Blog da Cidha Cunha

sexta-feira, 31 de março de 2017

Santo Amós - 31 de Março -

 Santo Amós - 31/03 -



Amós (nome que em hebraico significa “levar” e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que significa Deus levou) foi um Profeta do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós. Antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá. Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. O profeta Amós deixou claro a sua insatisfação em relação as injustiças. Onde os ricos acumulavam cada vez mais para viverem em palácios, exploração dos mais fracos e subornos.
História:
 Entre os grandes profetas de Deus, Santo Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oséias, Isaías, Jeremias e outros.
Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador. Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E com isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus.
Assim, aconteceu com as profecias de Santo Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções.
Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas.
Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo. Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes.
No seu ministério profético aconteceu quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós embora originário do sul profetizou no norte, que viveu anos de instabilidade econômica, alternados com anos de prosperidade.
Esta que foi construída por alguns para si mesmos, enquanto que outros foram oprimidos. Por um lado havia luxo e fartura; por outro, empobrecimento e miséria.
O profeta Amós deixa claro que junto à tudo isso, vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria na verdade o grande pecado: a injustiça social.

Oração a Santo Amós:

Ó Deus,
Concedei-nos, pelas preces de Santo Amós, 
A quem destes perseverar nos caminhos da profecia divina,
Seguir a nossa vocação com fidelidade
E chegar àquela perfeição que
Nos  propusestes em Vosso Filho.
Por nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.

São Benedito - 31 de Março -

 São Benedito - 31/03 -


Origens 

São Benedito nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526. Benedito significa abençoado. Seus pais foram escravos vindos da Etiópia para a Sicília. Era filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan. O casal não queria ter filhos para não gerarem mais escravos. O senhor deles, sabendo disso, prometeu que, se eles tivessem um filho, daria a ele a liberdade. Assim, eles tiveram Benedito. E, como prometido, ele foi libertado pelo seu senhor ainda menino.

Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe.

A vida de São Benedito

Quando tinha 20 anos foi insultado por causa de sua raça. Porém, com muita calma e paciência suportou tudo. Vendo isso, o líder dos eremitas franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. São Benedito aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de 5 anos.

O Papa Pio IV, desejando unificar a ordem franciscana, ordenou aos eremitas que se juntassem a qualquer ordem religiosa. Benedito foi para o mosteiro da Sicília, um convento em Santa Maria de Jesus. Era o convento dos Franciscanos Capuchinhos. Benedito entrou como irmão leigo, assumindo uma função tida como secundária: a de cozinheiro. Benedito, porém, fez da cozinha um santuário de oração e fervor. Vivia sempre alegre e com muita mansidão, conquistando a todos com sua comida saborosa e sua simpatia.

Foi transferido depois para o convento de Sant’Ana di Giuliana, ficando por 4 anos. Depois retornou para o convento de Santa Maria de Jesus, permanecendo ali até sua morte.

Superior do mosteiro

Por causa de sua vida exemplar, trabalho, oração e ajuda a todos, Frei Benedito tornou-se um líder natural. Em 1578 foi convidado para ser o Guardião, (superior) do mosteiro, cargo que aceitou depois de muita relutância. Apesar de ser analfabeto, administrou o mosteiro com grande sucesso, seguindo com rigor os preceitos de São Francisco. Organizou os noviços, foi caridoso os padres, era o primeiro a dar exemplo nas orações e no trabalho.

São Bernedito, um analfabeto procurado pelos teólogos

Os teólogos vinham de longe para conversar com São Benedito e aprender com ele. Frei Benedito tinha o dom da sabedoria e o dom da ciência. E, apesar de sua condição de analfabeto, ensinava a todos.

Mandava os porteiros não dispensarem nenhum pobre sem antes dar-lhes alimento e ajuda, mesmo na dificuldade do mosteiro. Quando termina seu mandato como superior, ele volta com alegria para o seu ofício de cozinheiro.

A fama de São Benedito

Todos queriam ver e tocar em São Benedito, por causa de sua fama de santidade, palavras, milagres e orações. Os escravos simpatizavam muito com ele, por ser negro, pobre e com grandes virtudes. Em torno do seu nome surgiram numerosas irmandades. São Benedito é um dos Santos mais populares no Brasil, com inúmeras paróquias por todos os lugares inspiradas em seu modelo de humildade e caridade.

Os Milagres de São Benedito

Grande é o numero de milagres de São Benedito, inclusive a ressurreição de dois meninos, a cura de vários cegos e surdos, a multiplicação de peixes e pães, e vários outros milagres. Alguns milagres de multiplicação de alimentos aconteceram na cozinha de São Benedito. Por isso, ele é tido carinhosamente pelo povo como o Santo Protetor da cozinha, dos cozinheiros, contra a fome e a falta de alimentos.

Falecimento

Um dia Frei Benedito profetizou que quando morresse teria que ser enterrado às pressas para evitar problemas para seus irmãos. Depois disso, ficou gravemente doente e faleceu no dia 4 de abril de 1589, aos 65 anos de idade. E a profecia se cumpriu: quando ele faleceu uma multidão invadiu o mosteiro para vê-lo, conseguir algum objeto seu ou um pedaço de sua roupa de monge para terem como relíquia do santo pobre e humilde, causando problemas para o convento.

Na hora de sua morte ele disse com muita alegria: Jesus! Jesus! Minha mãe, doce Maria! Meu Pai São Francisco! E morreu em paz. Seu corpo foi transladado para a igreja e exalava suave perfume. Exumado posteriormente, estava intacto, (incorrupto). Em 1611 seu corpo foi colocado em uma urna de cristal na igreja de Santa Maria em Palermo para visitação e permanece até os dias de hoje.

Imagem de São Benedito

São Benedito foi canonizado em 24 de maio de 1807, pelo Papa Pio Vll. É representado com o menino Jesus nos braços por que fora visto várias vezes com um lindo bebê nos braços quando estava em profunda oração. Por orientação da CNBB, no Brasil a festa de São Bendito é comemorada no dia 5 de outubro.

SÍMBOLOS 

A imagem de São Benedito apresenta vários aspectos importantes da vida deste santo tão querido e venerado em todo o mundo. Filho de escravos oriundos da Eitópia, ele nasceu na Itália com a promessa de ser liberto da escravidão assim que nascesse, que, de fato, aconteceu. Homem livre, porém, analfabeto, Benedito recebeu uma sólida educação cristã de seus pais e se tornou o grande São Benedito. Vamos conhecer os sinais de sua imagem.

A tonsura de São Benedito

A tonsura era o corte de cabelo usado pelos religiosos para simbolizar a consagração que tinham feito a Deus e o voto de castidade. Assim, a tonsura de São Benedito nos revela que ele era um consagrado a Deus e tinha feito voto de castidade.

O hábito marrom de São Benedito - 1

O hábito marrom de São Benedito conta-nos a história da vida religiosa deste grande santo. Aos 19 anos, o jovem Benedito reagiu com paciência e misericórdia a um insulto por causa da cor de sua pele. O ato foi visto e admirado por um eremita franciscano, que o convidou para ser também eremita, vendo em Benedito a vocação religiosa. Benedito aceitou e viveu alguns anos como eremita franciscano, dedicando-se inteiramente à oração, à caridade e à penitência. Depois, os eremitas foram anexados aos Franciscanos Capuchinhos. Frei Benedito acompanhou, passando a ser o cozinheiro da congregação.

O hábito marrom de São Benedito - 2

O hábito marrom de São Benedito simboliza também a humildade e a simplicidade deste grande santo. Marrom é a cor da terra, a cor do 'húmus', de onde vem a palavra humildade. Marrom também é a cor da simplicidade. Essas virtudes humildade e simplicidade foram as granes marcas da vida de São Benedito. Cozinheiro do convento durante a maior parte de sua vida, exerceu este serviço considerado 'inferior' com grande alegria e gratidão a Deus. Por isso, conquistou a todos os seus confrades. Vendo a santidade de Frei Benedito, seus confrades elegeram-no superior do convento. Depois de muito relutar, aceitou a missão e exerceu-a com grande competência, levando grandes benefícios para o convento. Terminada sua missão como superior, voltou a ser o cozinheiro com toda a alegria.

O Menino Jesus no colo de São Benedito

O Menino Jesus no colo de São Benedito tem dois significados. O primeiro é uma referência à experiência sobrenatural que São Benedito viveu várias vezes com Menino Jesus. Muitas testemunhas viram o santo em profunda oração, tendo em seus braços o Menino Jesus. O segundo significado é a presença de Deus na vida de São Benedito. Isso transpareceu através da humildade, da alegria, da santidade e dos milagres operados através do santo. Dentre eles destacam-se ressurreições de dois meninos, curas de cegos e surdos e a multiplicação de pães e peixes. Por isso ele é o santo protetor dos cozinheiros.

O terço nas mãos de São Benedito

O terço nas mãos de São Benedito simboliza seu espírito de oração profunda e sua devoção a Nossa Senhora. Como todo bom franciscano, São Benedito era um homem de profundo amor e devoção à Virgem Maria, dedicando-se todos os dias à oração do santo rosário.

Oração á São Benedito

Glorioso São Benedito, grande confessor da fé, com toda a confiança venho implorar a vossa valiosa proteção. Vós, a quem Deus enriqueceu com dons celestes, consegui-me as graças que ardentemente desejo, para maior glória de Deus. Confortai o meu coração nos desalentos. Fortificai minha vontade para cumprir bem os meus deveres. Sede o meu companheiro nas horas de solidão e desconforto. Assisti-me e guiai-me na vida e na hora da minha morte, para que eu possa bendizer a Deus nesse mundo e gozá-lo na eternidade. Com Jesus Cristo, a quem tanto amastes. Assim seja, amém!


quinta-feira, 30 de março de 2017

São João Clímaco - 30 de março -

 São João Clímaco - 30/03 -


Origens

João nasceu no ano 579, na Síria. Desde cedo, demonstrou inteligência brilhante. Teve boa formação religiosa e também literária. De família rica e nobre e com um futuro bastante promissor na sociedade, ele preferia a simplicidade e a oração. Assim, os dezesseis anos, sentiu-se chamado para a vida monástica eremítica.

Discípulo no Monte Sinai

Por isso, foi para o Monte Sinai, onde havia vários mosteiros com comunidades monásticas vivas. No Monte Sinai, João se fez discípulo de um dos mestres mais conhecidos, que habitava o mosteiro mais famoso da região. O mestre era conhecido como o ancião e venerável Raiuthi. No mosteiro, João destacou-se pelo amor à oração, aos sacrifícios, ao trabalho pesado e aos estudos.

Ascetismo

João levou muito a sério seu chamado para a vida monástica. E sua vocação era para o ascetismo, isto é, a uma vida reclusa, dedicada à oração, à solidão e à ascese (daí a palavra “ascetismo”). Ascese significa “elevação espiritual”. E era isso que João buscava através da vida simples no mosteiro. Ele só saia das dependências do mosteiro quando precisava colher frutas, raízes e outros alimentos para si e para os monges. Além disso, ele só se encontrava com os outros monges nos finais de semana, quando faziam orações e celebrações coletivas.

Situação histórica 

No século IV, as perseguições dos romanos contra os cristãos tinham terminado. Ao mesmo tempo, inúmeros mosteiros muito simples tinham sido construídos na região do Monte Sinai por muitos monges, que buscavam a vida de oração e de contemplação. Esses mosteiros ficaram famosos na época por causa da hospitalidade dedicada aos peregrinos e pelas bibliotecas que guardavam manuscritos valiosos. Nesse ambiente São João Clímaco viveu e atuou, tornando-se o maior dentre os monges que habitavam o Monte Sinai, o local onde Deus entregou a Moisés as Tábuas da Lei.

Escondido e famoso

Disse Jesus que “Não se acende uma lâmpada para colocá-la em baixo da mesa”. E isso aconteceu com São João Clímaco. Mesmo estando “escondido” no mosteiro, procurando a solidão, os monges e, depois, o povo, o descobriram. Todos começaram a procura-lo para pedir conselhos e orientação espiritual quando souberam que tratava-se de um homem santo e sábio. Assim, sua fama se espalhou. O povo atravessava o deserto para ouvi-lo, aprender com ele e pedir conselhos, bênçãos e orações.

Abade geral

Quando completou sessenta anos, São João Clímaco foi eleito unanimemente como o abade geral de todos os monges e eremitas que habitavam a serra onde se encontra o Monte Sinai. 

Como abade, São João Clímaco escreveu bastante. Porém, apenas um livro seu se conservou. Trata-se de um livro importantíssimo e famoso, que alcançou grande divulgação na Idade Média. O livro é intitulado "Escada do Paraíso". Foi por causa deste livro que São João recebeu o apelido de Clímaco. Trata-se de uma expressão grega que significa "aquele da escada".

Escada do Paraíso

Neste livro, São João Clímaco apresenta trinta degraus para subir até alcançar o estado de perfeição da alma. É como se fosse um manual. Nele, é apresentada toda a doutrina monástica, tanto para os noviços quanto para os monges. São descreve no livro “degrau por degrau” mostrando as dificuldades que virão, como superá-las e a felicidade do Paraíso que será alcançada no fim da escada, depois da morte, que é a passagem para a eternidade junto com Nosso Senhor Jesus.

Morte 

São João Clímaco faleceu no dia 30 de março do ano 649. Faleceu como exemplo de vida, amado, venerado e admirado por todos os cristãos tanto do Oriente quanto do Ocidente. Logo após sua morte, passou a ser celebrado pelos cristãos, no mesmo dia de sua morte, ou seja, de sua entrada no paraíso.

Oração a São João Clímaco

“Ó Deus, que destes a São João Clímaco a graça de buscar-vos acima de tudo e em primeiro lugar, dai também a nós a graça de desejar-vos e procurarmos o precioso encontro convosco, para que, a exemplo de São João Clímaco, consigamos viver o amor e a caridade para com todos os que nos rodeiam, por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São João Clímaco, rogai por nós.”


quarta-feira, 29 de março de 2017

São Jonas e São Barachiso - 29 de Março -

São Jonas e São Barachiso - 29/03 -


Origens

Jonas e Barachiso eram irmãos, cristãos, cheios de fé. Sabe-se que nasceram na Pérsia, atual Iraque, na cidade de Beth-Asa. O que se sabe sobre a vida deles resume-se ao porque foram presos e às terríveis torturas que sofreram. Tais torturas, ocorridas no ano 327, contém um dos momentos mais violentos infringidos aos cristãos de todos os tempos. Tudo foi descrito por um pagão, que era comandante da cavalaria do imperador persa chamado Sapor.

Corajosos e misericordiosos

O pouco que se sabe dos dois irmãos antes se serem mortos, é que eles visitaram cristãos presos na cidade de Hubahan. Na época, a Igreja Persa sofria uma das mais terríveis perseguições de que se sabe até hoje. O ódio aos cristãos foi decretado pelo cruel imperador Sapor. Os irmãos Jonas e Barachiso decidiram enfrentar o perigo para levar consolo e força aos cristãos presos. Estes seriam martirizados dali a poucos dias. Somente na prisão daquela cidade, nove condenados aguardavam a morte, pelo simples fato de serem cristãos.

Prisão e mentira

Por causa dessas visitas, os irmãos foram presos e levados a julgamento. O juiz obrigou-os a renunciarem à fé em Cristo e a adorarem o imperador, bem como a outros deuses, ao sol e à lua. Os dois, claro, não obedeceram. Então, começaram as torturas. O juiz separou os irmãos com o fim de enganá-los. Barachiso foi para a masmorra e Jonas foi cruelmente açoitado. Depois, ficou amarrado num rio com água gelada e não se sabe como ele sobreviveu.

Coragem que assombra

O juiz mandou chamar, então, Barachiso. Quando ele chegou, contou detalhadamente as torturas infringidas a Jonas, e completou dizendo-lhe que seu irmão tinha renunciado à fé cristã e oferecido sacrifícios aos deuses persas. Barachiso, conhecendo o irmão, não acreditou. E, em seguida, e fez um discurso tão cheio de força e poder em defesa da fé cristã, que o juiz fez o julgamento continuar somente à noite, sem a presença do público. Com efeito, ele ficou receoso de que as palavras de Barachiso tocassem o povo e convertessem muitos ali mesmo.

Torturas a Barachiso

O juiz mandou que os carrascos queimassem os braços de Brarachiso com ferros em brasa. Além disso, os torturadores derramaram chumbo derretido em suas narinas e em seus olhos. Depois disso, permanecendo ainda vivo, o herói cristão persa foi levado de volta à masmorra e foi pendurado por apenas um dos pés.

Mais torturas e morte de São Jonas

No dia seguinte, descobrindo espantado que Jonas ainda estava vivo, o juiz ordenou que ele fosse tirado das águas geladas e levado à sua presença. Em seguida, disse a Jonas que Barachiso renegado a fé cristã. Mas Jonas também não acreditou e respondeu ao juiz com outras palavras cheias de fervor. Por isso, os torturadores cortaram suas mãos e seus pés. Depois, arrancaram sua língua e seu couro cabeludo. Não satisfeitos com a barbárie, jogaram São Jonas no piche fervendo. Depois, ainda esquartejaram seu corpo e jogaram numa cisterna.

Torturas e morte de São Barachiso

No dia seguinte, os algozes bateram em São Barachiso com ferros pontiagudos. Jogaram enxofre e piche fervendo pela sua boca, e o espancaram-no mesmo depois de morto.

Fé vencedora

A história do martírio desses dois irmãos é, sem dúvida, uma das mais chocantes da história do cristianismo. Porém, ao mesmo tempo em que é chocante, é também edificante. A fé inabalável desses dois irmãos deve ser um testemunho para toso os cristãos de todos os tempos. Preferiram as torturas e a morte a renegar nosso Senhor Jesus Cristo. E o testemunho deles não foi em vão. Por causa desse testemunho, muito se converteram e também deram a vida por Jesus.

Oração aos Santos Jonas e Barachiso

“Ó Deus, que destes aos santos irmãos Jonas e Barachiso a coragem e o destemor para enfrentarem a as torturas e a morte por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, dai também a nós a coragem para testemunharmos a fé em vosso Filho, sem temor, para o bem da vossa Igreja, amém. Santos Jonas e Barachiso, rogai por nós.”

terça-feira, 28 de março de 2017

São Xisto lll - 28 de Março -

São Xisto - 28/03 -



Pouco se conhece sobre as origens de São Xisto III, porém sabe-se que nutria grande
amizade por Santo Agostinho, além de travar uma árdua luta contra heresias que
ameaçavam o futuro da Igreja.
Por muito tempo São Xisto III foi neutro quanto às situações da Igreja, porém advertido por Santo Agostinho e o então Papa Zózimo abraçou a luta contra o pelagianismo que pregava que negava o pecado original, bem como a fragilidade e a corrupção inerente à natureza humana, chegando inclusive a defender a ideia de que o homem tinha a capacidade de por sua própria força pecar sem precisar da graça de Deus. Sendo assim no ano de 428 ao assumir o posto de Papa, Xisto III agiu com grande firmeza, tendo inclusive um pedido de moderação em suas atitudes feitas por Santo Agostinho. Assim então colocando o fim naquela doutrina herege.
Além de suas lutas contra inúmeras heresias, São Xisto III também foi conhecido por em 431 no Concílio de Éfeso aclamou a Mãe de Jesus como Mãe de Deus, além de mandar ampliar a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, que se situava no monte Esquilino, sendo mais tarde nomeada: Santa Maria Maior (sendo esta conhecida como a Igreja mais antiga do ocidente dedicada a Nossa Senhora).
Além do mais São Xisto III deu origem a tradição do Presépio (tendo trazido para a montagem do primeiro presépio tábuas de jerusalém que se encontravam em uma gruta que diz a tradição ter acolhido Jesu, além da Missa do Galo.
Morreria no dia 19 de agosto de 440m deixando como sucessor indicado Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.
Intervenção na política
O papa Xisto III demonstrou ainda forte autoridade papal numa disputa com um patriarca chamado Proclo. O imperador romano do Oriente queria que a região da lliría passasse para o governo de Constantinopla. Para tanto, contava com o auxílio de Procolo. Xisto III escreveu muito e trabalhou para que a região fosse mantida sob o governo romano do Ocidente. E conseguiu.
Santa Maria Maior
No Concílio de Éfeso, ocorrido em 431, a Virgem Maria foi proclamada Mãe de Deus. Por isso, o Papa Xisto III, depois de eleito, ampliou e enriqueceu uma basílica que era dedicada à Santa Mãe das Neves. Esta, ficava no alto do monte Esquilino. Mais tarde ela passou a ser chamada de Basílica de Santa Maria Maior. O notável é que esta igreja é a primeira igreja do Ocidente dedicada a Nossa Senhora. Assim, os fiéis católicos receberam um maravilhoso monumento dedicado ao culto da Virgem Maria.
Tábuas da manjedoura e missa do galo
Havia na Palestina algumas tábuas guardadas e veneradas como tendo pertencido à manjedoura que acolheu o salvador quando ele nasceu em Belém. O Papa Xisto III pediu que essas relíquias fossem trasladadas para a mesma Igreja em Roma. Assim, ele deu origem à tradição do presépio que, mais tarde, São Francisco aprimorou. Xisto III também Introduziu na cultura ocidental a Missa do Galo, que passou a ser celebrada na noite do Natal. Esta missa já era celebrada na cidade de Jerusalém, na Terra Santa, desde os primórdios da Igreja.
Grande construtor
Durante todo o pontificado, o Papa Xisto III realizou uma enorme atividade na área da construção. Construiu inúmeras igrejas e reformou outras tantas. Dentre elas se destaca a esplendorosa basílica de São Lourenço, situada em Lucina, na Itália.
Morte
São Xisto III faleceu no dia 19 de agosto do ano 440. Antes de morrer, indicou aquele que, segundo o seu coração, deveria ser seu sucessor: Leão Magno. Este, de fato, o sucedeu e se tornou um dos papas mais importantes para a Igreja dos primeiros séculos. A Igreja instituiu sua festa no dia 28 de março.

Oração a São Xisto III
Ó  Deus,
Que destes a São Xisto III
 A graça de governar a Igreja com sabedoria,
 Firmeza, fidelidade e austeridade,
 Dai também a nós a graça de governar nossa vida 
 Conforme a vossa vontade, com sabedoria e fidelidade à vossa Palavra. 
 Por nosso Senhor Jesus cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, 
 Amém.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Santa Lídia Comerciante de Púrpura - 27 de Março -

Santa Lídia -27/03 -


 

Santa Lídia era judia e se converteu ao cristianismo. Foi batizada por São Paulo em Filipos. Comerciante de púrpura era natural de Tiatira, na Ásia. Hoje em dia o fato de ser comerciante pode não significar muito, mas no século primeiro isto significava que ela era uma mulher muito rica.

Entre os anos 50 e 53, os apóstolos Paulo, Silas, Timóteo e Lucas foram a Filipos como missionários. Esperaram o sábado para irem à procura de judeus que provavelmente se reuniriam para ler a Escritura. Foi quando encontraram Lídia, uma negociante de púrpura, em meio a um grupo de mulheres.

Lídia ouviu com tal adoração as palavras de Paulo, que logo usou seus dotes de comerciante, fazendo com que não só ela, como seus familiares pedissem o batismo. Logo os apóstolos foram abrigados na própria casa de Lídia, que abandonou a profissão e foi recolher-se na "prosêuca" - um lugar de oração - com outras mulheres.

No Atos dos Apóstolos lemos o testemunho de São Paulo:

“Quando chegou o sábado, saímos fora da porta, à um lugar junto ao rio, onde parecia-nos haver oração. Sentados, começamos a falar às mulheres que se tinham reunido. Uma delas, chamada Lídia, negociante de púrpura da cidade de Tiatira, e adoradora de Deus, escutava-nos. O Senhor lhe abrira o coração, para que ela atendesse ao que Paulo dizia. Tendo sido batizada, ela e os de sua casa, fez-nos este pedido: ‘Se me considerais fiel ao Senhor, vinde hospedar-vos em minha casa’. E forçou-nos aceitar seu convite”. (At 16, 11ss)

Este fato ocorreu por volta do ano 55. Santa Lídia foi uma das primeiras cristãs na Europa.

A rica comerciante colocou os interesses do espírito acima dos econômicos, abandonando o comércio para recolher-se em um lugar de oração. Santa Lídia com sua alegria pediu para que os missionários aceitassem a sua hospitalidade, começando assim, na casa de Lídia, a primeira Igreja na Europa. Os sinais da santidade de Santa Lídia são evidentes na sua pronta resposta à graça. Ela foi uma das primeiras cristãs na Europa. Com santa Lídia aprendemos hoje a ser hospitaleiros e a colocar Jesus Cristo em primeiro lugar na nossa vida.

Oração á Santa Lídia

Deus, nosso Pai, Santa Lídia, mediante a Palavra anunciada por vossos apóstolos, acreditou em vosso Filho Jesus. Ela se tornou a primeira de uma multidão de crentes, e hoje professamos a mesma fé que ela professou e deu testemunho. Fortalecei nossa fé, Senhor, para que também o nosso testemunho seja verdadeiro e autêntico. Por Cristo nosso Senhor. Amém!


domingo, 26 de março de 2017

Santa Lúcia Filippini - 26 de Março -

 Santa Lúcia Filippini - 26/03 -
 



Lúcia nasceu em Tarquínia, próximo da cidade de Roma. Quando ainda tinha um ano de
idade, ficou órfã da mãe e alguns anos mais tarde, do pai. Com isso, foi educada com as irmãs Beneditinas e começou a se destacar com o seu talento de catequista, já que conseguia transmitir a Palavra do Senhor com muita beleza, principalmente para as crianças. Assim, o padre do local a nomeou oficialmente a catequista paroquial. Por quarenta anos, preparou professoras, catequistas, fundou escolas e organizou-as em muitas cidades e dioceses.
História
Santa Lúcia recebeu ótima educação com as irmãs Beneditinas e começou a se despontar com o seu talento de catequista, já que conseguia transmitir a beleza dos santos mistérios da nossa fé Católica principalmente às crianças. A experiência com a catequese das crianças era mais do que um desenvolver do dom, mas um despontar de um carisma que marcou profundamente a história de Lúcia.
Nos finais de 1600 o Cardeal Marcantonio Barbarigo teve a inspiração de fundar escolas católicas em toda diocese, enviou Lúcia para formação intelectual e religiosa com as Irmãs Clarissas, e por fim deu-lhe a missão de realizar este projeto. Santa Lúcia aceitou o desafio e a cruz por amor ao Senhor e pela formação de catequistas e professoras. Aconteceu então uma ampla ação de apoio humano e espiritual dos jovens, dedicando-se também ao melhoramento da condição feminina e ao restabelecimento moral e cultural do clero e do povo. Precisamente para esta finalidade foram constituídas, por volta de 1692, as "Escolas da Doutrina Cristã" para as jovens do povo, na perspectiva do saneamento da família e da sociedade. Desta forma, surgiu um corpo de professoras válido e estável, capaz de realizar, com fidelidade e criatividade, aquele projeto de intervenção educativo que o Cardeal Barbarigo e a jovem Lúcia Filippini idealizaram. As suas discípulas estão hoje em vários Países do mundo com amor ao serviço do Evangelho, atentas às necessidades dos pequeninos, dos pobres e dos que sofrem, procurando inspirar no ministério educativo em Jesus Mestre, num estilo de seguimento que faz apelo ao amor esponsal. Continuam por este caminho, cooperando na difusão do Evangelho da caridade nos novos âmbitos de apostolado que o Senhor as confia. A experiência, maturada do instituto durante longos anos  de  serviço  a  Cristo  e  à  Igreja constitui hoje, um feliz preliminar para uma época de vida consagrada e apostólica ainda mais fecunda. Santa Lúcia por 40 anos dedicou-se a este apostolado que não a livrou de calúnias e males morais, que soube enfrentar na força da oração e providentes irmãos, até pegar uma doença que a levou com 60 anos para a Casa do Pai.

Oração a Santa Lúcia Filippini

Santa Lúcia Filippini, 
Por sua intercessão, 
Dai-nos perseverar na caridade e na fé, 
Para participarmos de sua glória. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
 Na unidade do Espírito Santo.
 Amém.


sábado, 25 de março de 2017

Anunciação do Senhor Jesus - 25 de Março -

Anunciação do Senhor Jesus - 25/03 -



Hoje, festejamos o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.
História
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).
Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.
Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14).

Oração anunciação do senhor:

Ó Deus,
Quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria;
Dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, 
Que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. 
Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém!


sexta-feira, 24 de março de 2017

Santa Catarina da Suécia - 24 de Março -

Santa Catarina Da Suécia - 24/03 - 



Santa Catarina nascida na Suécia em 1331 em um berço nobre e cristão, sendo filha de Santa Brígida, ela recebeu educação para uma vida religiosa.
Logo aos 7 anos de idade Santa Catarina foi entregue às irmãs do Convento de Risberg, que lhe desenvolveram a vocação apenas confirmando os ensinamentos de sua mãe.
Casamento
Porém devido a situações políticas e sociais da época, a jovem Catarina teve que se casar com o nobre Edgard, porém este era um homem religioso de grande fé, além de sofrer de uma grave doença, assim sendo Edgard aceitou os votos de castidade que Catarina fizera, e acabou também por adotá-lo, e passariam a vida como irmãos.
A medida que o tempo passava a doença de Edgard se agravou, então Santa Catarina continuou cuidando dele com mais carinho, amor e generosidade.
Mãe e filha unidas
Após a morte do pai de Catarina, a mãe Brígida se voltou totalmente para a vida religião, iniciando-a com uma romaria aos túmulos dos apóstolos em Roma. Pouco tempo após o ocorrido Santa Catarina conseguiu autorização do seu marido para encontrar-se com a mãe, após chegar ao local, recebeu a notícia da morte de seu esposo, a partir daquele momento Brígida e Catarina decidiram fazer os votos e então vestiram o hábito de religiosas e a partir então não se separaram mais.
Dedicação a Deus
Após os votos Santa Catarina seguiu como assistente de Santa Brígida, seguindo-a em todas as viagens perigosas, tanto na Suécia quanto no exterior, sendo muitas vezes salvas por um cervo selvagem, que sempre aparecia para socorrer Catarina.
Durante uma peregrinação para à Terra Santa, Santa Catarina e Santa Brígida pararam em roma, e lá, Santa Brígida faleceu. Catarina acompanhou o corpo da mãe de volta para a Suécia, sendo recebida pela população e aclamada junto de sua mãe que já era venerada como Santa.
Após a morte de sua mãe Catarina foi eleita a nova abadessa do convento. Livros relatam vários fatos milagrosos ocorridos após sua intercessão. Porém mesmo assim apareceram pretendentes querendo se casar com Catarina depois da morte de Edgard, e propunham que ela abandonasse a vida religiosa e se casasse. Mas ela recusava. Conta-se que um dos pretendentes, sendo mais audacioso, tentou atacá-la, mas ficou cego, recuperando a visão quando se ajoelhou aos pés de Santa Catarina e pediu perdão. Nesse momento, narram os livros, ele viu um cervo selvagem ao lado de Catarina. Assim sendo, nas representações artísticas de Santa Catarina, ela sempre está perto de um cervo.
Morte e Canonização
Aos cinquenta anos Santa Catarina voltou para seu país sendo portadora de uma doença grave, vindo a falecer no dia 24 de março do ano 1381. Sua canonização foi celebrada em 1484, pelo Papa Inocente VIII. Antes disso, porém, seu culto já era bastante conhecido na Europa. Conta-se que, por sua intercessão, a cidade de Roma foi livre de uma grande inundação proveniente do rio Tevere.

Oração a Santa Catarina da Suécia
Senhor, de muitas bênçãos e virtudes.
Cumulastes Santa Catarina. 
Pelos méritos de tão querida Santa,
Nós vos rogamos por nossas famílias.
Que possamos ser, a exemplo de Brígida e Catarina,
Modelos de santidade e fidelidade
A vossa doutrina perante os nossos. 
Dai-nos a graça de, com alegria e paz, 
Semearmos o vosso reino entre 
Aqueles que nos recomendastes.
 Amém!

quinta-feira, 23 de março de 2017

São Turíbio Mogrovejo - 23 de Março -

 São Turíbio Mogrovejo - 23/03 -


Origens

Turíbio Alfonso de Mogrovejo nasceu em 1538 na cidade de Majorca de Campos, Espanha. Era filho de uma família rica e nobre. Fez seus estudos nas cidades de Salamanca, Valadolid e Santiago de Compostela. Formou-se em Direito e, como advogado, teve participações na inquisição. Desde jovem, as grandes marcas de sua vida eram a honestidade e a justiça.

Numa reviravolta da vida, é lançado na vida religiosa

O rei Felipe II percebeu as qualidades de Turíbio de Mogrovejo pediu ao Papa Gregório XIII que o nomeasse arcebispo da América Espanhola e o papa atendeu. Por isso, após um discernimento, Turíbio recebeu todas as ordens sagradas de uma só vez, inclusive a ordenação sacerdotal. Assim, em 1580 ele foi sagrado Arcebispo de Lima, no Peru. Foi dessa maneira, aparentemente improvisada, que nasceu um dos maiores apóstolos da América Latina.

Passando para o outro lado

O bispo Dom Turíbio chegou a Lima em 1581 e ficou estarrecido com a miséria material e espiritual em que os índios viviam. Mas isso o fez agir. Começou aprendendo a língua desses índios. Depois, começou a defendê-los das arbitrariedades dos colonizadores, que os tratavam como animais. Por isso, Dom Turíbio passou a ser venerado pelos fiéis. Todos o viam como um defensor da justiça, contra os opressores europeus.

Evangelização

Com o apoio de todo o povo indígena, Dom Turíbio organizou inúmeras comunidades em sua imensa diocese. Depois disso, realizou assembleias e até mesmo sínodos, isto é, reunião com todos os bispos em atividade na América Espanhola. Assim, todos foram convocados para a evangelização.

Visão e organização

Dom Turíbio realizou e coordenou dez concílios da diocese e três concílios provinciais. Esses eventos formaram a principal estrutura organizacional da Igreja Católica da América espanhola. Essa organização dura até hoje. Um Sínodo Provincial realizado em Lima ganhou destaque. Foi o de 1582. Historiadores o comparam ao famoso Concílio de Trento dada a sua importância. Conta-se que neste encontro, Dom Turíbio chegou a desafiar os espanhóis resistentes, que se achavam muito inteligentes, a aprenderem a língua dos índios. Todos se calaram.

Apóstolo incansável

No ano de 1594, Dom Turíbio já tinha percorrido quinze mil quilômetros em missão pela América Espanhola. Ensinava, pregava, convertia, devolvia dignidade e administrava os sacramentos aos índios. Até este ano, segundo os livros das paróquias, tinha administrado a crisma a nada menos que sessenta mil fiéis.

Formando santos. Dom Turíbio teve a graça de formar e crismar três cristãos peruanos que, mais tarde, foram canonizados: Santa Rosa de Lima, São Francisco Solano e São Martinho de Porres. Estes são frutos preciosos de sua grande missão na América Espanhola.

Legado para o futuro

São Turíbio procedeu a fundação do primeiro seminário instituído nas Américas. Ali, vários missionários ardorosos foram formados, o que ajudou sobremaneira no processo de evangelização da América Espanhola.  

Amor e desapego

Pouco tempo antes de sua morte, São Turíbio doou todas as suas roupas, até mesmo as que cobriam seu próprio corpo. Tudo foi para os pobres e àqueles que trabalhavam a seu serviço. Este gesto resumiu o comportamento de toda sua vida. São Turíbio morreu no dia 23 de março do ano 1606. Ele estava na pequenina cidade chamada Sanã, no Peru. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIII, em 1726. Na ocasião, o Papa declarou São Turíbio de Mogrovejo como o Apóstolo e Padroeiro do Peru.

Oração a São Turíbio de Mogrovejo

“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Turíbio de Mogrovejo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, daí-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Turíbio de Mogrovejo, rogai por nós.”


quarta-feira, 22 de março de 2017

Santa Leia - 22 de Março -

 Santa Leia  - 22/03 -

Origens

Léia era uma jovem romana de origem nobre, que viveu por volta do ano 370. Sabe-se que ela recebeu formação cristã sólida e tinha um coração realmente voltado para Deus. Casou-se bem jovem e não teve filhos, porque logo ficou viúva. A viuvez causou-lhe grande transtorno. Mas, ao mesmo tempo, deu-lhe a oportunidade buscar conhecer a vontade de Deus para sua vida e de seguir um novo projeto.

Descobrindo a vontade de Deus

Por causa de sua vida entre a nobreza, um pretendente bastante influente quis se casar com ela. Era Vécio Agorio Pretestato, cônsul romano e nomeado prefeito da cidade. Era homem bom, que poderia dar a Léia uma vida mais luxuosa do que ela já tinha. Além disso, ela teria privilégios e grande prestígio ao se casar com o prefeito de Roma. Porém, o coração de Léia pedia outra coisa. Ela já conhecia a Deus e sentia-se chamada a uma vida dedicada à oração e ao serviço ao próximo. Por isso, recusou a proposta de Vécio.

Abandonando o luxo para viver na pobreza

A jovem Léia mantinha estreita amizade com uma abadessa chamada Marcela. A abadessa, com efeito, tinha fundado uma comunidade de monjas na casa onde Santa Léia vivia, em Roma. Léia convivia com as irmãs, participava das orações, da vida de comunidade e decidiu viver aquela vida, sendo também uma monja, atendendo ao chamado do Senhor em seu coração. Ela trocou o luxo pela simplicidade, escolhendo ter por aposento uma cela pequena, simples onde ela podia se dedicar à oração e à penitência. E, na vida comunitária, ela podia se dedicar à caridade fraterna e ao convívio santo com as irmãs, vindas de todas as partes e classes sociais.

Vida religiosa

Santa Léia vendeu seus vestidos ricos e finos, doou o dinheiro aos pobres e passou a usar uma hábito rústico, feito de saco. No mosteiro, escolhia sempre fazer os trabalhos mais humildes, procurando sempre agir como uma serviçal das outras irmãs. Passava noites rezando, fazia jejuns. Praticava a caridade para com os pobres sempre de maneira escondida, para não receber elogios de ninguém. Por causa de sua vida santa, foi eleita madre superiora do mosteiro e permaneceu no cargo até sua morte, sendo sempre um exemplo de amor, de bondade, de sabedoria e de humildade.

Falecimento

O pouco que se sabe sobre Santa Léia foi encontrado nos escritos de São Jerônimo, que a conheceu pessoalmente. Ela faleceu no ano 384. Nesse mesmo ano, faleceu o prefeito de Roma que ela rejeitou. Logo após sua morte, Santa Léia passou a ser venerada por uma multidão de pessoas que foram beneficiadas pela caridade da santa. E todos admiravam a lição de Santa Léia: ela deixou o luxo para viver na pobreza, era muito feliz por causa disso.

Oração a Santa Léia

“Senhor Jesus, vós nos disseste: “Eu vim para servir e não para ser servido”. Rogamos, pelo exemplo de Santa Léia, que embora fosse superiora colocou-se como escrava das outras religiosas, saibamos também nós encontrarmos alegria em servir e em todas as circunstâncias exercer a verdadeira caridade. Santa Léia, Rogai por nós.”


terça-feira, 21 de março de 2017

São Nicolau de Flue - 21 de Março -

 São Nicolau de Flue – 21/03 -


Origens

É o santo mais popular da Suíça, conhecido lá como Bruder Klaus, ou seja, “Irmão Klaus”. Ele nasceu em 21 de março de 1417, na Suíça. Filho de família pobre, queria ser monge quando jovem. Porém, não pôde realizar tal sonho, pois teve que ajudar os pais no trabalho da roça. O sonho ficou escondido num canto de seu coração. Depois, casou-se. Por isso, mais uma vez teve que adiar seu sonho.

Casamento

O casamento de Klaus foi feliz. Sua esposa era também cristã e muito virtuosa. Chamava-se Dorotéia. Com ela, Klaus teve dez filhos. Vários deles vieram a se tornar padres. Um de seus netos aliás, chamado Conrado Scheuber, faleceu com fama de santidade.

Homem público

Neste tempo, como pai de família, Klaus não podia dedicar-se à oração como gostaria. Além do mais, por causa de seu admirável senso de justiça, retidão e integridade, ele foi solicitado a assumir muitos cargos públicos. Assim, foi juiz, deputado e conselheiro.

Realização do sonho

Quando chegou aos cinquenta anos, Klaus obteve a concordância de sua família para abandonar tudo e viver a vida monástica. Assumiu, então, o nome de Nicolau. E seguida, construiu uma cabana num lugar deserto que ficava perto de sua casa e foi viver lá. Lá, seu travesseiro era uma pedra e sua cama uma tábua. Ali, Nicolau viveu feliz durante  dezenove anos.

Milagre da Eucaristia

Um fato extraordinário marcou esse período da vida de São Nicolau de Flue. Há provas obtidas por várias testemunhas, em tempos diferentes, de que, durante esses vários anos, ele alimentou-se somente da EUCARISTIA. Não consumia nenhum outro alimento e sobrevivia com saúde e boa disposição física, mental e espiritual. Por outro lado, ele não conseguia permanecer na solidão. Era sempre amável e acolhedor para com todos, não fugia daqueles que o procurassem. E a Suíça, sua pátria, precisou dele inúmeras vezes.

Pacificador

São Nicolau de Flue revelou-se um grande pacificador. Era inimigo das brigas, das guerras e das batalhas. Por isso, foi chamado várias vezes para ser mediador em situações explosivas como, por exemplo, diante da ameaça de guerra iminente da Suíça contra os austríacos. Depois, também foi chamado para impedir a eclosão de uma guerra civil em seu país. Porém, quando não foi possível conquistar a paz através do diálogo, ele não se esquivou de tomar lugar nos campos de batalha. E fez isso como soldado e também como oficial.

Pai da Pátria

O trabalho de São Nicolau de Flue na reconciliação entre partes magoadas, principalmente nos assuntos de guerra, repercutiu sobremaneira entre o povo suíço. Por isso, Nicolau começou a ser venerado pelo povo, que o chamava de "Pai da Pátria". São Nicolau era uma liderança incontestável, conquistada pela retidão, pela justiça, pela ética e pela santidade. E o povo reconhecia essa autoridade que brotava de seu coração.

Eremita de coração, influente em sua nação

Porém, sempre que podia, retornava a cabana que ele tanto amava. Só saía de lá quando precisavam novamente de sua ajuda. São Nicolau de Flue foi um grande conselheiro espiritual e moral de inúmeras pessoas, desde os mais simples até os mais poderosos. Era extremamente respeitado pelos católicos e pelos protestantes. Há um consenso quase geral de que, se a Suíça é hoje um país pacífico, que muito raramente se envolve em conflitos internacionais, isso se deve à sábia e santa influência do "Irmão Klaus", como ele era, e ainda é chamado carinhosamente pelos suíços. 

Morte

São Nicolau de Flue ou “Irmão Klaus”, faleceu no dia 21 de março de 1487. Era dia de seu aniversário e ele completava setenta anos. Seu corpo foi sepultado na bela Igreja de Sachseln.

Sua beatificação aconteceu em 1669. A canonização foi celebrada pelo Papa Pio XII, no ano 1947. A festa litúrgica de São Nicolau de Flue foi instituída para o dia 21 de março. Ele é também celebrado como herói da pátria no dia 25 de setembro. São Nicolau de Flue, ou Irmão Klaus, passou a ser o Santo mais popular de toda a Suíça.

Oração escrita por São Nicolau de Flue

“Meu Senhor e meu Deus, arrancai de mim mesmo tudo o que me impede de ir a Vos. 

Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo aquilo que me conduz a Vos. 

Meu Senhor e meu Deus, tirai-me de mim mesmo e entregai-me todo a Vos.”

 -Suíça .

segunda-feira, 20 de março de 2017

São Teodósio - 20 de Março -

 SÃO TEODÓSIO – 20 /03 –



São Teodósio nasceu em 424 na Capadócia onde recebeu sua primeira educação cristã na família. Quando jovem inclinado para os estudos, São Teodósio recebeu a função de leitor na Igreja da cidade. Sempre ficava impressionado com a ordem de Deus para Abraão, pois naquela idade se sentia impulsionado a ir para o lugar onde o Senhor inspirasse.

Teodósio viajou para a Terra Santa onde consagrou-se à vida religiosa num convento próximo à Torre de Davi. Ficou responsável por uma igreja, por causa do seu progresso na vida monástica e na santidade. Devido as numerosas visitas retirou-se Teodósio para a solidão e intensa vida de penitência que durou trinta anos.

O santo realizou seu trabalho com muita sabedoria e humildade, e foi testemunho de uma vida santa e cheia de oração, o que motivou a outros jovens a tornarem-se religiosos.

Acabou organizando o regulamento de uma comunidade que em pouco tempo tornou uma aldeia com quatrocentos monges; hospedaria e setores masculinos, feminino além de um setor para doentes mentais. Entregue nas mãos Providentes do Pai, nada do necessário faltava na comunidade do caridoso e pacífico Teodósio.

Com fama de santidade Teodósio era amigo de São Sabas e outros homens de Deus. Foi nomeado superior dos monges da Palestina e não deixou de combater as heresias e sofrer perseguições.

Morreu com 105 anos de idade e teve seu corpo depositado numa gruta escolhido por ele mesmo.

Oração á São Teodósio:

Deus de bondade, que fazeis tudo de bom para o ser humano e a cada um de nós acolheis com paternal afeição, concedei-nos, pela intercessão de são Teodósio, a graça de entregar em vossas mãos as nossas dificuldades e dai-nos a dom da confiança absoluta no vosso amor. Por Cristo nosso Senhor!


domingo, 19 de março de 2017

São José - 19 de Março -

 SÃO JOSÉ – 19/03 -



O santo do dia 19 de março é mais que especial, é São José, o marido de Maria e pai adotivo do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vida Simples
São José escolheu a maior de todas as missões a de acolher a Virgem Maria se casando com ela aos 30 anos de idade, além de criar Jesus, mesmo sendo um homem humilde e de poucas posses, sempre se apoiou em seu trabalho de carpinteiro.
O que afirma o fato de São José não ter possuído riquezas em vida foi quando levou Jesus ao templo para ser circuncidado e Maria para ser purificada ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro. São José morreu aos 60, antes de Jesus iniciar sua vida pública, porém no período de 30 anos, ajudou e protegeu tanto Cristo, quanto Maria, sendo uma das passagens mais conhecidas, a da fuga para o Egito, pois Herodes queria acabar com a vida do Salvador que acabara de nascer.
Devoção a São José
Sua figura quase desapareceu nos primeiros séculos do cristianismo, para que se firmasse melhor a origem divina de Jesus. Porém na Idade Média, São Bernardo, Santo Alberto Magno e
São Tomás de Aquino lhe grande dedicação, devoção e entusiasmo, fazendo com que seu culto cresceu continuamente.
Atualmente São José é tido como Padroeiro da Igreja (Declarado pelo Papa Pio IX), Advogado dos Lares Cristãos (Papa Leão XIII), além de ser considerado o protetor dos operários.
História
São José era carpinteiro na Galileia e marido da Virgem Maria, protetor da Sagrada Família, foi escolhido por Deus para ser o patrono de toda a Igreja de Cristo. Esteve ao lado de Maria em todos os momentos, principalmente na hora do parto, que aconteceu em um estábulo, em Belém. Educou e protegeu o menino Jesus, com o amor de Deus-Pai. São José foi um homem justo, trabalhador e exemplo de pai. A simplicidade e a fidelidade fizeram de São José o protetor escolhido para Maria e para o próprio Jesus, bem como para todos nós.
“O Anjo do Senhor manifestou-lhe, em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria como tua Mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo.” Mt 1,20
O significado do nome José
É “aquele que acrescenta”, “acréscimo do Senhor” ou ”Deus multiplica”. O nome José tem origem no nome hebraico, Yosef, que significa “Ele acrescentará”, referindo-se a Deus.

Terço de São José
Tomando-se um terço.
1) No lugar do Pai Nosso diz:-se: Meu glorioso SÃO JOSÉ nas vossas maiores aflições e tribulações não nos valeu o anjo do Senhor? VALEI-ME SÃO JOSÉ!
2) No lugar das Ave Maria diz-se: SÃO JOSÉ VALEI-ME! 3) No fim de cada dezena diz-se a jaculatória : JESUS, MARIA E JOSÉ.
Conclui se o terço com este oferecimento: A Vós, Glorioso São José, ofereço este terço e em louvor e glória de Jesus e de Maria, para que seja a minha luz, guia, minha proteção e defesa, minha fortaleza e alegria em todos os meus trabalhos e tribulações e principalmente na hora de agonia.
Pelo nome de Jesus, pela glória de Maria, imploro o vosso poderoso patrocínio, para que me alcanceis a graça que tanto desejo (pedido).
Falai em meu favor, advogai a minha causa no céu e na terra, alegrai a minha alma, para honra e glória vossa de Jesus e de Maria. Assim seja.

Oração a São José
A vós São José, 
Recorremos na nossa tribulação,
E depois de ter implorado 
O auxílio da vossa Santíssima Esposa,
Cheios de confiança, solicitamos o vosso patrocínio.
Por esse laço sagrado de caridade 
Que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, 
E pelo amor paternal que tivestes para com o Menino Jesus,
Ardentemente suplicamos que lanceis um olhar benigno 
Á herança que Jesus Cristo conquistou com o seu Sangue, 
E nos assistais, nas nossas necessidades, 
Com o vosso auxílio e poder. Protegei, 
Oh! guarda providente da Divina Família, 
A raça escolhida de Jesus Cristo;
Afastai para longe de nós,
Oh! Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício; 
Assisti-nos do alto do céu, 
Oh! nosso fortíssimo sustentáculo, 
Na luta contra o poder das trevas;
E, assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada, 
Do Menino Jesus assim também defendei agora
A Santa Igreja de Deus contra as ciladas dos seus inimigos
 E contra toda a adversidade.
Amparai a cada um de nós, 
Com vosso constante patrocínio,
A fim de que a vosso exemplo
E sustentados com o vosso auxílio,
Possamos viver virtuosamente, 
Piedosamente morrer, 
E obter no Céu a eterna bem-aventurança.
Amém!

sábado, 18 de março de 2017

São Cirílo de Jerusalém - 18 de Março -

 São Cirílo  de Jerusalém - 18/03 -


Origens 

Cirilo nasceu em Israel, peto da capital Jerusalém, no ano 315. Seus pais eram cristãos e bem colocados financeiramente. Por isso, Cirilo foi bem preparado desde a infância. Estudou as Sagradas Escrituras e também as matérias humanísticas. Ainda jovem sentiu-se chamado para o ministério de evangelizador. No ano 345, aos 30 anos, recebeu a ordenação sacerdotal. 

Cirilo viveu num tempo de heresias. Desde o início do cristianismo várias heresias, isto é, interpretações erradas da fé, se infiltraram na Igreja. Mas no século IV, especialmente, no tempo de São Cirilo, apareceram as heresias chamadas arianismo e nestorianismo. As duas causaram profundas divisões na Igreja. 

Bispo perseguido e depois, reconhecido 

No ano 348, o Padre Cirilo foi sagrado bispo de Jerusalém. Ele exerceu o cargo durante quase trinta e cinco anos. Porém, dezesseis desses anos foram vividos no exílio, em três momentos diferentes. 


Primeiro exílio 

O primeiro exílio aconteceu porque um bispo chamado Acácio, muito influente na Igreja, acusou-o de espalhar heresia. Reconhecido o engano, ele voltou afável e sem mágoas. 


Segundo exílio 

O segundo exílio aconteceu por ordem do imperador Constâncio. Este entendeu que Cirílo era simpatizante de hereges e condenou-o ao exílio. Porém, os bispos Atanásio e Hilário, ambos de autoridade reconhecida e chamados de Padres da Igreja, tal como São Cirilo, saíram em sua defesa, demonstrando que ele não era um herege. 


Terceiro exílio 

O terceiro exílio foi o mais longo. O imperador Valente, que era realmente um herege, exilou novamente todos os bispos que tinha sido anistiados. Por isso, São Cirilo peregrinou por várias cidades da Ásia pelo tempo de onze anos. Este exílio durou até à morte do imperador, ocorrida em 378. 


Ministério brilhante 

O trabalho missionário, catequético e doutrinário de São Cirilo resistiu a todas essas provações e chegou até os dias de hoje. Ele tinha um dom especial de ensinar o Evangelho, e fazia isso como poucos. No começo de seu ministério episcopal ele era o responsável pela preparação dos catecúmenos, ou seja, dos adultos convertidos, que seriam batizados. 


Escritos 

Nesse tempo, São Cirilo escreveu dezoito brilhantes discursos catequéticos. Depois, escreveu um maravilhoso sermão, uma carta dirigida ao imperador Constantino e outros pequenos escritos inspirados e atuais. Outros treze escritos de sua autoria foram dedicados à exposição geral da doutrina cristã. Outros cinco escritos foram dedicados a preciosos comentários sobre os ritos Sacramentais que aconteciam durante a iniciação cristã. Vários de seus escritos dedicam-se a explicar os "como" e os "porquês" de cada uma das orações, do sacramento do batismo, do sacramento da crisma, da confissão, dos sacramentos em geral e dos grandes mistérios da fé cristã, chamados também de dogmas da Igreja. 


Não só na teoria 

São Cirilo soube como ninguém viver a fé cristã na prática. Num tempo de grande dificuldade, ele não teve dúvidas e vendeu preciosos vasos litúrgicos e outros valiosos objetos eclesiásticos, com o nobre objetivo de matar a fome dos pobres. 


Santidade e firmeza na fé 

Desde jovem, Cirilo apresentou-se manso, suave e afável. Preferia sempre a catequese a assuntos polêmicos. Aderiu firmemente à doutrina da Igreja por ocasião do III Concílio de Constantinopla, no ano 382. Ali, ficou clara sua postura de fidelidade à Santa Sé e à Verdade sobre Jesus Cristo. Neste Concílio, São Cirilo foi chamado por alguns bispos de "valente lutador para defender a Igreja dos hereges que negam as verdades de nossa religião".  


Morte 

São Cirilo de Jerusalém faleceu no ano 386. Seu culto foi instituído em 1882, pelo Papa Leão XIII. Na ocasião, o Papa conferiu a ele os títulos de Doutor da Igreja, por causa da profundidade de seus escritos, e o de Príncipe dos Catequistas Católicos, por causa da brilhante preparação para os catecúmenos que ele escreveu. 


Oração a São Cirilo de Jerusalém 

“Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Cirilo de Jerusalém, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós.”