.
Caridade
Como sacerdote, São Narciso realizou um trabalho notável dedicado aos doentes e pobres da cidade de Jerusalém. Este trabalho foi tão intenso que os cristãos da Cidade Santa quiseram que ele assumisse a paróquia dedicada a São Tiago. Nesta paróquia, ele dedicou-se à caridade para com os necessitados e à evangelização. Nesta missão, ele arrebanhou multidões.
Bispo mais idoso de todos os tempos
Quando a diocese de Jerusalém perdeu seu bispo, por volta do ano 186, os cristãos, em unanimidade, quiseram que São Narciso assumisse o comando da diocese. Por isso, ele foi sagrado bispo de Jerusalém. Ele contava, então, com quase cem anos de idade. Mesmo assim, a idade tão avançada não lhe pesou. Ao contrário, ele teve forças para governar a diocese com firmeza por quase dezesseis anos.
Missão
O governo de São Narciso governou na diocese de Jerusalém foi marcado por uma liderança decisiva e atuações marcantes e, inclusive, vários milagres atestados por muitos. Uma de suas atuações mais importantes se deu num Concílio realizado em Jerusalém, no qual foi decidido que a Páscoa dos cristãos deveria ser celebrada num dia de domingo.
Milagres
A história de São Narciso está repleta de milagres e graças especiais alcançadas através de sua intercessão. Entre essas graças, conta-se que, na véspera de uma celebração da Páscoa, faltava o azeite na igreja. Por isso, não seria possível acender as velas, nem mesmo o Círio Pascal para a celebração da grande vigília. Por isso, São Narciso rezou pedindo auxílio de Deus. Tem em seu coração a inspiração de abençoar uma vasilha de água. Quando ele abençoou, a água foi transformada em azeite. Assim, as velas puderem ser acesas e as celebrações vividas com fervor e intensidade.
Calúnia e justiça
O final da vida de São Narciso teve uma marca trágica. Ele foi acusado injustamente por três indivíduos. Estes afirmaram que o viram praticando atos ilícitos e fizeram juramentos:
O primeiro, disse: “Que eu seja queimado vivo se estiver mentindo!”
O segundo disse: “Que a lepra me devore se eu não estiver falando a verdade!”
E o terceiro afirmou: “Que eu fique cego se não for verdade o que digo!”
São Narciso afirmou sua inocência e que perdoava seus acusadores, mas depois da acusação, preferiu isolar-se no deserto. Pouco tempo depois, seus acusadores receberam o castigo tal qual tinham jurado. O primeiro, morreu queimado num incêndio. O segundo, tornou-se leproso e o terceiro, após ter chorado bastante diante dos cristãos, arrependido e confessando o crime cometido, ficou cego.
Volta triunfante
O povo saiu em busca de São Narciso para que reassumisse seu cargo. Porém, não o encontraram e pensaram que ele tivesse falecido e passaram a trata-lo como santo. Por isso, outros três bispos assumiram em seu lugar. Alguns anos mais tarde, porém, eis que São Narciso reapareceu. O povo o acolheu com grande alegria e surpresa e fez com que ele reassumisse suas funções. Os últimos relatos que existem sobre São Narciso encontram-se numa carta redigida por Santo Alexandre. Na carta ele diz que São Narciso completou cento e dezesseis anos de idade à frente da diocese de Jerusalém e que terminou seus dias exortando para que todos se esforçassem para manter a concórdia.
Oração a São Narciso
Ó Deus, que destes a São Narciso a graça da perseverança na fé e no amor, mesmo diante de calúnias e falsas acusações, dai também a nós a graça de permanecermos firmes, mesmo nas dificuldades e livrai-nos da calúnia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém. São Narciso, rogai por nós.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

São Judas Tadeu - 28 de Outubro -

São Judas  Tadeu- 28/10 - 



Origem
São Judas Tadeu é um dos doze apóstolos de Jesus. Era filho de Cléofas (irmão de São José) e de Maria de Cléofas (irmã de Nossa Senhora). Assim, ele era primo de Jesus. Diziam que se parecia muito com o Mestre. São Judas era também irmão de São Tiago, chamado “O Menor”, e de São Simão. Ambos discípulos de Jesus. O nome Judas significa “Deus seja louvado”.
Bodas de Caná
Alguns estudiosos chegam a cogitar na possibilidade de São Simão, ser o noivo do casamento em Caná da Galiléia, onde Jesus operou seu primeiro milagre, transformando água em vinho. São Judas teria presenciado o milagre e esta pode ter sido a causa de ele ter se tornado discípulo de Jesus. Lucas também chama Judas de "Zelote" - Lc 6,15. Alguns estudiosos afirmam que "zelote" significa zeloso. Outros afirmam que ele poderia ser membro do movimento revolucionário dos zelotes, que lutavam contra a dominação romana em Israel.
Escritor São Judas Tadeu
São Judas é o autor da menor carta do Novo Testamento: "A Carta de Judas". A epístola de Judas foi escrita com muito amor e dedicação. Judas se preocupava com a pureza da crença na pessoa de Jesus Cristo e com a boa imagem dos cristãos perante a população. Talvez ele até quisesse escrever algo diferente, mas ao ouvir os falsos relatos de alguns cristãos, decidiu escrever esta carta chamando a atenção e alertando toda a Igreja nascente para terem cuidado com os falsos profetas.
Martírio
A história, baseada nos escritos apócrifos da "Paixão de Simão e Judas", relata que depois de anunciar o Reino de Deus no Egito, Simão encontrou-se com Judas e eles foram evangelizar a Pérsia. Escritos do século VI descrevem o martírio de ambos.
Simão e Judas foram martirizados na Pérsia, na cidade de Sufian. Eles foram mortos por pregarem destemidamente a fé em Jesus Cristo. Por causa da pregação deles, grande foi o número de persas que se converteram ao cristianismo. Isso incomodou os poderosos da Pérsia. Por isso, foram condenados à morte. Vários estudiosos das escrituras acreditam que São Judas foi decapitado por carrascos que usavam como ferramenta o machado afiado. Esta era a pena capital mais usada pelos persas na época.
Muitos se converteram ao verem o testemunho destemido de São Judas diante da morte. O corpo de São Judas está sepultado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O Papa Paulo III escreveu uma bula concedendo indulgência plenária para todos aqueles que rezarem em seu túmulo no dia 28 de outubro, dia da sua festa.
Representação de São Judas Tadeu
Na arte cristã, São Judas Tadeu é representado como um homem segurando um machado, como referência à maneira pela qual ele foi martirizado.
Devoção a São Judas Tadeu
Acredita-se que as relíquias de São Judas Tadeu possam estar nas cidades de Rheims e Touluse, na França. Há séculos, São Judas é venerado pelos cristãos como um dos santos mais populares da Igreja. Ele é invocado como o “Santo das Causas Perdidas”.
Intercessão de São Judas Tadeu
 Muitas vezes São Judas Tadeu é confundido com Judas Iscariotes, aquele que traiu Jesus por 30 moedas. Por isso, o nome Judas caiu na desonra e passou a ter um significado de traidor, criminoso, assassino, desprezível ou diabólico. Santa Brígida diz que Jesus quis reparar esse mal. Ao aparecer a Brígida da Suécia, que vivia um momento difícil em sua vida, Jesus disse para ela pedir a intercessão de São Judas Tadeu, pois Ele, Jesus, queria conceder graças às pessoas do mundo todo. Por isso, ainda hoje, a devoção a São Judas Tadeu é forte em todo o mundo. São tantas as graças alcançadas pela intercessão do Santo que ele é conhecido como o advogado das causas perdidas ou difíceis de serem resolvidas.
SIMBOLOS
A imagem de São Judas Tadeu
 Revela muito sobre a vida deste que foi um dos doze apóstolos de Jesus. Além de discípulo e apóstolo, Judas Tadeu era também primo de Jesus, filho de Cléofas, irmão de São José, e de Maria de Cléofas, irmã de Nossa Senhora. Era irmão de Tiago Menor e de Simão. Ele é o autor da 'Carta de Judas', o menor livro do Novo Testamento. Na carta, ele pede para os fiéis daquela época afastarem-se dos falsos profetas. Vamos entender os símbolos contidos em sua imagem.
O manto vermelho de São Judas
O manto vermelho de São Judas nos fala que ele foi martirizado. Mártir é todo aquele que dá sua vida por causa da fé em Jesus Cristo. Assim aconteceu com São Judas no ano 70. Depois de pregar o Evangelho na Galileia, Samaria e outras cidades judaicas, ele foi anunciar Jesus Cristo na Síria, Armênia e Pérsia, onde se juntou ao apóstolo Simão. Na região da Mesopotâmia ele foi preso por sacerdotes pagãos e obrigado a prestar culto a uma deusa. Como se recusou proclamando sua fé em Jesus Cristo, foi morto. Sua morte, porém, fez nascer um grande número de cristãos na região, quando viram que ele preferiu morrer a negar Jesus.
A lança e o machado de São Judas
A lança e o machado de São Judas nos revelam o instrumento de seu martírio. São Judas foi morto a machadadas pelos sacerdotes pagãos. Além de machado, esta arma é também uma lança. Para os mártires, o instrumento do martírio se torna instrumento de glória celestial, como aconteceu com a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A túnica verde de São Judas
A túnica verde de São Judas representa a vitória da vida sobre a morte. No simbolismo cristão, a cor verde representa a vida que vence a morte. Assim, a imagem de São Judas nos conta que, apesar de ter sido morto de maneira tão trágica, ele venceu a morte em Jesus Cristo e está na glória do céu.
O livro na mão de São Judas
O livro na mão de São Judas representa sua missão de Apóstolo. Representa a carta que ele escreveu e que está contida no Novo Testamento e representa também a pregação que ele fez por todos os lugares onde andou, levando a Boa Nova de Cristo.
O medalhão de São Judas
Algumas imagens de São Judas o representam portando um medalhão com a face de Jesus Cristo no peito. Este medalhão representa a fé inabalável que São Judas Tadeu teve em seu primo, Mestre e Senhor, a ponto de morrer por ele.
Curiosidades
São Judas Tadeu ficou um pouco esquecido entre os cristãos por causa de seu nome, parecido com o do traidor de Jesus, Judas Iscariotes. Mas numa aparição a Santa Brígida, o próprio Jesus pediu para que ela divulgasse a devoção a São Judas dizendo: 'Invocai com grande confiança ao meu apóstolo Judas Tadeu. prometo socorrer a todos quantos por seu intermédio a mim recorrerem.' Por isso, os cristãos passaram a recorrer ao santo. Ele é considerado o advogado das causas perdidas, desesperadas ou muito difíceis de se resolver por causa dessas palavras de Jesus e por causa de seu testemunho de vida e de martírio.
Oração de São Judas Tadeu.
São Judas Tadeu, glorioso apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus, o nome do traidor é causa de serdes esquecido por muitos, mas a Santa Igreja honra-vos e invoca-vos universalmente como padroeiro de casos desesperados, sem remédio. Intercedei por mim que sou tão miserável pondo em prática, eu vo-lo rogo, o privilégio particular que vos é concedido a fim de trazer ajuda pronta e visível onde isso é quase impossível. Vinde valer-me nessa grande necessidade para que eu possa receber as consolações e socorros do Céu em todas as minhas aflições, necessidades e sofrimentos, particularmente (aqui dizer a graça que deseja obter...) e que possa bendizer a Deus convosco e todos os eleitos por toda a eternidade. Eu vos prometo, bem aventurado São Judas Tadeu, ter sempre presente esta grande graça e não cessar de honra-vos, como meu especial e poderoso Padroeiro e farei quanto possa para espalhar a devoção para convosco. Amém. 

São Judas Tadeu, rogai por nós, e por todos os que vos honram e vos invocam.

domingo, 27 de outubro de 2019

São Frumêncio - 27 de Outubro -

SÃO FRUMÊNCIO - 27/10 -

Origens

Frumêncio viveu uma história fantástica. Os dados que nos chegaram sobre ele contam a partir de sua adolescência. No tempo do imperador Constantino, no Século IV, Frumêncio era um dos discípulos de um filósofo chamado Merópio. Como discípulo, acompanhou seu mestre numa longa viagem à Índia. Quando retornavam, o navio parou no porto de Adulis, que fica no mar Vermelho. Neste porto, a vida de Frumêncio tomou um rumo inesperado e foi completamente transformada.
Piratas da Etiópia
No porto de Adulis, a embarcação em que Frumêncio viajava foi cruelmente atacada por piratas da etiópia. Estes, roubaram o navio e assassinaram todos os passageiros e tripulantes. Todos, menos Frumêncio e Edésio, dois amigos adolescentes, discípulos de Merópio. No momento do ataque, eles estavam entretidos lendo e conversando sobre um livro, debaixo de uma árvore. Porém, apesar de sobreviverem, foram levados como escravos para a Etiópia e entregues ao rei. Este fato mudou completamente a vida de Frumêncio e Edésio.
Conquistando o rei da Etiópia
Chegando à Etiópia, os dois adolescentes foram levados ao rei. Este, conversou com eles e detectou grande sabedoria e firmeza de caráter. Ambos confessaram ser cristãos e isto foi interpretado como virtude pelo rei. Por isso, ordenou que eles ficassem no palácio. Edésio recebeu a função de copeiro e Frumêncio passou a ser um secretário direto do rei. Aos poucos, Frumêncio foi conquistando a confiança de todos na corte, principalmente da rainha. Porém, ainda assim, eram escravos.
 Libertação e missão
Quando a rainha ficou viúva, seu filho menor deveria assumir o poder. Como não tinha idade, a rainha assumiu em seu lugar, como regente. Em seguida, assinou a libertação de Frumêncio e Edésio, com uma condição: que eles só partissem, quando completassem a missão de educar o príncipe herdeiro. Ambos assumiram a missão com amor, enxergando nisso a possibilidade de contribuírem para um mundo melhor.
Uma igreja no porto
Algum tempo depois, Frumêncio e Edésio conseguiram autorização da rainha para construção de uma igreja perto do porto da cidade. O objetivo era atender aos mercadores cristãos que passavam pela Etiópia. A construção dessa igreja ajudou sobremaneira na difusão da fé cristã entre o povo da Etiópia, porque aquele porto era um ponto chave no país. A maioria dos mercadores passava por ali. Muito embora esta difusão da fé tenha acontecido de forma lenta e difícil. Mas foi a partir dessa igreja, semeada por São Frumêncio, que a semente da fé cristã começou a germinar no continente africano. Enquanto isso, Frumêncio e Edésio continuavam a formação do futuro rei da Etiópia.
Os dois irmãos de fé se separam
Quando Frumêncio e Edésio completaram o tempo de educação e formação do príncipe da Etiópia, a rainha cumpriu sua promessa e os libertou. Edésio decidiu voltar para sua terra natal, que também era a de Frumêncio, a cidade de Tiro, perto de Sidônia, na antiga Fenícia, hoje Líbano. Em Tiro, Edésio se encontrou com São Rufino. Este, na época, era historiador e registrou toda a odisseia que os dois irmãos de fé, Frumêncio e Edésio, enfrentaram. Frumêncio, por sua vez, foi para a cidade de Alexandria, no Egito. Ali, mais uma vez, sua vida tomaria um novo rumo.
Bispo da Etiópia
Frumêncio foi se encontrar com o Bispo de Alexandria, Santo Atanásio, para lhe fazer um pedido muito especial: designar um bispo e vários missionários para a evangelização da Etiópia. Santo Atanásio, porém, cheio de sabedoria, indicou São Frumêncio como primeiro bispo da Etiópia. Frumêncio, sentindo aí o chamado de Deus, respondeu afirmativamente. Santo Atanásio, então, ordenou-o e consagrou-o bispo.
De volta à Etiópia
Quando voltou com alguns missionários, São Frumêncio encontrou o jovem que tinha sido seu pupilo empossado como rei da Etiópia. O jovem nutria grande estima por aquele que tinha sido tão bom e sábio mestre. Sabendo que Frumêncio se tornara bispo, o jovem rei abraçou a fé, converteu-se e pediu o batismo. Em seguida, convidou o povo de seu país a acompanhá-lo na alegria do seguimento de Jesus Cristo. Assim, a fé cristã começou a se enraizar na Etiópia.
Abba Salama
São Frumêncio começou sua missão auxiliado pelos missionários e pelo testemunho do rei, seu ex-pupilo. Por causa de sua santidade e bondade, São Frumêncio passou a ser chamado pelo povo etíope de "Abba Salama", que quer dizer "Pai da Paz". Ele dedicou toda a sua vida à evangelização da Etiópia, até sua morte em 380. São Frumêncio passou a ser chamado de "Apóstolo da Etiópia".
 
Oração a  São Frumêncio
Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Frumêncio, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Frei Galvão - 25 de Outubro -

 FREI GALVÃO - 25/10 -



Frei Galvão, o padroeiro dos engenheiros, arquitetos e construtores, nasceu no dia 10 de maio de 1739 na vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, atual Guaratinguetá, no vale do Paraíba. A vila estava na região chamada Capitania de São Paulo, hoje, Estado de São Paulo. Galvão era o quarto de dez filhos de uma família muito religiosa, rica e nobre.  Seu pai, Antônio Galvão de França, português, era o capitão-mor (prefeito) da vila, comerciante, pertencia à Ordem Terceira Franciscana e era famoso por sua generosidade. A mãe de Antônio Galvão era Isabel Leite de Barros, mulher generosa, filha de fazendeiros e descendente da família do bandeirante Fernão Dias.
Frei Galvão, uma infância de estudos
Galvão viveu até os 13 anos na casa de sua família em Guaratinguetá, SP. Quando atingiu está idade foi enviado pelos pais ao seminário jesuíta Colégio de Belém, em Cachoeira, na Bahia, para estudar ciências humanas. No mesmo seminário já estava o irmão de Frei Galvão, José, de 19 anos. Galvão estudou no seminário de 1752 a 1756. Onde, progrediu nos estudos, especialmente na construção civil e na prática cristã.
A perda da mãe
Em 1755, recebeu a notícia da morte prematura de sua mãe. Este fato fez com ele assumisse Santa Ana (Santana), de quem era devoto, como mãe espiritual. Tanto que seu futuro nome de religioso será “Frei Antônio de Santana Galvão”. Ele queria ser jesuíta, mas as perseguições contra os jesuítas instaurada pelo Marquês de Pombal,  obrigaram-no a seguir o conselho do pai e se tornar franciscano, no convento de Macacu, em Itaboraí, Rio de Janeiro.
Ordenação e transferência
Em 11 de julho de 1762, frei Galvão foi ordenado sacerdote e transferido para o Convento de São Francisco na cidade de São Paulo. Lá, ele continuou os estudos de filosofia e teologia. Em 1768, foi nomeado confessor, pregador e porteiro do convento. Era um cargo importante na época. Frei Galvão se destacou nesse cargo de tal forma que a Câmara Municipal lhe deu o título de o "novo esplendor do Convento".
Capacidade artística e intelectual
Em 1770, foi convidado para ser membro da Academia Paulistana de Letras. Isso porque ele compunha peças poéticas em latim, odes, ritmos e epigramas. Suas composições foram sempre bem metrificadas e cheias de profundo sentimento religioso e patriótico.
Um pedido que mudou a vida de Frei Galvão
Entre 1769 e 1770, Frei Galvão recebeu a missão de ser confessor no Recolhimento de Santa Teresa, um tipo de convento que abrigava devotas de Santa Teresa de Ávila, em São Paulo. Lá, ele conheceu a Irmã Helena Maria do Espírito Santo, uma freira penitente que dizia receber um pedido de Jesus: a fundação de um novo Recolhimento. Galvão estudou essas mensagens, consultou outros teólogos que as reconheceram como verdadeiras e sobrenaturais.
A grande obra da vida de Frei Galvão
Num tempo em que construções de conventos de ordens religiosas e até de igrejas estavam proibidas em todo o império pelo marquês de Pombal, Frei Galvão assumiu as consequências e fundou o novo Recolhimento, chamado Recolhimento Nossa Senhora da Luz. A fundação foi em 2 de fevereiro de 1774. A identidade espiritual da nova fundação era baseada na Ordem da Imaculada Conceição.  Frei Galvão escreveu os estatutos, as regras e deu todo o amparo necessário para que o pequeno recolhimento se tornasse, de fato, uma congregação religiosa.
Um casebre dá origem ao bairro da Luz
Irmã Helena e mais duas jovens vocacionadas foram morar no recolhimento. O Recolhimento, porém, nada mais era do que um casebre afastado da cidade, no meio do mato. Este local é, hoje, o mesmo onde hoje está o Mosteiro da Luz, construído por Frei Galvão. Ali, por causa da construção, iniciou-se o Bairro da Luz na cidade de São Paulo.
Reviravolta na história
Aos poucos, outras jovens vocacionadas foram entrando no Recolhimento, confirmando a profecia de Irmã Helena. Quando o Recolhimento tinha pouco mais de um ano, um fato surpreendente mudaria todo o rumo da história: Irmã Helena faleceu repentinamente em 23 de fevereiro de 1775. Por isso, Frei Galvão se viu obrigado a se tornar o novo diretor do instituto, e novo líder espiritual das irmãs. Nisso, um grande número de moças vocacionadas começaram a vir para o Recolhimento.
Frei Galvão, padroeiro dos construtores, engenheiros e arquitetos
Aos poucos, não havia mais lugar para acomodá-las com dignidade no casebre. Por isso, Frei Galvão, usando das habilidades que aprendera com os Jesuítas, projetou e começou a construir o Mosteiro da Luz. No começo, ele e as irmãs trabalhavam na obra. Depois, os pais das irmãs do recolhimento começaram a enviar escravos e dinheiro para ajudarem na construção. O povo, vendo a grandeza da obra, começou a ajudar com mantimentos, alimentos para todos e materiais de construção.
Perseguição
Um governador novo, porém, chegou a São Paulo e quis por a ordem do Marquês de Pombal em prática mandando fechar o recolhimento. Frei Galvão obedeceu, mas as irmãs se recusaram a sair do Recolhimento. O governador, então, começou a agir com violência enviando tropas e ameaçando destruir tudo. Mas o povo se revoltou e o governador teve que ceder. Assim, Frei Galvão voltou a liderar a construção e o Recolhimento. O povo queria o Mosteiro da Luz. A construção demorou 28 anos e, como foi dito, deu origem ao Bairro da Luz em São Paulo.
Prisioneiro da cidade de São Paulo
Mais tarde, o Capitão-Mor de São Paulo sentenciou um soldado à morte pelo fato de este ter ofendido levemente a seu filho. Frei Galvão não aceitando a punição, defendeu o soldado e por consequência foi preso. Mas o povo, as irmãs e o Bispo de São Paulo, Dom Manuel da Ressurreição, recorreram ao superior provincial, escrevendo-lhe que "nenhum dos habitantes desta cidade será capaz de suportar a ausência deste religioso por um único momento". Depois, em 1781, Frei Galvão foi nomeado mestre de noviços em Macacu e em 1798 assume o cargo de guardião do Convento de São Francisco.
Pílulas de Frei Galvão e sua origem
Certa ocasião Frei Galvão foi a Guaratinguetá para pedir recursos para a construção do Mosteiro da Luz. Terminada sua missão, tinha que regressar por causa de compromissos no convento. Nisso, alguns homens vieram pedir que ele fosse até uma fazenda distante rezar por um amigo deles que estava padecendo com uma pedra no rim há dias. O homem estava quase para morrer de dor. Impossibilitado de ir até lá, Frei Galvão teve uma inspiração: escreveu num pedacinho de papel uma frase do ofício de Nossa Senhora: “Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós”. Frei Galvão embrulhou o papelzinho em forma de pílula e deu aos amigos do doente dizendo que ele tomasse aquilo em clima de oração, rezando o terço de Nossa Senhora. Mais tarde, espalhou-se a notícia da cura daquele doente. Tempos depois, o Frei foi procurado por um homem aflito. Sua esposa estava em trabalho de parto há quase um dia e corria risco de morte. O religioso fez três pílulas e deu ao homem com as mesmas recomendações. O homem levou as pílulas para a esposa, que as tomou e conseguiu dar à luz um filho com saúde. Daí em diante, a fama das pílulas de Frei Galvão se espalhou. O povo começou a procurá-las de tal maneira, que ele teve que pedir às irmãs do Recolhimento que produzissem as pílulas. Depois, ele as abençoava e as irmãs distribuíam para o povo. Desde esse tempo, há inúmeros relatos de graças alcançadas através das Pílulas de Frei Galvão.
Outras fundações de Frei Galvão
Em 1811, Frei Galvão fundou o Convento de Santa Clara em Sorocaba. Onze meses depois, voltou para o Convento de São Francisco, em São Paulo. Nos últimos anos de sua vida, já sentindo dificuldade de caminhar do convento franciscano onde morava até o Mosteiro da Luz para orientar as irmãs e atender o povo, Frei Galvão conseguiu permissão do Bispo Mateus de Abreu Pereira e de seu tutor para ficar no Mosteiro que ajudara a criar e que era sua vida. Ali, Frei Galvão atendia o povo, orientava, aconselhava, rezava pelas pessoas e ensinava as irmãs.
Milagres de Frei Galvão em vida
Frei Galvão era um homem de muita e intensa oração. Por isso, alguns fenômenos místicos em sua vida foram presenciados por testemunhas. Fenômenos como o dom da cura, dom de ciência, bi-locação, levitação foram famosos durante sua vida, sempre em vista do bem de doentes, moribundos e necessitados.
Frei Galvão e as caridades
Embora ele sempre escondesse seus atos de caridade, quase todos eram anunciados pelas pessoas que eram beneficiadas por ele. Com muitas esmolas que ele recebia de pessoas ricas, ele pagava dívidas de pessoas presas nas mãos de agiotas e se mantinha oculto. Só depois de muito tempo os beneficiados ficavam sabendo que Frei Galvão é quem tinha ajudado.
Frei Galvão vai ao céu
Frei Galvão veio a falecer no Mosteiro da Luz em 23 de dezembro de 1822, poucos meses depois da independência do Brasil. Faleceu na graça de Deus, com fama de santidade. Uma multidão de luto veio se despedir do santo que encantou a cidade de São Paulo. Ele foi sepultado na igreja do Mosteiro da Luz. Até hoje o seu túmulo é destino de peregrinação de fiéis que vêm pedir e agradecer graças recebidas pela sua intercessão.
Reconhecimento
O Mosteiro da Luz foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. No local também está localizado o Museu de Arte Sacra de São Paulo, que guarda um dos mais representativos acervos do patrimônio sacro brasileiro, originalmente reunido por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo.
Primeiro Santo brasileiro
Em 25 de outubro de 1998, Galvão se tornou o primeiro religioso nascido no Brasil a ser beatificado pelo Vaticano. Em 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI celebrou a missa de canonização de Frei Galvão em São Paulo, acompanhado por uma multidão de mais de um milhão de fiéis.
Milagres de Frei Galvão
Para ser canonizado, a Igreja exige a comprovação de dois milagres (fatos inexplicáveis pela ciência) acontecidos pela intercessão do santo. Assim, as curas de Sandra Grossi de Almeida e Daniella Cristina da Silva, acontecidas pela intercessão de Frei Galvão, são verdadeiros milagres inexplicáveis cientificamente.  Sandra Grossi possuía uma malformação uterina que impossibilita qualquer mulher de manter um feto por mais de quatro meses. Pois, em 1999, após tomar as pílulas e pedir a Frei Galvão, ela prosseguiu com a gravidez e deu à luz ao menino Enzo. Daniella Cristina da Silva, então com quatro anos de idade, sofria de uma hepatite considerada incurável pelos médicos. Após tomar as pílulas e rezar fervorosamente, ficou curada inexplicavelmente.
Como adquirir as Pílulas de Frei Galvão
As pílulas podem ser adquiridas no Museu Frei Galvão em Guaratinguetá e no Mosteiro da Luz em São Paulo, cujo endereço é: AV Tiradentes, 676, Bairro Luz. CEP 01102-000 – São Paulo – SP.
SIMBOLOS
Frei Galvão foi o primeiro santo nascido no Brasil a ser canonizado. Sua representação em imagem revela muito sobre a vida e a obra deste grande santo. Vejamos.
O hábito franciscano
Frei Galvão é representado vestindo o hábito franciscano. Sua intenção inicial era ser jesuíta. Porém, por causa da expulsão dos jesuítas do império português por ordem do Marquês de Pombal, Antônio Galvão de França decidiu ingressar na Ordem dos Frades Menores. E lá, fez história. Foi um franciscano exemplar. Foi porteiro, confessor e pregador do convento. Por isso, passou a ser amado pelo povo por causa de sua simpatia, sabedoria, santidade e hospitalidade.
A tonsura
Tonsura é o corte de cabelo no qual o dentro superior da cabeça fica raspado. Durante séculos a tonsuro foi uma marca dos franciscanos. Ela simboliza o voto de castidade do religioso. Frei Galvão foi um exemplo neste sentido. Viveu uma vida casta e pura diante de Deus e dos homens.
O cinto
Como franciscano, Frei Galvão usava o cinto, normalmente feito de corda e com três nós. Cada um desses nós representa um dos votos que os franciscanos fazem. Os três votos são: pobreza, castidade e obediência. Frei Galvão viveu em profundidade esses três votos. Ele não deu um passo em sua vida de religioso sem o consentimento de seus superiores (obediência). Filho de pai rico, ele deixou tudo por causa do Evangelho (pobreza). Por amor ao Reino de Deus, não se casou e manteve sua virgindade por toda a vida (castidade).
A mão direita abençoando
Este gesto com a mão direita fez parte da vida de Frei Galvão. Muitas pessoas foram curadas milagrosamente através da bênção de Frei Galvão. Frei Galvão sempre abençoava. Ele nunca amaldiçoou. Abençoava, inclusive, àqueles que o perseguiam e maltratavam, sabendo que Deus é o único que conhece os corações. Por causa disso, ele foi um grande exemplo de paciência e de amor cristão.
As pílulas de Frei Galvão (a flâmula na mão esquerda)
Na mão esquerda de Frei Galvão aprece uma flâmula com um texto em Latim: "Post partum, Virgo, inviolata permansisti, Dei Genetrix intercede pro nobis." Esta frase significa: "Maria Imaculada, virgem antes e depois do parto, Mãe de Deus, rogai por nós". E é justamente esta frase que está escrita em todas as Pílulas de Frei Galvão. Tudo começou quando ele estava de passagem por sua terra natal, Guaratinguetá, SP. Quando tinha que ir embora por causa de compromissos religiosos, alguns homens o procuraram para que ele fosse rezar por um amigo que estava há dias sofrendo com um terrível cálculo renal, sem conseguir expelir a pedra. Impossibilitado de ir até o homem, Frei Galvão escreveu a frase acima em alguns papeizinhos, enrolou-os como pílulas e deu aos homens, pedindo que estes levassem ao enfermo para que ele tomasse as pílulas em meio a orações do terço. Os homens fizeram como Frei Galvão pedira e o enfermo ficou repentinamente curado. Depois disso, Frei Galvão passou a usar as "Pílulas" sempre que não tivesse condições de ir pessoalmente visitar e rezar por algum doente. A força dessas pílulas foi tão grande, que ele precisou pedir às irmãs do Convento da Luz, congregação que ele fundou, que escrevessem nos papeizinhos em grande escala e distribuíssem ao povo. Ele deu sua bênção para todas as pílulas que fossem feitas em todos os tempos. Assim, as Pílulas de Frei Galvão se tornaram um maravilhoso sacramental de cura que ajudou a milhares de pessoas e continua ajudando.
Os pés caminhantes
Os pés de Frei Galvão são representados como pés de quem está a caminho. Esta foi outra marca de Frei Galvão. Ele caminhou muito nesta vida. Foi missionário, fundou a Congregação das Irmãs do Mosteiro da Luz em São Paulo, planejou e construiu fisicamente o Mosteiro da Luz ao longo de quase trinta anos, acompanhou outras fundações religiosas e até apareceu em dois lugares ao mesmo tempo, com testemunhas do fato. Além disso, algumas vezes foi visto caminhando "acima do chão" em levitação. Este é o rico significado dos pés de Frei Galvão. Um homem incansável que caminhou, que fez, que deixou sua marca inigualável na história da humanidade.
 
Oração para todos os dias da novena de Frei Galvão
A novena inicia-se sempre com o sinal da cruz e logo em seguida faz-se a intenção,o pedido ou o agradecimento. Faz-se depois a invocação: São Frei Galvão, rogai por nós!
 No final de cada dia da novena, faz-se a oração a Frei Galvão, como segue:
 São Frei Galvão, Deus fez em ti maravilhas e através de ti anunciou o Evangelho do amor, do acolhimento e da misericórdia para com os mais fracos e sofredores. Com o coração agradecido por tão grande Dom à nação brasileira, nós te pedimos: intercede por nós junto a Deus para que possamos vivenciar na comunidade eclesial, os valores evangélicos que de modo tão heróico viveste.Dá-nos a coragem e perseverança na fé e abertura ao Espírito Santo Deus, para que possamos ser sal da terra e luz do mundo. Amém.
(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
 Oração a Frei Galvão
"Santíssima Trindade, Pai Filho e Espírito Santo, eu Vos adoro, louvo e Vos dou graças pelos benefícios que me fizestes. Peço-vos por tudo que fez e sofreu vosso Venerável Frei Antônio de Sant'Anna Galvão,que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo. (Fazer o pedido). Amém." 

Rezar em seguida um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e uma Glória ao Pai.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

São João Capistrano - 23 de Outubro -

SÃO JOÃO DE CAPISTRANO- 23/10 -



Origens
João nasceu em 24 de junho do ano 1386, na cidade de Capistrano, perto de Áquila, no reino de Nápoles, Itália. Seu pai era um conde alemão e sua mãe, uma jovem italiana.  Estudou direito civil e  canônico na cidade de Perugia e formou-se com horas e méritos excepcionais. Lá, tornou-se homem de enorme influência.
Casado, juiz e  governador
Em Perúgia, João de Capistrano se casou com uma jovem filha de um nobre membro da comunidade. Por causa de seu brilhantismo no direito, foi aclamado juiz da cidade. Mais tarde,  tornou-se governador da cidade, no tempo em a revolta contra o domínio do rei de Nápoles estava começando. João de Capistrano tornou-se um governador muito respeitado por todos. Por isso, julgava ter amigos verdadeiros até mesmo entre adversários.
Traição e morte da esposa
Por acreditar nessas “amizades”, João de Capistrano assumiu a missão de tentar um diálogo de aproximação com o rei. Porém, ele estava muito enganado. Os adversários não acreditaram em suas propostas de paz e, além disso, o prenderam. Para piorar, estando João de Capistrano na prisão, recebeu a triste notícia: sua esposa estava morta. João tinha, nessa época, trinta e nove anos. 
Resgatando a liberdade
O fracasso na diplomacia e a morte de sua esposa levaram João de Capistrano a uma mudança de vida e ele tomou uma decisão. Ainda preso, renunciou a todos os seus cargos políticos, vendeu seus bens, pagou o resgate da sua libertação e pediu para entrar num convento de frades franciscanos.
Franciscano
Porém, também no convento, João de Capistrano deparou-se com a desconfiança dos frades. Eles custaram a crer no seu propósito. Antes de permitir que ele passasse a usar o hábito franciscano, submeteu-o a inúmeras humilhações e dificuldades, para por à prova sua determinação. João de Capistrano, porém, superou tudo, dando provas não só de determinação como de verdadeira conversão e busca de Deus. Assim, apenas um ano depois de seu ingresso no convento, ele já era um dos religiosos mais respeitados da comunidade. Mais tarde, ele viria a colaborar para a reforma da Ordem Franciscana.
Missionário cheio do Espírito Santo
São João de Capistrano tornou-se um franciscano exemplar. Durante trinta anos viveu na oração, praticando a penitência, jejum, a caridade e a alegria franciscana. Tornou-se um evangelizador forte e vigoroso da França, Itália, Alemanha, Hungria, Áustria, Rússia e Polônia. Pregador inspirado e arrebatador, multidões viajavam para ouvi-lo. Após ouvi-lo falar, inúmeros jovens decidiam se tornar franciscanos. Por causa de sua santidade e sabedoria, tornou-se conselheiro de quatro papas.
Ameaça muçulmana
Estando já com setenta anos, São João de Capistrano liderou a defesa da Itália na conhecida batalha de Belgrado, contra a invasão dos turcos muçulmanos. O grandioso exército estava prestes a tomar toda a Europa e já tinha dominado acima de duzentas cidades. O papa Calisto III, inspirado por Deus, designou-o pregador e capelão de uma cruzada que tinha como objetivo nada menos que defender o continente europeu. O exército inimigo era dez vezes maior. Humanamente, a guerra estava praticamente perdida. Os soldados quase desfalecendo.
Vencendo batalhas
Então, apareceu São João de Capistrano no meio deles. Ele começou a animar a todos. Percorria todas as fileiras levantando o ânimo de todos, baseando-se no poder da oração e na fé em Cristo. São João fez isso continuamente, durante onze dias e onze noites, sem parar. Espantados com a força espiritual e a atitude do santo, os guerreiros muçulmanos começaram a entrar em confusão. Depois, apavoraram-se. Em seguida, o exército ficou desorganizado. Então, os soldados cristãos começaram a dominar a batalha e chegaram à vitória final.
Retiro e morte
São João de Capistrano preferiu deixar este grande feito no anonimato, mas o exército cristão fez questão de reconhecer e atribuir esta grande vitória a ele. Depois de cumprir esta missão, ele decidiu retirar-se no Convento de Villach, Áustria. Ali, na paz do Senhor, três meses depois, ele veio a falecer. Era o dia 23 de outubro do ano 1456. A partir de então, passou a ser venerado espontaneamente como santo e seu culto se espalhou pelo mundo e chegou forte até os dias de hoje. Sua canonização foi celebrada no ano 1724, pelo papa Bento XIII. Por sua sabedoria e exercício da justiça, especialmente como juiz, São João de Capistrano passou a ser invocado como padroeiro dos juízes.
 
Oração a São João de Capistrano
Deus, nosso Pai, a exemplo de São João Capistrano, o nosso exemplo de fé, de amor à verdade, à fraternidade, brilhe num mundo descrente, amante da mentira e do egoísmo. Sejamos o sal da terra, mediante uma vida honrada e íntegra, trabalhando com ardor para construção da paz e da comunhão. Sejamos luz para este mundo carente de valores espirituais que jaz na treva do isolamento e do individualismo. Aprendamos de Jesus, manso e humilde de coração, a ser compassivos e misericordiosos, fazendo o bem sem olhar à quem. E os homens, vendo o nosso empenho, nossa dedicação em servir, nosso esforço em compartilhar, nossa alegria de viver, nossa esperança nas adversidades, possam crer em vós, Deus de amor, que nos sustentais na vossa bondade. Que por nossa causa, ninguém se afaste de vós, Deus vivo e verdadeiro. Mas, através de nosso exemplo, possam chegar a vos conhecer e a vos amar de toda mente e de todo coração.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Santa Maria Salomé - 22 de Outubro - -

SANTA MARIA SALOMÉ -22/10 -



Nasceu no primeiro século e é uma das três Marias que serviram a Jesus, junto com Maria Cleophas (mãe de São Tiago, o menor, São Judas Tadeu e esposa de Cleophas (ou Alpheus), Maria Salomé e Maria Madalena). Alguns exegetas bíblicos acham que Maria Cleophas seria irmã da Virgem Maria (João 19:25). Maria Salomé era casada com Zebedeu, mãe de São João, o evangelista e de São Tiago, o Maior (conhecido nos países de língua inglesa como Saint James, the Greater) e seria prima da Virgem Maria. Era uma das três Marias que ajudaram Jesus durante o inicio de seu ministério e o acompanharam nas suas viagens e testemunharam a sua crucificação, a retirada do corpo e a sua ressurreição. O evangelista São Marcos menciona Salomé como uma das mulheres que vieram com Madalena untar com óleos (costume da época) o corpo de Jesus na manhã da ressurreição. Na arte litúrgica da igreja ela é representada algumas vezes com Maria Cleophas amparando a Virgem Maria durante a crucificação e/ou presente com Maria Madalena na ressurreição, ou comos filhos João e Tiago em seus braços. É padroeira da Veroli, na Itália.
Alguns consideram que Santa Maria Salomé tenha sido tia de Jesus.   Ela também é identificada com a parteira de Nossa Senhora descrita no Protoevangelho de Tiago; embora São Jerônimo em sua obra Da Virgindade Perpétua de Maria, critique bastante esta ideia de Maria ter achado uma parteira em cima da hora.
 Ela foi mãe de dois dos doze apóstolos: Do Apóstolo Tiago, o Maior e João, o Evangelista ( Mt 20,20); e foi também a mulher de Zebedeu ( Mt 27,55-56).
 Maria Salomé esteve presente aos pés da Cruz, junto com a tia de Jesus, Maria de Cléofas, e Maria Madalena (Mc 16,1-6). 
O evangelista São Marcos menciona Salomé como uma das mulheres que vieram com Madalena untar com óleos (costume da época) o corpo de Jesus na manhã da ressurreição.
A lenda diz que, após a ressurreição de Cristo, ela foi para Veroli, Itália, e passou o resto de sua vida espalhando a Boa Nova .
Na arte litúrgica da Igreja ela é representada algumas vezes com Maria Cleophas amparando  a Virgem Maria durante a crucificação e/ou presente com Maria Madalena na ressurreição, ou com os filhos João e Tiago em seus braços.
 Ela é mostrada no Natal porque existe uma possibilidade de que, como ela era parteira, teria ido ao estábulo em Belém, feito o parto de Maria e se converteu.
Santo Ambrósio, estudioso do assunto, diz que existe ainda a possibilidade dela ser irmã de Maria.
 
Oração a Santa Maria Salomé
Santa Maria Salomé, que tivestes a graça de poder estar compartilhando o sofrimento de Jesus e de Nossa Senhora aos pés de Sua Santa Cruz e por tal sofrimento só poderíeis ver expurgada todas as faltas, se alguma houvessem em vós, dai-nos poder um dia contemplar nosso Salvador por toda a eternidade. Por Cristo Nosso Senhor.
Amém. 

São João Paulo II - 22 de Outubro -

JOÃO PAULO II - 22/10 -




João Paulo II nasceu em Wadowice, na Polônia, em 18 de maio de 1920. Era o caçula dos três filhos de KarolWojtyla, um suboficial do exército, e Emília Kaczorowska. Sua irmã, Olga, morreu antes de seu nascimento. Sua mãe faleceu quando ele tinha 9 anos. Depois faleceu seu irmão Edmund, médico, quando Karol tinha 12 anos. E, aos 21 anos de idade, com o falecimento de seu pai, ele ficou sozinho no mundo.
Vida de João Paulo II
Karol foi batizado em 25 de junho de 1920, com menos de um mês de vida. Aos 9 anos fez a Primeira Comunhão e, aos 18, recebeu o sacramento do Crisma. Em 1938, com 18 anos, se matriculou numa escola de teatro, universidade Jagellonica. Quando as forças de ocupação nazistas fecharam a universidade em 1939, o jovem Karol foi trabalhar numa indústria química (Solvay) para se sustentar e para não ser deportado para a Alemanha.
Vocação sacerdotal
A partir de 1942, sentindo a vocação para o sacerdócio, começou a estudar no seminário clandestino na cidade de Cracóvia, dirigido pelo arcebispo Adam Stefan Sapieha. Após a II Guerra Mundial, continuou seus estudos no seminário maior de Cracóvia, novamente aberto, e na faculdade de teologia da universidade Jagellonica. Foi ordenado sacerdote em 1 de novembro de 1946, pelo arcebispo Sapieha.
Em seguida foi enviado a Roma, onde se tornou Doutor em teologia em 1948. Voltou a Cracóvia sendo vigário em diversas paróquias e, em 1953, passou a lecionar Teologia Moral e também Ética Social, ambos na faculdade de Teologia de Lublin.
 Em 4 de julho de 1958 foi nomeado bispo titular de Olmie, também, auxiliar de Cracóvia. Assim, recebeu a consagração episcopal no dia 28 de setembro de 1958. E no dia 13 de janeiro de 1964 foi nomeado arcebispo de Cracóvia pelo Papa Paulo VI, que o fez Cardeal em 26 de junho de 1967.
O Cardeal Wojtyla participou ativamente do Concílio Vaticano II, que aconteceu nos anos 1962-1965. Ele teve importante atuação no desenvolvimento de um dos principais documentos do Concílio chamado Constituição GaudiumetSpes. Além disso, ele tomou parte em cinco Sínodos Episcopais antes de serpapa.
Pontificado de João Paulo II
KarolWojtyla foi eleito papa no dia 16 de outubro, no ano 1978. Ele tinha 58 anos. Ele escolheu como nome papal João Paulo II. Ele foi o 263º sucessor de São Pedro. Seu pontificado foi o terceiro mais longo da história, durando quase 27 anos. João Paulo II exerceu sua missão de maneira incansável e um grande espírito evangelizador. Realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália e 146 no interior do país. Visitou 317 das 333 paróquias romanas.
Mais do que todos os seus predecessores, ele se encontrou com o povo de Deus e com centenas de líderes nacionais. Mais de 17 milhões de peregrinos participaram de 1166 Audiências Gerais celebradas na quarta-feira. Foram 38 visitas oficiais a chefes de governo, 738 audiências ou encontros chefes de estados e 246 encontros com Primeiros Ministros.
Ele deu início às Jornadas Mundiais da Juventude em 1985, e os encontros mundiais das famílias em 1994.
João Paulo II fez questão de promover o diálogo entre representantes de outras religiões e judeus. Ele convocou encontros de oração pela paz, realizados especialmente na cidade de Assis.
Sob seu pontificado, a Igreja entrou no terceiro milênio com a celebração do Grande jubileu do Ano 2000.
João Paulo II realizou numerosas cerimônias de beatificação e canonização para mostrar exemplos de santidade nos dias de hoje. Ele celebrou 147 cerimônias de beatificação em que proclamou 1338 beatos, e 51 canonizações, com 482 novos santos. Ele escreveu como papa,15 exortações apostólicas, 14 encíclicas e ainda 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas. Além disso, escreveu 5 livros.  Promulgou o Catecismo da Igreja Católica, promoveu a reforma do Código de Direito Canônico, a reforma no Código das Igrejas Orientais e a grande reorganização da Cúria Romana.
Falecimento
O Papa João Paulo II faleceu no dia 2 de abril de 2005, com sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinsonaos aos  85 anos de idade e quase 27 de pontificado. Mais de três milhões de peregrinos lhe renderam homenagens. Em 28 de abril, apenas 26 dias após sua morte, o Papa Bento XVI abriu o processo de beatificação de seu antecessor. Bento XVI dispensou os cinco anos costumeiramente esperados depois da morte do pretendente.
Devoção a João Paulo II
O milagre que levou a Igreja a reconhecer João Paulo II como beato, foi a cura de uma freira francesa. Ela sofria de mal de Parkinson, doença incurável. Sua superiora sugeriu que ela pedisse a intercessão do papa João Paulo II que tanto sofreu com a mesma doença. A freira obedeceu, pediu a intercessão de João Paulo e foi curada milagrosamente. Por isso, numa santa missa para a qual acorreram mais de um milhão de fiéis no Vaticano, o Papa Bento XVI anunciou ao mundo que o João Paulo II pode ser venerado como Beato da Igreja Católica. A beatificação aconteceu num belo domingo:  1 de maio de 2011.
 
Oração pedindo a intercessão de João Paulo II
Ó Trindade Santa, nós vos agradecemos por ter dado à Igreja o papa João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor. Confiado totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna convosco.
 Segundo a vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no número dos vossos santos. Amém.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Santa Úrsula - 21 de outubro -

SANTA ÚRSULA - 21/10 -


Santa Úrsula, virgem e mártir, viveu por volta de 362. Liderou um grupo de moças diante da violência de bárbaros.

Origens
Úrsula era filha dos reis da região chamada Cornúbia, Inglaterra. Recebeu formação cristã desde a infância. Ainda criança, buscava a oração e o contado com as coisas de Deus. Chegando à adolescência, fez um voto de castidade em seu coração, fazendo deste voto um segredo entre ela e Deus. Tornou-se, depois, uma jovem de grande beleza, sendo desejada por muitos pretendentes da nobreza. Em seu íntimo, porém, queria dedicar-se totalmente a Deus.
Jovem desejada
Como era costume na época, o pai de Úrsula, sem saber de seu voto secreto, aceitou o pedido de casamento feito por um duque chamado Conanus. O duque era um militar, general de exército e não cristão. Porém, era aliado do rei, pai de Úrsula. Úrsula, por sua vez, lamentou o fato, mas devia obediência a seu pai, que já tinha dado a palavra. Ela lamentou mais ainda ao saber que seu futuro marido não era cristão. Por isso, ela pediu um tempo de 3 anos para poder se preparar. Seu objetivo, na verdade, era conseguir uma maneira de evitar esse casamento, ou, pelo menos, tentar a conversão de seu futuro marido. Infelizmente, porém, não conseguiu nenhum de seus objetivos.
Reviravolta
Chegando, então, o tempo do casamento, Úrsula partiu, de barco, em viagem para a Bretanha Francesa, onde o Duque Conanuns estava com seu exército. Úrsula foi acompanhada de mais onze moças que, como ela, iriam se casar com soldados do Duque. No meio da viagem, porém, uma forte tempestade mudou radicalmente o rumo da embarcação. Esta se perdeu, navegou pelo rio Reno durante vários dias e aportou na cidade alemã chamada Colônia.
Martírio
A região estava dominada por Átila, rei dos Hunos. Toda a comitiva que estava no barco foi morta pelos bárbaros, ficando apenas Úrsula e suas companheiras. As companheiras de Úrsula, recusando-se a se entregar aos bárbaros, foram todas mortas. A beleza de Úrsula encantou ao próprio Átila, que quis fazer dela uma de suas mulheres. Úrsula, porém, recusou-se afirmando que já tinha se desposado com o Rei mais poderoso de toda a terra, seu Senhor Jesus Cristo. Átila ficou furioso e, ele mesmo, assassinou Úrsula, degolando-a diante de vários soldados. Foi no dia 21 de outubro de 383. Na cidade de Colônia, uma linda igreja abriga o túmulo de Santa Úrsula e suas onze companheiras.
Legado
A história de Santa Úrsula, com o passar dos anos, comoveu os alemães e toda a Europa. Tanto que, na Idade Média, uma italiana chamada Ângela de Mérici (que mais tarde tornou-se santa) teve uma visão de Santa Úrsula e fundou uma Congregação de freiras chamada Companhia de Santa Úrsula. O objetivo da congregação era o de dar formação cristã às meninas. P projeto foi um grande avanço numa época em que somente os meninos recebiam educação. O objetivo de Ângela de Mérici era transmitir a fé às futuras esposas e mães, para que elas, mais tarde, transmitissem também a fé a seus filhos. Hoje, as irmãs Ursulinas estão espalhadas por todos os continentes, mantende acesa a chama que brilhou em Santa Úrsula.
Oração a Santa Úrsula
“Ó Deus, que destes a Santa Úrsula a fortaleza da graça para ir ao encontro do martírio com toda a coragem: concedei que, apoiada em suas preces e instruída pelo seu exemplo, possa avançar no caminho do vosso amor, por entre as dificuldades da vida, e chegar à contemplação de vossa beleza. Amém! Santa Úrsula, rogai por nós!”

domingo, 20 de outubro de 2019

Santa Maria Bertílla- 20 de Outubro -

SANTA MARIA BERTILIA - 20/10-



Santa Maria Bertilla Boscardin foi exemplo de fé e pureza cristã, um verdadeiro modelo de recolhimento e de oração. Tinha grande conexão com Deus em todos os momentos de sua vida, sempre voltada ao silêncio e à oração.

Nasceu com o nome de Ana Francisa em Gioia di Brendola, na provìncia de Vicência. Ainda muito jovem ingressou no covento de Santa Dorotéia.

Tinha grande afeição pelos mais enfermos e serviu durante a Primeira Grande Guerra. Em seu caderninho sempre anotava : “Trabalhar e sofres em silêncio e deixar aos outros as satisfações.”

Estava sempre pronta para fazer a vontade de Deus, com dedicação e obediência. Morreu aos 22 anos após cirurgia para retirada de um tumor.

HISTÓRIA

Santa Bertilla (Santa Maria Bertilla Boscardin)

Camponesa, empregada doméstica e religiosa, dedicou sua vida ao cuidado dos doentes. Vítima de um câncer, é também invocada como protetora contra o câncer.

Origens

Seu nome de batismo era Anna Francesca Boscardin. Nasceu na periferia de Brendola, Itália, no dia 6 de outubro de 1888. Filha de pobres camponeses, passou sua infância e adolescência trabalhando nas lavouras, ajudando seus pais. Além disso, trabalhava também como empregada doméstica para ajudar a família. Filha de família católica, desde pequena desenvolveu um grande amor por Nossa Senhora. Sempre que podia, dedicava-se à oração.

Vida religiosa

Ainda adolescente, sentiu-se chamada para a vida religiosa. Por isso, ao completar 16 anos, ingressou na Congregação das Mestras de  Santa Dorothea, Filhas do Sagrado Coração, na capital de sua região, cidade chamada Vicenza. Trabalhou por um bom período como cozinheira do convento, ao mesmo tempo em que estudava enfermagem. Assim, viveu uma vida simples, dedicada à oração e ao trabalho. Quando fez seus votos religiosos, assumiu o nome de Irmã Maria Bertilla.

Enfermeira

Terminada sua formação, foi enviada para trabalhar como enfermeira no hospital de Treviso, Itália. Ali, descobriu sua vocação e realizou-se como pessoa dedicando-se a cuidar dos doentes. Cuidou, especialmente, de crianças e de vítimas da primeira guerra mundial, que afetou profundamente a Itália. Cuidando de seus amados doentes, nunca deixava de levar a mensagem de Jesus Cristo.

Frutos da missão

No hospital, logo ficou conhecida como um exemplo de amor cristão, conquistando a simpatia de todos. Sempre tinha uma palavra de conforto e esperança para aqueles que sofriam em seu leito de dor. Sua caridade no trato com os doentes levou muitos à conversão.

Câncer

No ano de 1910, quando tinha apenas 22 anos, foi diagnosticada com um câncer. Submetida a uma cirurgia, passou um bom tempo de se recuperando. A partir desse momento, viveu em sua própria pele os sofrimentos de uma enfermidade e compreendeu mais ainda os enfermos. Por isso, tão logo melhorou, voltou a cuidar de “seus” doentes, dedicando-se a eles com todo amor possível. Assim, trabalhou em Treviso e no hospital de Viggiú. Sua caridade conseguia cada vez mais conversões. Amparava os desenganados e ajudava-os a morrer, proporcionando-lhes a assistência espiritual de um padre. Assim, muitos faleceram em paz, reconciliados com Deus, sob seus cuidados. O hospital era seu grande campo de missão.

Morte

Dedicando-se aos doentes, ela descobriu-se novamente doente. Metástases originárias do câncer anterior apareceram em seu corpo depois de algum tempo. Por causa disso, teve que suportar inúmeros sofrimentos, tornando-se cada vez mais fraca. Seu maior sofrimento, porém, foi quando não pôde mais cuidar dos doentes. Foi submetida a uma segunda cirurgia, mas não obteve sucesso. Assim, no dia 20 de outubro de 1922, Santa Maria Bertilla Boscardin entregou sua alma a Deus, tendo apenas 34 anos de idade.

Santidade

Embora tendo falecido jovem, Santa Maria Bertilla Boscardin deixou um grande legado de caridade cristã e de dedicação aos enfermos. Aqueles que se converteram à fé graças à sua caridade, nunca se esqueceram dela. Por causa de sua fama de santidade, muitos foram – e ainda vão – rezar em seu túmulo e grandes graças aconteceram por sua intercessão. Por causa disso, ela foi beatificada pelo Papa Pio XII no dia 8 de junho de 1952 e canonizada pelo Papa João XXIII no dia 11 de maio de 1861. Sua festa passou a ser celebrada no dia 20 de outubro, dia de sua morte.

 Oração a Santa Bertilla

Ó Pai, Vós que inspirastes Santa Bertilla a se dedicar aos doentes e, depois, para que ela fizesse da dor e do sofrimento, um motivo de louvor a Vós, dai-nos, paciência e sabedoria, para que também nós possamos fazer, de nossas dores, um instrumento de redenção. Por intercessão de Santa Bertilla, que enfrentou o cêncer, pedimos a graça (...) Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo, Amém! 

Santa Bertilla, rogai por nós.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

São Lucas Evangelista - 18 de Outubro -

SÃO LUCAS EVANGELISTA - 18/10 -


São Lucas Evangelista nasceu na Antioquia da Síria, era um excelente médico que foi convertido por São Paulo, e tornou-se companheiro de missão e colaborador no apostolado.Por muito tempo São Lucas e São Paulo fizeram inúmeras viagens apostólicas, e se tornaram os primeiros missionários na sociedade greco-romana, o que o tornou essencial para a vida da Igreja. Era considerado dócil ao Espírito Santo, o que o tornou capacitado com o carisma da vivência comunitária, e inspiração que resultaria no Evangelho segundo Lucas e na primeira história da Igreja, os Atos dos Apóstolos.O Evangelho segundo Lucas encontramos passagens importantes sobre Cristo, o amor universal revelado chamando Zaqueu, Maria Madalena, se revelando a todos e garantindo o Céu para o "bom" ladrão, além de contar lindas parábolas. Nos Atos dos Apóstolos São Lucas narra a ascensão de Cristo que promete o batismo no Espírito Santo, fato cumprido no dia de pentecostes, sendo inaugurada a Igreja que incansavelmente com ousadia, coragem e amor evangeliza a todos os povos.Conta a tradição que São Lucas era pintor e de seu pincel sai um retrato de maria. Porém como dito por Santo Agostinho, não conhecemos o retrato de Maria, e Santo Ambrósio nos lembra do sentido espiritual de sua figura de bondade, sendo essa a imagem transmite o retrato moral, a bondade de sua alma.Por duas vezes São Lucas foi preso, sendo que no segundo cativeiro durante o ano de 67 e pouco antes de passar pelo martírio escreveu a Timóteo que "Lucas é o único companheiro" na sua prisão. Os outros o abandonaram. Os historiadores da Igreja contam que lucas viveu em missão até completar 84 anos de idade.Pelo martírio deste Santo no hino das Laudes é rezado: “Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz”.Além do mais São Lucas é o Padroeiro dos médicos, por ter exercido com maestria esta honrosa profissão, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): “Saúda-vos Lucas, nosso querido médico”.

HISTÓRIA

São Lucas é o padroeiro dos médicos e dos pintores, porque ele exercia essas duas atividades. Ele é o grande autor de dois livros do Novo Testamento: o Terceiro Evangelho (ou Evangelho Segundo São Lucas) e o livro chamado Atos dos Apóstolos, o primeiro livro que vem na sequência dos quatro Evangelhos.

Apóstolo São Lucas

São Lucas era um homem sírio, originário da grande cidade de Antioquia. Sua profissão era a medicina. Lucas não conheceu pessoalmente a Jesus. Ele conheceu o Senhor através dos apóstolos. Ele foi discípulo de apóstolos de Jerusalém e, depois, discípulo de São Paulo.Na sua carta aos Colossenses 4, 14, Paulo chama Lucas de "o Médico Amado". Lucas acompanhou São Paulo até o martírio deste, no ano 68, em Roma.  São Lucas permaneceu firme no Senhor até o fim de sua vida. Ele viveu solteiro, sem filhos e faleceu aos 84 anos de idade.

 Referências a São Lucas no Novo testamento

Existem várias referências a São Lucas no novo Testamento. A primeira delas está na carta que São Paulo escreveu a Filemon, versículo 24. Ele aparece também na carta de Paulo  aos Colossenses 4, 14. Vemo-lo mencionado também em 2 Timóteo 4, 11.

 Pintor

Uma antiga tradição cristã afirma que São Lucas foi o primeiro artista a pintar a Virgem Maria e os apóstolos Pedro e Paulo. Por isso, São Lucas é considerado também o padroeiro dos pintores. É por isso também que várias associações de artistas receberam o nome de São Lucas.

 Historiador

São Lucas não presenciou os fatos que narrou em seu Evangelho (Lc 1, 2). Mas, como ele mesmo diz no começo de seu Livro, ele “estudou acuradamente os fatos, antes de escrever”. É Lucas quem narra mais detalhadamente os fatos da infância de Jesus. Seus relatos sobre a infância de Jesus narram a vida do menino Jesus desde a sua concepção no seio da Virgem Maria até o tempo em que o menino completou 12 anos. Esta parte de seu Evangelho é chamada de “Evangelho da Infância”. Há uma tradição que diz que ele colheu os fatos diretamente de conversas com Nossa Senhora. Por isso, ele é também chamado de “Biógrafo da Virgem Maria”. Toda a narrativa de São Lucas em seu Evangelho é bastante detalhada comprovando que ele “estudou acuradamente” antes de escrevê-los.

Atos dos Apóstolos

O livro dos Atos dos Apóstolos é considerado uma sequência do Evangelho de Lucas. Trata-se de um livro importantíssimo, pois narra os acontecimentos maravilhosos do começo do cristianismo. Narra a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos; as grandes viagens missionárias de São Paulo, as quais Lucas acompanhou. Narra também o primeiro concílio da Igreja, o “Concílio de Jerusalém” e uma série detalhada de fatos acontecidos no começo da Igreja. Trata-se de uma narrativa emocionante e coerente que vale a pena ser lida.

 Devoção a São Lucas

Uma tradição antiga da Igreja cristã atesta que, após a morte de São Paulo, Lucas partiu como missionário a pregar o Evangelho no sul da Europa, nas regiões da Gália (atual França), Itália, Macedônia e Dalmácia. Criou comunidades e formou discípulos como aprendera com seu grande mestre, São Paulo.Um antigo documento que São Jerônimo traduziu informava que São Lucas foi martirizado em Patras, Grécia, por causa de sua pregação do Evangelho. Deu a vida por causa de Jesus Cristo. Foi Mártir. Derramou seu sangue por causa do Evangelho que ele imortalizou em seus escritos. Sua festa é comemorada no dia 18 de outubro.

 

Oração a São Lucas
 
Ó São Lucas, glorioso apóstolo e evangelista, eu vos saúdo pelo coração de Jesus.
Pela alegria e doçura que o vosso coração sentiu ao ensinar, do Divino Mestre, o pai nosso aos apóstolos.
Alcançai-me a graça de seguir com fidelidade a Jesus, pelo seu caminho, com a sua verdade em favor da vida.
Ó meu bom São Lucas, médico, que com vossas santas mãos, invocando o nome de Deus, curastes tantos enfermos de tão graves enfermidades, rogai ao Bom Jesus que livre (peça por você ou outra pessoa) das enfermidades do corpo e do espírito, se for do agrado de Deus.
E para maior glória por toda a eternidade.
Amém!

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Santo Inácio de Antioquia - 17 de Outubro -

 SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA - 17/10 -




Bispo e mártir, foi discípulo de São João e sagrado bispo por São Pedro e morto no Coliseu de Roma, devorado por leões.

Origens

Nascido provavelmente na Síria, algumas fontes dizem que ele teria sido a criança que Jesus colocou no meio dos discípulos e disse: “Se não vos tornardes como uma criança não entrareis no Reino dos Céus...” (Mt 18, 1-6). Inácio representa a segunda geração dos Apóstolos, tendo conhecido São Pedro, São Paulo e São João, tendo sido discípulo deste último. Sagrado bispo de Antioquia, a terceira maior cidade do império romano, mencionada várias vezes no livro dos Atos dos Apóstolos. Foi lá que os seguidores de Cristo foram chamados de “Cristãos” pela primeira vez (At 11, 26). Inácio governou a comunidade cristã de Antioquia por 40 anos. Ali, destacou-se pela santidade, pela mística profunda e pela grande liderança que exercia sobre os fiéis.

Perseguição

Pelo fato de Inácio ser uma liderança de grande destaque, o imperador Trajano, grande perseguidos dos cristãos, resolveu prendê-lo, no intuito de fazê-lo negar a fé e, assim, desencorajar o cristianismo crescente. Assim, no ano 106, Inácio foi preso por um destacamento de dez soldados romanos e forçado a negar sua fé em Cristo. Como preferiu a morte a negar Jesus, foi enviado a Roma para ser jogado aos leões no Coliseu.

Viagem gloriosa

Algemado e guardado por 10 soldados romanos, Inácio de Antioquia foi levado de navio. Os cristãos, sabendo a rota dos navios, anteciparam-se e esperaram por ele nos portos onde o navio deveria parar. Por isso, em todos os portos, multidões de fiéis esperavam para ver o bispo santo, receber sua bênção e rezar por ele. Os soldados permitiam esse contato pensando que, com a morte do líder em Roma, o cristianismo fosse perder toda essa força.

Cartas

Durante a viagem, mesmo sendo duramente maltratado pelos soldados, Santo Inácio de Antioquia escreveu sete cartas, ou epístolas que são tidas como verdadeiras preciosidades do cristianismo primitivo. São elas: Epístola a Policarpo de Esmirna (jovem bispo de Esmirna com quem Inácio se encontrou nesta viagem), aos Efésios, aos Magnésios, aos Esmirniotas, aos Filadélfos, aos Trálios e aos Romanos. Essas cartas revelam a espiritualidade profunda de Inácio, baseada na Eucaristia e na união mística com Jesus Cristo. As cartas revelam também um coração apaixonado por Jesus, a ponto de entregar sua vida por Ele. Aos cristãos de Roma, ele pediu que não interviessem por sua libertação, pois queria ser jogado aos leões como testemunha de Jesus Cristo. Inácio chamava a Eucaristia de "o remédio da imortalidade". Também a designou como o "antídoto da morte". Sobre a libertação do mal, ele disse: "Jesus na cruz fisgou o demônio como um peixe, com a isca do seu próprio Corpo".

Martírio

Santo Inácio de Antioquia chegou a Roma no último dia dos jogos que aconteciam no Coliseu. Lá, foi jogado às feras, como pedira. Antes de morrer, testemunhou sua fé dizendo a todos não ter medo da morte porque Jesus Cristo tinha alcançado para ele a vida eterna. Aos romanos, ele escreveu: “Deixai-me ser alimento das feras, pelas quais me será dado desfrutar a Deus. Eu sou o trigo de Deus: é preciso que ele seja triturado pelos dentes das feras a fim de ser considerado puro pão de Cristo”. Assim, diante de um Coliseu lotado de cruéis espectadores, Santo Inácio de Antioquia foi dilacerado e devorado pelos leões. Uma tradição diz que em seu coração encontraram escrito o nome de Jesus. Seus restos mortais foram levados para Antioquia e colocados num sepulcro às portas da cidade. Ali, são venerados até hoje, na atual Antakya, Turquia.

 

Oração a Santo Inácio de Antioquia

“Deus eterno e todo-poderoso, que ornais a vossa Igreja com o testemunho dos mártires, fazei que a gloriosa paixão que hoje celebramos, dando a Santo Inácio de Antioquia a glória eterna, nos conceda contínua proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.”Amém! 


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Santa Edwirges - 16 de Outubro -

SANTA EDWIRGES - 16/10 -



Em 16 de outubro é comemoramos o dia de Santa Edwiges, nascida no ano de 1174 no berço de uma família nobre e rica, porém este era um período de grandes dificuldades e viu de perto a miséria de formas diferentes em várias pessoas que conhecia.
Santa Edwiges possuía um grande coração, e ajudava na caridade demonstrando atitudes que naquela época eram raras como vezes em que pagou dívidas de presos.
A situação em que mais demonstrou sua caridade foi quando ao se casar o marido de Santa Edwiges a deixou com seu dote, e utilizou deste dinheiro para seus trabalhos de caridade já conhecidos.
Porém a vida de Santa Edwiges foi complicada pois perdeu os dois filhos precocemente, e alguns anos depois perdeu seu marido, mas por ser uma mulher de muita fé se retirou para um convento em Trébnitz vivendo em jejum e oração até seu falecimento aos 69 anos de idade.
Santa edwiges seria declarada santa apenas 23 anos após sua morte, pois em um curto período ocorreram vários milagres comprovados, até hoje seu túmulo é lugar de peregrinação em Trébnitz.
HISTÓRIA
Santa Edwiges pede a seus devotos mais amor a Jesus na Eucaristia e auxílio aos necessitados
Contam os historiadores que Santa Edwiges vivia com uma renda mínima, usando o restante para socorrer os pobres, enfermos, idosos, viúvas, crianças abandonadas, endividados e encarcerados, a quem ajudava pessoalmente.
Em certa ocasião, quando estava visitando um presídio, ela descobriu que muitas pessoas ali se encontravam por não poderem pagar suas contas.
Desde então, ela começou a saldar as dívidas dos encarcerados, devolvendo-lhes a liberdade. Ela também os ajudava a recomeçar sua vida, conseguindo-lhes emprego. Por esse motivo, no Brasil, ela é invocada como padroeira dos pobres e endividados.
Novena
– Fazer o sinal da cruz;
– Rezar a oração para todos os dias durante nove dias;
– Rezar a oração final.

SÍMBOLOS

O hábito religioso de Santa Edwiges

Santa Edwiges é representada vestindo um hábito religioso. Isso acontece porque quando ficou viúva e seus filhos criados, ela entrou para o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, e passou a viver a vida religiosa. Porém, mesmo estando no mosteiro, ela não deixou de ajudar os pobres e endividados, usando ainda o dinheiro de seu dote. A caridade foi a grande marca desta santa. Por causa de sua caridade, muitos foram libertados da prisão tendo suas dívidas pagas pela santa.

A coroa na mão de santa Edwiges

A coroa na mão de Santa Edwiges tem dois significados. Primeiramente, simboliza sua origem nobre e rica. Edwiges nasceu numa família extremamente rica e nobre, mas isso não a fez distanciar-se dos pobres e necessitados. Pelo contrário, ela se tornou o anjo protetor deles. O segundo significado da cora é seu casamento com um príncipe, o que fez dela uma princesa. Uma princesa dona de um dote milionário, que foi usado para o bem dos pobres e endividados. Naquele tempo, os endividados iam para a prisão e suas famílias caiam na miséria. Quando Santa Edwiges saudava uma dívida, ela não só libertava um pai de família da prisão, mas reconstruía uma família, resgatava sua dignidade e a retirava da miséria. A coroa na mão de santa Edwiges representa a fortuna e o dinheiro usados a serviço do Reino de Deus, para o bem do próximo. É o símbolo da riqueza abençoada por Deus.

O livro na mão de santa Edwiges

O livro na mão de santa Edwiges representa sua formação religiosa e a formação religiosa que ela transmitiu a seu marido e seus filhos. E a coroa de santa Edwiges estando sobre o livro significa que a riqueza de santa Edwiges estava apoiada e fundada sobre a fé, a caridade ensinada na Bíblia e os mandamentos de Deus. Quando a riqueza é apoiada na fé e na obediência à Palavra de Deus, ela se transforma num bem para muita gente. Esse é o testemunho de Santa Edwiges.

A igreja na mão de Santa Edwiges

Santa Edwiges também é representada segurando uma igreja em sua mão direita. A igreja na mão de Santa Edwiges representa algo muito concreto que ela fez: com o dote recebido de seu marido, ela financiou a construção de igrejas e conventos na Polônia e na Alemanha. Financiando essas construções, além de prestar culto a Deus, ela proporcionava empregos e sustento para um incontável número de trabalhadores e pais de família. Por isso, Santa Edwiges é conhecida também como a protetora das famílias.

 Oração a Santa Edwiges

"Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o Socorro dos Endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante te peço que sejais a minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente preciso: (fazer o pedido). Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém."

Oração para todos os dias

Ó Santa Edwiges, que neste mundo soubestes desprezar as honras da corte, suas pompas, luxos e prazeres, fostes, junto aos pobres, arrimo seguro nas penúrias e misérias da vida. Volvei, lá do céu, um olhar benigno a nós, pobres mortais, e alcançai-nos a graça (pedir a graça desejada) e a de vivermos na paz e amizade de Deus.
Amém.
V. Rogai por nós, Santa Edwiges!
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.