Blog da Cidha Cunha

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Transtornos da escrita , um alerta!!!




Disortografia

A disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afetam a palavra mas não o seu traçado ou grafia. A disortografia é a incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no desconhecimento ou negligência das regras gramaticais, confusão nos artículos e pequenas palavras, e em formas mais banais na troca de plurais, falta de acentos ou erros de ortografia em palavras correntes ou na correspondência incorreta entre o som e o símbolo escrito, (omissões, adições, substituições, etc.).

Sinais indicadores:

*Substituição de letras semelhantes.

*Omissões e adições, inversões e rotações.

*Uniões e separações.

*Omissão - adição de “h“.

*Escrita de “n“ em vez de “m“ antes de “p“ ou “b“.

*Substituição de “r“ por “rr.

Problemas associados:

 = Perceptivos:

  Deficiência na percepção e na memória visual auditiva

  Deficiência a nível espácio-temporal (correta orientação das letras), discriminação de grafemas com traços semelhantes e adequado acompanhamento da sequencia e ritmo da cadeia falada.

 = Linguístico:

Problemas de linguagem – dificuldades na articulação

Deficiente conhecimento e utilização do vocabulário

 = Afectivo-emocional:

Baixo nível de motivação

 = Pedagógicas:

Método de ensino não adequado, (utiliza frequentemente o ditado, não se ajusta à necessidades diferenciais e individuais dos alunos, não respeitando o ritmo de aprendizagem do sujeito).

Características das Disortografias

Troca de grafemas: Geralmente as trocas de grafemas que representam fonemas homorgânicos acontecem por problemas de discriminação auditiva. Quando a criança troca fonemas na fala, a tendência é que ela escreva apresentando as mesmas trocas, mesmo que os fonemas não sejam auditivamente semelhantes;

. Falta de vontade de escrever;

. Dificuldade em perceber as sinalizações gráficas (parágrafos, travessão, pontuação e acentuação);

. Dificuldade no uso de coordenação/subordinação das orações;

. Textos muito reduzidos;

. Aglutinação ou separação indevida das palavras.

O que se pode fazer:

Encorajar as tentativas de escrita da criança, mostrar interesse pelos trabalhos escritos e elogiá-la.

Incitar a criança a elaborar os seus próprios postais e convites, a escrever o seu diário no final do dia como rotina.

Chamar a atenção da criança para as situações diárias em que é necessária a utilização da escrita.

Incite a criança a ajudá-la na elaboração de uma carta.

Não valorize demasiado os erros ortográficos da criança uma vez que estes já são motivo de repreensão e frustração demasiadas vezes.

Não corrija simplesmente os seus erros mas tente antes procurar a solução com a criança (ex.: "qual a outra letra que podemos usar para fazer esse som?").

Recorra a livros de atividades que existem no mercado que permitem à criança trabalhar os vários casos de ortografia.

Não sobrecarregue, contudo, a criança com trabalhos e fichas que a cansem demasiado e a levem a ver as atividades acadêmicas como desagradáveis. Também é preciso brincar.

(FONTE: site: Associação Portuguesa de pessoas com dificuldades de aprendizagem específica)