Blog da Cidha Cunha

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

São Romão "Romano" - 28 de Fevereiro -

SÃO ROMANO 28 /02



São Romano, o Melodista, foi um teólogo, poeta e compositor.
Nas palavras do para Bento VVI, ele "pertence à grande plêiade de teólogos que transformaram a teologia em poesia".
Compôs muitos hinos litúrgicos, adotando uma linguagem simples que o tornasse próximo do povo.
Enquanto vivia em Constantinopla por volta do final do reinado de Anastácio I Dicoro (518), teria tido uma visão da Virgem Maria. Maria o teria obrigado a engolir uma folha enrolada, lhe dando o dom da poesia.

História
História: O monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lyon, na França, no século IV, quando nascia a vida monástica abaixo da linha do Equador.
São Romano foi também um dos primeiros monges ocidentais. Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu nos arredores da cidade. Só foi localizado anos depois por Lupicino, que se tornou seu aluno e seguidor.
A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas, fundando um mosteiro em Condat e outro em Beaume, desta vez com a disciplina que Romano achava correta.
Conta-se que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava e que também foi canonizado, São Pelade, hospedaram-se numa choupana onde havia dois leprosos.
Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados. Diz a lenda que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres. Voltando dessa peregrinação, São Romano voltou à solidão e assim morreu aos 73 anos de idade.

Oração á São Romano
São Romão pé em Roma cabeça em Portugal.
Livrai-me dos cães danados e dos que estão para se danar.
Dos mortos mal encarados dos vivos sem perigo.
São Romão andais comigo.
Amém

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

SÃO GABRIEL DAS DORES

SÃO GABRIEL DAS DORES 27 de Fevereiro



São Gabriel das Dores nasceu no ano de 1838, na cidade de Assis na Itália, em berço nobre e muito cristão, recebendo como nome de batismo Francisco em homenagem a São Francisco de Assis.
No início de sua juventude se desviou por vários caminhos mundanos, principalmente em muitas festas, e a leitura de romances. Porém logo cedo percebeu que estava fora do caminho de Deus, sentiu o chamado do Pai e se consagrou no sacerdócio.
Porém mesmo se consagrando por muitas vezes São Gabriel das Dores acabou cedendo ao mundo, porém ainda aos 18 anos com grande arrependimento por suas atitudes entrou em uma procissão de Nossa Senhora, onde ouviu a voz da Virgem Maria que lhe pedia para sair daquela vida, e que se dedicasse totalmente a Deus, atendendo prontamente o chamado.
Ainda com o nome de Francisco adentrou na Congregação dos Padres Passionistas, adotando o nome de Gabriel, e das Dores devido a sua devoção por Nossa Senhora das Dores. Porém não conseguiu viver por muito tempo sua vida religiosa, pois possuía uma saúde muito fraca, e 5 anos após entrar para a ordem São Gabriel das Dores adentrou aos céus.
São Gabriel das Dores foi beatificado no ano de 1908 e canonizado pelo Papa Bento XV, clamando-o como exemplo pela juventude de nossos tempos devido a sua conversão e intensidade de vida em Cristo.
História;
Data de 1838 o nascimento de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, na cidade de Assis. Órfão de mãe aos quatro anos, foi para a cidade de Espoleto. Ingressou com os Irmãos das Escolas Cristãs e com os jesuítas.
Eleito ainda muito jovem para o cargo de presidente da Academia de Literatura, em 1856, o santo decidiu ingressar na ordem dos passionistas, na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Possuidor de uma alma alegre e bem humorada, a todos cativava pela sua simplicidade e humildade.Morreu muito jovem, com apenas 24 anos, no dia 27 de fevereiro de 1862. Foi beatificado por Pio X em 1908 e canonizado por Bento XV, em 1920.

Oração á São Gabriel das Dores
Ó Deus, nosso Pai, 
Dai-nos simplicidade de coração, 
Entendimento para darmos às coisas
E aos acontecimentos o justo valor que merecem. 
Que nada esmoreça nossa esperança
E nada arrefeça nossa alegria.
Que saibamos ver-Te e encontrar-Te
Em todos os acontecimentos de nossa vida.
 Amém.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

são Porfirio de Gaza - 26 de Fevereiro -

 São Porfírio de Gaza – 26 /02 –



Origens

Porfírio nasceu em Tessalônia, na Grécia, em 347. Aos 31 anos de idade e já tendo estudos na área das ciências, ele decide viver como eremita, no deserto de Scete, no Egito. Viveu ali por cinco anos. Depois de visitar Jerusalém e seus lugares santos, passou a viver às margens do rio Jordão, também por cinco anos. Nesse tempo ele conheceu um discípulo chamado Marcos e começaram a evangelizar juntos. Porém, a caverna onde Porfírio residia era muito insalubre. Ele adoece e precisa voltar para Jerusalém.

Deu tudo aos pobres e recebeu muito mais

Porfírio recebeu a triste notícia da morte de seus pais e a herança que ele tinha para receber, manda dividir entre os pobres de sua terra natal.Nesta ocasião, Porfírio sofreu um desmaio e, de repente, estava diante de Cristo crucificado, com Dimas, o bom ladrão, ao seu lado. Jesus pede para Dimas levantar Porfírio. Ele desce de sua cruz e a dá a porfírio, ordenando-lhe que cuide dela. Ao voltar do “desmaio” Porfírio estava curado. Esta ordem de Jesus é cumprida fielmente pelo bispo de Jerusalém, João, que nomeia Porfírio o “guarda do santo lenho”.

Bispo de Gaza

As notícias das graças e dos prodígios que aconteciam pela fé e oração de Porfírio se espalharam rapidamente e, com a morte do bispo, os religiosos de Gaza queriam que Porfírio assumisse o cargo. Modestamente ele não queria aceitar, mas diante de insistentes pedidos e da ação dos pagãos idólatras na cidade, ele acabou aceitando.

Lutando contra as divindades pagãs

Em Gaza existia um templo onde se adoravam divindades pagãs. Os infiéis, ao saberem das intensões de Porfírio, planejam matá-lo. Porém, pela força da fé, o bispo vence os inimigos.

Uma chuva milagrosa de bênçãos e conversões

Uma violenta seca assola a região. Os agricultores, desesperados, começam a fazer sacrifícios no templo pagão, pedindo chuva. Mas, é claro, não caía uma gota de água sequer. Porfírio, então, ordena um dia inteiro de jejum. Depois fez uma procissão penitencial até à uma capela que ficava na periferia. A procissão mal tinha chegado à capela quando a chuva começa a cair fortemente. Desde então muitos pagãos entraram num processo de conversão.

O fim do paganismo na região

Aconteceu que o próprio imperador ficou contra os pagãos e o bispo porfírio teve autorização para derrubar o templo que ficava na diocese de Gaza, restando apenas uma estátua pagã, da deusa Vênus. Certo dia, o bispo se coloca diante da estátua e esta se desmorona sozinha, quebrada em pequenos pedaços. Com esse acontecimento, mais pagãos se convertem. Após 25 anos à frente da diocese, praticamente não havia mais pagãos.

Morte

A fama de sua santidade o acompanhou até o dia de sua morte, em 26 de fevereiro 420, quando tinha 73 anos de idade.

Oração a São Porfírio de Gaza

“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Porfírio de Gaza, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. ”

sábado, 25 de fevereiro de 2017

São Cesário de Naziano - 25 de Fevereiro -

São Cesário de Naziano - 25/02 -




O santo de hoje era irmão de São Gregório. Foi médico da corte imperial, sob o reinado de Juliano, que o tentou inutilmente convertê-lo ao paganismo. Cesário foi um catecúmeno durante grande parte da sua vida e só recebeu o batismo depois de sobreviver milagrosamente de um terremoto em Nicéia. Alguns detalhes de sua vida nos são conhecidos através da oração fúnebre composta por Gregório.

O nome Cesário, de origem latina, significa grande, honrado. Nasceu em 330 e viveu grande parte da vida em Alexandria, onde estudou geometria, astronomia e medicina. O ofício de médico o levou a corte imperial de Constantinopla. Como médico imperial, Cesário foi tentado várias vezes a abandonar o cristianismo e assumir a vida pagã.

Origens

Cesário nasceu no ano 330. Era irmão do famoso São Gregório Nazianzeno. Grande parte de vida foi vivida na cidade egípcia de Alexandria. Lá, onde estudou astronomia, geometria e medicina. Ele conheceu o cristianismo provavelmente através de seu irmão Gregório. Porém, demorou muito a optar decisivamente pelo batismo.

Catecúmeno

Cesário foi catecúmeno, ou seja, aspirante ao batismo, durante vários anos de sua vida. Alguns detalhes marcantes de sua vida nos foram transmitidos apenas através de uma oração de exéquias (oração para os mortos) composta por seu irmão Gregório.

Médico na corte imperial

O ofício de médico, exercido com competência, levou-o até à corte imperial romana sediada na cidade de Constantinopla. Como médico imperial, foi tentado várias vezes a abandonar a fé cristã e assumir a vida pagã. O próprio imperador Juliano tentou convertê-lo várias vezes ao paganismo. Cesário, porém, mesmo sendo somente catecúmeno, nunca cedeu. Ao contrário, justificou seu nome latino que significa “grande e honrado”, e permaneceu firme.

Salvo de um terremoto

Cesário só optou por receber a graça do batismo depois de, milagrosamente, sobreviver a um violento terremoto ocorrido em Nicéia. Este fato marcou profundamente sua vida. E sua opção pelo batismo foi decisiva. Depois desse episódio e de seu batismo, ele abandonou a medicina e sentiu no coração o chamado para se dedicar à cura dos corações e das almas feridas, levando a elas a salvação que somente Jesus Cristo pode oferecer.

Pobreza e penitência

Depois de seu batismo, São Cesário passou a viver uma vida simples e penitente. Pregou a Palavra de Deus e ajudou a muitos no conhecimento de Cristo. Tornou-se um nome importante na comunidade cristã no que diz respeito à fé, às virtudes cristãs e à caridade para com todos. Sabe-se que pouco tempo depois desta feliz experiência de vida cristã, São Cesário veio a falecer ainda muito jovem. Antes de morrer, teve condições de fazer seu testamento: deixou tudo o que possuía para os pobres.

Oração a São Cesário de Nazianzo

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de São Cesário de Nazianzo, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Cesário de Nazianzo, rogai por nós.” 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

São Sergio - 24 de Fevereiro -

 São Sergio - 24/02 -


São Sérgio foi um mártir de Cesarea da Capadócia. Ele passaria totalmente desconhecido do cristianismo moderno se não fosse uma redação romana, da época do imperador Diocleciano. Nessa página em Latim foi descrito pouquíssimo sobre sua origem, seu martírio e o local onde os cristãos o sepultaram.

Origens - um Magistrado convertido

Sabe-se que São Sérgio fora um magistrado, ou seja, juiz romano, antes de se converter ao cristianismo. Para conseguir o posto de Magistrado no império romano, era preciso muita influência política e dinheiro. A profissão era bastante lucrativa. Sabe-se também que o Magistrado Sérgio estudou e conheceu o cristianismo em profundidade. Por isso, se converteu, foi batizado e abandonou todo o luxo em que vivia para se dedicar à vida monástica no deserto. Ali, passou grande parte de sua vida na oração, nos sacrifícios e no louvor a Deus.

Perseguição

Segundo o texto e confirmado pela história, em 304 uma violenta perseguição contra os cristãos tinha sido deflagrada pelo imperador Diocleciano. Os governadores romanos, em todas as províncias, eram obrigados a seguir as ordens do imperador, senão perdiam o cargo e os bens. Sapricio, governador da Capadócia e Armênia, atual Turquia, era fiel ao imperador e famoso por ser bajulador. Não perdia oportunidades de agradar o imperador.

O cerco se fecha

E aconteceu que durante uma festa anual dedicada a Júpiter, um famoso senador visitava a província. Para mostrar serviço e lealdade a Roma, Sapricio ordenou que os cristãos fossem levados para a frente do templo de Júpiter e obrigados a prestarem culto ao deus romano, sob pena de serem condenados à prisão e à morte. Forçados por uma legião romana, os cristãos foram chegando ao local.

São Sérgio intervém

Estando no deserto em oração, São Sérgio sentiu em seu coração o impulso para se dirigir a Cesarea da Capadócia. Ele não precisava fazer isso, pois não tinha sido denunciado. Aliás, ninguém mais se lembrava dele nem imaginavam que ele ainda pudesse estar vivo e atuante. Quando chegou, porém, foi logo reconhecido pelos cristãos e pelos romanos, de forma que todas as atenções se voltaram para ele. Os cristãos o viam como uma força espiritual. Tanto que as tochas acesas para os sacrifícios a Júpiter se apagaram espontaneamente. Os romanos, o viram, então, como uma ameaça perigosa. Os sacerdotes de júpiter ficaram furiosos. O senador, curioso e o governador, embaraçado.

A caminho do martírio

São Sérgio colocou-se à frente de todos e fez um ardente discurso mostrando que o único Deus Verdadeiro era justamente quem os romanos perseguiam: Jesus Cristo. São Sérgio esclareceu ainda que os deuses pagãos, que ele mesmo servira antes, não passavam de ilusão e farsa que alimentava os cofres dos sacerdotes e de vários outros aproveitadores.

Martírio

Sapricio, o governador, mandou prenderem São Sérgio imediatamente, pensando que prendendo um “peixe grande” atingiria todos os cristãos e agradaria mais ao senador e ao imperador. O governador ordenou que São Sérgio prestasse culto a Júpiter ali, diante de todos os cristãos, sob pena de ser decapitado. São Sérgio não obedeceu e disse diante de todos que só prestava culto a Jesus Cristo. Por esta razão, foi decapitado diante de todo o povo. São Sérgio entregou sua vida pela fé em Jesus Cristo, Deus Único e Verdadeiro. Era 24 de fevereiro.

Engano do governador

Sapricio, o governador romano da província pensou, erroneamente, que matando um grande líder cristãos, os demais se dispersariam. O senador concordou. Os restos mortais de São Sérgio foram retirados pelos cristãos e sepultados na casa de uma cristã fiel. Porém, ao contrário do que o governador pensou, São Sérgio se tornou uma força de união e testemunho de fé para os cristãos. A partir de então, eles se tornaram mais fortes e mais missionários. São Sérgio entregou sua vida salvando a de muitos cristãos. Seu sangue tornou-se semente de novos cristãos na Capadócia e nos arredores. Mais tarde, os restos mortais de São Sérgio foram levados para a cidade de Ubeba, Espanha.

Oração a São Sérgio

“Ó Deus, que destes s São Sérgio a graça de conhecer-vos tão profundamente que ele não hesitou em dar a vida por ti, dai também a nós a graça de conhecer-vos, para que em vida se realize o vosso plano de amor por nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, amém. São Sérgio, rogai por nós.”


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

São Policarpo de Esmirna - 23 de Fevereiro -

 São Policarpo de Esmirna - 23/02 -



Origens

Policarpo, conhecido também como São Poilicarpo de Esmirna, foi discípulos de São João Evan­gelista. Ainda no tempo dos Apóstolos, foi nomeado bispo da cidade de Esmirna, na atual Turquia. O grande Santo Irineu, bispo de Lyon, foi seu discípulo, continuador e biógrafo. Policarpo nasceu numa família cristã, rica e nobre, no ano 69, em Esmirna. Foi discípulo de São João e teve a graça de conhecer outros apóstolos do grupo dos doze, que conviveram com Jesus. Batizado, tornou-se exemplo íntegro de fé e vida, respeitado até pelos adversários.

Bispo de Esmirna, amigo de santos

Sua dedicação e exemplo de santidade levaram São João Evangelista a sagra-lo bispo de Esmirna. O bispo Policarpo foi amigo pessoal de Santo Inácio Antioquia. Este mártir esteve em sua residência quando caminhava para o martírio em Roma, no ano 107. Inácio escreveu cartas a Policarpo e à Igreja de Esmirna antes de ser entregue às feras no Coliseu Romano. Nessas cartas, ele enaltece as qualidades de Policarpo, zeloso bispo.

Divergências e união

No tempo do Papa Aniceto, São Policarpo visitou a cidade de Roma, como representante das igrejas da Ásia. Sua missão era discutir com os coirmãos a mudança da celebração da Páscoa, que, então, era comemorada em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Apesar de, naquela época, não chegarem a um acordo, despediram-se celebrando a liturgia juntos, numa demonstração de união na fé, que não foi abalada pelas divergências em questões de liturgia.

Pastor

São Policarpo foi um bispo menos interessado na administração eclesiástica. Sua vocação era a de Pastor. Sua alegria era fortalecer a fé das ovelhas de seu rebanho. Neste sentido, ele escreveu inúmeras cartas. Infelizmente, porém, somente uma ficou preservada. Esta foi enviada aos filipenses, em 110. Nela, São Policarpo exalta a fé em Jesus Cristo, fé que precisa ser confirmada no trabalho árduo, diário e no dia a dia dos cristãos. Ela também cita trechos da famosa Carta de São Paulo aos Filipenses e os Santos Evangelhos. Policarpo repetiu ainda nesta carta as muitas e preciosas informações que ele próprio recebera diretamente dos apóstolos, especialmente de São João Evangelista. Por isso, a Igreja concedeu a ele o título de "Padre Apostólico". Assim, aliás, foram chamados os primeiros discípulos dos doze apóstolos.

Mártir

Durante a dura perseguição do imperador Marco Aurélio, São Policarpo, em oração, teve uma visão profética a cerca do martírio que o aguardava. Tal visão aconteceu três dias antes de ele ser preso. Por isso, ele avisou aos irmãos na fé que seria queimado vivo. Assim, estando ele em oração, foi preso pelas forças do imperador romano e levado a julgamento.

Testemunha fiel

São Policarpo foi julgado por um pro cônsul chamado Estácio Quadrado. Este insistia raivosamente para que o santo renegasse a Jesus Cristo. Policarpo, porém, disse em alta voz no tribunal: "Eu tenho servido a Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Por isso, ele foi condenado à morte pelo fogo. Ele próprio fez questão de subir os degraus para a fogueira. De lá, gritou para todo o povo que assistia seu martírio: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".

A profecia não se cumpriu

De certa forma, porém, a profecia de São Policarpo não se cumpriu exatamente como ele previra. Os relatos narram que, mesmo com toda a intensidade da fogueira à sua volta e a seus pés, o fogo não lhe fez mal algum. Impressionados, os carrascos decidiram matá-lo à espada. Somente depois de morto seu corpo foi queimado. Nesse momento ele exalou um forte aroma de pão cozido. Os discípulos de São Policarpo recolheram o que restou de seus ossos e depositaram numa sepultura digna. Seu martírio foi descrito um ano após sua morte, numa carta de 23 de fevereiro de 156. A carta foi enviada pelos cristãos de Esmirna aos irmãos da igreja de Filomélio. Esta carta é, aliás, o registro mais antigo que existe do martirológio cristão.

Oração a São Policarpo de Esmirna

“Ó Deus, que destes a São Policarpo a graça de conhecer-vos tão profundamente a ponto de entregar sua vida pelo testemunho do vosso Santo Nome, dai-nos, por sua intercessão, o amor e a coragem para testemunharmos a fé onde quer que seja preciso, para a glória do vosso Nome, amém. São Policarpo, rogai por nós.”

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Santa Margarida de Cortona - 22 de Fevereitro-

Santa Margarida de Cortona - 22/02 -




Origens

Margarida perdeu a mãe ainda muito criança. Isso foi determinante em sua vida. Seu pai casou-se novamente. Com isso, Margarida iniciou uma vida de grandes sofrimentos nas mãos de sua madrasta. Abandonada dentro da família, ela cresceu sem limites e desenvolveu várias desordens emocionais e uma abertura perigosa aos luxos e prazeres desregrados.

Amante

Ainda adolescente, Margarida tornou-se amante de um homem nobre e muito rico. Daí em diante, passou a usufruir da fortuna do amante e entregou-se às diversões mundanas. Levava uma vida frívola, vazia e preocupada apenas com prazer e diversão.

Um choque muda sua vida

Um dia, porém, seu amante foi fazer vistorias em alguns terrenos seus e foi assassinado. Margarida só encontrou o corpo dias depois, porque, estranhando a demora do homem,  decidiu seguir a cachorrinha de estimação que o tinha acompanhado na viagem. Quando ela viu o corpo do homem já em putrefação, teve a iluminação do arrependimento. Percebeu, ali, a futilidade da vida que vivia e voltou para a casa de seu pai. Seu objetivo era passar o resto de sua vida em penitência.

Penitência pública e perseguição da madrasta

Com o intuito de mostrar publicamente sua conversão, Margarida foi à missa tendo uma corda amarrada no pescoço. Pediu perdão a todos pelo desrespeito de sua vida passada. Essa atitude, porém, despertou a inveja de sua madrasta. Esta tramou e agiu até conseguir que Margarida fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu bastante por causa disso. Chegou a pensar em voltar à sua vida de riqueza e luxuria. Porém, venceu a tentação e, com firmeza, manteve-se na decisão que tinha tomado.

Franciscana terceira

Margarida procurou os franciscanos de Cortona e conseguiu ser aceita na Ordem Terceira. Porém, para ser aceita definitivamente, teria que enfrentar três anos de provações. Nessa época, ela infligiu a si mesma as penitências mais severas, com o intuito de vencer as tentações. Os superiores franciscanos passaram, então, a orientá-la. Isso a impediu de voltar a cometer excessos em suas penitências.

Mística

Com apenas vinte e três anos Santa Margarida de Cortona, foi agraciada com várias experiências religiosas e místicas, presenciadas e confirmadas por seus diretores espirituais franciscanos. Entre essas experiências, há relatos de visões, revelações, visitas do anjo da guarda e até mesmo aparições de Jesus Cristo. Aliás, com Jesus ela conversava frequentemente nos momentos de orações contemplativas.

Morte

Santa Margarida de Cortona percebeu a aproximação de sua morte e partiu para o Pai serenamente. Era o dia 22 de fevereiro de 1297. A canonização de Santa Margarida de Cortona foi celebrada pelo Papa Bento XIII no ano 1728. Sua veneração litúrgica ficou instituída para o dia de sua morte.

Oração a Santa Margarida de Cortona

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Margarida de Cortona, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

SÃO PEDRO DAMIÃO

SÃO PEDRO DAMIÃO 21 de Fevereiro



São Pedro Damião nasceu em Ravena. Ao ficar órfão dos pais, viveu uma infância de dificuldades e sofrimentos.
Mas foi acolhido pelo irmão mais velho, chamado Damião, que o ajudou em sua iniciação aos estudos. Em sinal de gratidão, Pedro juntou seu nome ao dele, passando assim a ser conhecido como Pedro Damião. Aos 28 anos ingressou na Ordem Camaldulense e também fundou um grupo de mosteiros na Úmbria, tornando-se o centro das atividades reformadoras. Trabalhou firmemente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na solidão e penitência. Por tantos feitos, São Pedro Damião também é conhecido como o Doutor da Igreja

História
O santo nasceu em 1007, em Ravena (Itália). Perdeu seus pais quando era criança e ficou sob os cuidados de um irmão que o tratou como escravo. Outro irmão, arcipreste de Ravena, se compadeceu e se encarregou de sua educação. Sentindo-se como um filho, Pedro adotou de seu irmão o nome Damião.
Desde jovem, São Pedro se acostumou à oração, vigília, jejum, convidava os pobres à sua mesa e lhes servia pessoalmente. Ingressou na vida monástica com os beneditinos da reforma de São Romualdo.
São Pedro Damião discerniu sua vocação à vida religiosa e entrou para a Ordem dos Camaldulenses, no mosteiro de Fonte Avellana, na Úmbria, onde religiosos austeros levavam vida de eremitas.
Diante das regras e do que ele via e percebia, era preciso uma renovação a começar por ele. Ao se abrir a ação do Espírito Santo, ao ser obediente às regras, outros também foram se ajuntando a Pedro Damião, fundaram outros mosteiros e deram essa contribuição.
A renovação de qualquer instituição passa pela renovação pessoal, e também é válido para os tempos de hoje. As reclamações, as acusações, as rebeliões nada renovam, mas a decisão pessoal, a abertura a Deus, isso sim, pode provocar, como provocou na vida e na história de São Pedro Damião, uma renovação.
Deus pediu mais, e ele foi servir de maneira mais próxima a hierarquia da Igreja, sendo conselheiro de um Papa. Foi Bispo de Óstia, lugar perto de Roma, e também foi escolhido como Cardeal.
Para dominar suas paixões, colocava cintos com espinhos (cilício) debaixo de sua camisa, açoitava-se e jejuava com pão e água. Mas, seu corpo, por não estar acostumado, ficou debilitado e começou a sofrer de insônia.
Foi assim que compreendeu que esses castigos não deviam ser tão severos e que a melhor penitência é a paciência com as penas que Deus permite que nos cheguem. Esta experiência lhe serviu, mais tarde, para acompanhar espiritualmente os outros.
Quando morreu o Abade, Pedro assumiu, por obediência, a direção da comunidade. Fundou outras cinco comunidades de eremitas e, em todos os monges, buscava que fomentassem o espírito de retiro, caridade e humildade. Dentre eles, surgiram São Domingos Loricato e São João de Lodi.
Vários Papas recorreram a São Pedro por seus conselhos. Em 1057, foi criado Cardeal e Bispo de Ostia, embora o santo sempre tenha preferido sua vida de eremita. Posteriormente, lhe seria concedido o desejo de voltar para o convento como simples monge, mas com a condição de que poderia ser empregado no serviço da Igreja.
Dedicou-se a enviar cartas a muitos Pontífices e pessoas de alto escalão para que se erradicasse a simonia, que era a compra ou venda do que é espiritual por bens materiais, incluindo cargos eclesiásticos, sacramentos, sacramentais, relíquias e promessas de oração.
Escreveu o “Livro Gomorriano” (fazendo alusão à cidade de Gomorra, do Antigo Testamento) e falou contra os costumes impuros daquele tempo. Do mesmo modo, escrevia sobre os deveres dos clérigos, monges e recomendava a disciplina mais do que o jejum.
Costumava dizer: “É impossível restaurar a disciplina uma vez que esta decai; se nós, por negligência, deixamos cair em desuso as regras, as gerações futuras não poderão voltar à observância primitiva. Guardemo-nos de incorrer em semelhante culpa e transmitamos fielmente a nossos sucessores o legado de nossos predecessores”.
Era uma pessoa severa, mas sabia tratar os pecadores com indulgência e bondade quando a prudência e a caridade o requeriam. Em seu tempo livre, costumava fazer colheres de madeira e outros utensílios para não permanecer ocioso.
O Papa Alexandre II enviou São Pedro Damião para resolver um problema com o Arcebispo de Ravena, que estava excomungado por certas atrocidades cometidas. Lamentavelmente, o santo chegou quando o Prelado tinha falecido, mas converteu os cúmplices, aos quais impôs uma penitência justa.
De volta a Roma, ficou doente com uma febre aguda, em um mosteiro fora de Faenza. Partiu para a Casa do Pai em 22 de fevereiro de 1072. Dante Alighieri, no canto XXI do Paraíso, coloca São Pedro Damião no céu de Saturno, destinado aos espíritos contemplativos. Foi declarado Doutor da Igreja em 1828.

Oração a São Pedro Damião
Ó Deus, nós Te suplicamos,
 Que todos os homens possam encontrar-Te
 Pessoalmente e responder-Te com a mesma fé de Abraão,
 Dos apóstolos e dos santos.
 São Pedro Damião, rogai por nós.
Amém.  

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

São Francisco e Santa Jacinta - 20 de Fevereiro -

 São Francisco e Santa Jacinta - 20/02 -



No ano de 1908, nasceu Francisco Marto. Em 1910, Jacinta Marto. Filhos de Olímpia de Jesus e Manuel Marto. Eles pertenciam a uma grande família, e eram os mais novos de nove irmãos. A partir da primavera de 1916, a vida dos jovens santos portugueses sofreria uma grande transformação: as diversas aparições do Anjo de Portugal (o Anjo da Paz) na “Loca do Cabeço” e, depois, na “Cova da Iria”. A partir de 13 de maio de 1917, Nossa Senhora apareceria por seis vezes a eles.

O mistério da Santíssima Trindade, a Adoração ao Santíssimo Sacramento, a intercessão, o coração de Jesus e de Maria, a conversão, a penitência; tudo isso e muito mais foi revelado a eles pelo Anjo e também por Nossa Senhora, a Virgem do Rosário. Na segunda aparição, no mês de junho, Lúcia (prima de Jacinta e Francisco) fez um pedido a Virgem do Rosário: que ela levasse os três para o Céu. Nossa Senhora respondeu-lhe: “Sim, mas Jacinta e Francisco levarei em breve”. Os bem-aventurados vivenciaram e comunicaram a mensagem de Fátima. Esse fato não demorou muito. Em 4 de abril de 1919, Francisco, atingido pela grave gripe espanhola, foi uma das primeiras vítimas em Aljustrel. Suas últimas palavras foram: “Sofro para consolar Nosso Senhor. Daqui, vou para o céu”.

Jacinta Marto, modelo de amor que acolhe, acolheu a dor na grave enfermidade, tendo até mesmo que fazer uma cirurgia sem anestesia. Tudo aceitou e ofereceu, como Nossa Senhora havia lhe ensinado, por amor a Jesus, pela conversão dos pecadores e em reparação aos ultrajes cometidos contra o coração imaculado da Virgem Maria. Por conta da mesma enfermidade que atingira Francisco, em 20 de fevereiro de 1920, ela partiu para a Glória. No dia 13 de maio do ano 2000, o Papa João Paulo II esteve em Fátima, e do ‘Altar do Mundo’ beatificou Francisco e Jacinta, os mais jovens beatos cristãos não-mártires.

Papa Francisco canonizou os dois pastorinhos no dia 13 de maio durante a sua visita a Portugal por ocasião das comemorações do Jubileu de 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima.

Oração de São Francisco e Santa Jacinta Marto
Deus de bondade e fonte de santidade,que fizestes dos Santos Francisco e Jacinta Marto
duas candeias para iluminar a humanidade, exaltai os humildes que na Vossa luz veem a luz,
a fim de que a todos seja dado contemplar os caminhos que conduzem ao Vosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Amem.
Santo Francisco e Santa Jacinta, rogai por nós!


*A vida de São Francisco Marto  e  Santa Jacinta Marto

domingo, 19 de fevereiro de 2017

São Gabino - 19 de Fevereiro -


 Origens

Gabino nasceu por volta do ano 250 na região conhecida como Dalmácia, atual Bósnia. Pertencia a uma família nobre, romana e cristã, fixada naquela região. Quando adulto, foi viver em Roma. Seu objetivo era aproximar-se da Igreja, mesmo sabendo dos perigos que correria. A vida em Roma, porém, reservava-lhe grandes surpresas.

Senador e casado

Em Roma, Gabino tornou-se senador, talvez por causa de sua origem nobre. Depois, veio a se casar e teve uma filha chamada Susana. Mas sua esposa faleceu jovem e Gabino decidiu se tornar padre. Fez com que sua casa se transformasse numa igreja. Consagrou Suzana a Jesus Cristo e educou-a ajudado por seu irmão Caio, que já era padre. Juntos, os dois exerciam um apostolado fecundo. Pregavam o Evangelho, convertiam pagãos, ministravam a comunhão e fortaleciam a Igreja num período de pausa nas perseguições.

Parente do imperador

Segundo alguns registros da época, Gabino era parente do imperador Diocleciano. Por isso, em certa ocasião, Diocleciano quis que a filha de Gabino se tornasse sua nora. Gabino, porém,  não permitiu. A filha também, por sua vez, não queria de maneira alguma, desfazer os votos feitos a Jesus. O pai e o tio a apoiavam. O tio Caio, aliás, tinha sido eleito Papa em 283.  Diocleciano, como era de se esperar, ficou muito irritado. E, juntando isso à decadência do império, decretou a mais severa perseguição registrada contra o Cristianismo, que passou a ser acusado de causador de todos os males do império. Assim, ser parente do imperador de nada serviu.

Perseguição oficial

Relatos encontrados atestam que o padre Gabino esforçou-se ao estremo para consolar e fortalecer os cristãos escondidos. Enfrentou o perigo serenamente. Caminhava quilômetros a pé, ia de casa em casa, de igreja em igreja, fortalecendo a fé e preparando os cristãos para o terrível sacrifício que os esperava. São Gabino celebrou inúmeras missas em catacumbas e cavernas. Nesses lugares, ministrava a comunhão aos que possivelmente seriam mortos por causa da fé em Jesus Cristo.

Martírio

Finalmente São Gabino foi preso. Junto com ele sua filha, que foi sacrificada antes. São Gabino foi julgado e não renegou a fé. Por isso, foi torturado cruelmente e condenado à morte por decapitação. Antes da morte, passou seis meses numa cela sem luz. Ali, passou fome, sede e frio. Depois foi decapitado no dia 19 de fevereiro do ano 296, em Roma. São Gabino foi um  símbolo da fé. Um símbolo do cristianismo para várias gerações. No século V, sua antiga casa, que tinha sido uma igreja às escondidas, foi transformada numa grande basílica. Em 738 as relíquias de São Gabino foram trasladadas para a cripta do altar mor desta basílica. Ali elas repousam junto das relíquias de sua filha. No século XV a basílica foi restaurada pelo famoso arquiteto Bernini. Hoje ela é considerada uma das mais belas do Vaticano.

Oração a São Gabino

“Ó Deus, que destes a São Gabino a graça da perseverança na fé até ao extremo de entregar sua própria vida por causa da fé em Jesus Cristo, dai também a nós a graça de perseverar na fé mesmo diante das dificuldades, para que o vosso nome seja sempre mais glorificado. Amém. São Gabino, rogai por nós.”

sábado, 18 de fevereiro de 2017

São João de Fiesole - 18 de Fevereiro -

São  João de Fiesole  (FRA ANGÉLICO) - 18/02 -



Seu nome de batismo era Guido, ou Guidolino. Nasceu na Toscana no final do século XIV e, desde sua juventude praticou a arte da pintura em Florença. Sentindo a vocação, ele e seu irmão Bento se apresentaram no convento dominicano de Fiesole. Após alguns anos de preparação, foi ordenado sacerdote assumindo o nome de Frei João de Fiesole – após sua morte se popularizou o costume de chama-lo de “Fra Angélico”.

Giovanni de Fiesole, no civil Guido de Pietro, conhecido como Beato Angélico, dizia sempre: “Quem faz as coisas de Cristo, está sempre com Ele”. Sua convicção era de que “todas as ações deviam ser orientadas para Deus”. A pintura - da qual era um excelente artista - era vista como “expressão da experiência contemplativa, instrumento de louvor e de elevação da mente às realidades celestes”.

Angélico nasceu em Vicchio del Mugello, na Toscana, em fins do século XIV; desde criança, demonstrou uma grande predisposição pelo desenho e as miniaturas. A aspiração pelo “belo” tornou-se, cada vez mais, obstinada na alma do jovem artista. Em um primeiro momento, esta aspiração reforçou seu talento natural pela arte; mais tarde, tornou-se uma clara e inconfundível chamada à vocação religiosa, por parte de Deus, que é Beleza por excelência.

Oração ao Beato Angélico 

Bendito sejais Deus, que concedestes ao beato Angélico,a graça da santidade. 

Dai também a nós, o espírito de tranquilidade e amor por vós. 

Concedei-nos hoje e sempre a firmeza da fé e a fortaleza nas adversidades. 

Por Cristo Nosso Senhor.

 Amém. 


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

SETE FUNDADORES DOS SERVITAS

SETE FUNDADORES DOS  SERVITAS- 17 de Fevereiro


Por um tempo houve uma quebra dos valores cristãos na Europa. Foi então que os amigos Alexandre Falconieri, Monaldi, Manetto, Bonaiuto, Amidei, Ugocioni e Sosteni, durante suas orações para Virgem Maria, viram a imagem se mexer e mais tarde, quando voltavam para casa, Nossa Senhora apareceu vestida de luto e chorando. Após este acontecimento, os jovens abandonaram suas famílias, distribuíram seus bens e foram seguir uma vida eremita. Logo, foram conhecidos pelos serviços de caridade e orações. Com isto, muitos quiseram participar e o grupo inicial foi aumentando. Assim surgindo a Ordem dos Servos de Maria, cujos membros são chamados de Servitas.
História
Durante os séculos XII e XIII aconteceu na Europa uma enorme perda dos valores cristãos entre a sociedade civil e entre os religiosos. Em reação contrária surgiram um grande número de confrarias voltadas para a penitência. Através delas os leigos buscavam viver o evangelho, opondo-se à ganância, ao luxo, aos prazeres passageiros e à busca pelo poder. Algumas dessas ordens se tornaram bem conhecidas. Uma delas, porém, espalhou-se por muitos países: a "Ordem dos Servos de Maria", ou Servitas.
O chamado
Sete jovens faziam parte desse grande grupo inconformado com o mundo de então. Seus nomes: Aleixo Falconieri, Bonfiglio Monardi, Amadio de Amadei, Bonaiuto Manetti, Ugoccio de Ugoccioni, Maneto d'Antela e Sostenio de Sosteni. No dia 15 de agosto do ano 1233 eles estavam reunidos em oração. Costumavam cantar cânticos dedicados à Virgem Maria. Foi então, que, de repente, viram que a imagem de Nossa Senhora se mexeu. Todos ficaram intrigados. Depois disso, eles atravessavam uma ponte voltando para casa, quando a própria Virgem Maria lhes apareceu vestida toda de luto e chorava. Em seguida, contou-lhes a razão de suas lágrimas: a guerra civil que não cessava em Florença, já fazia dezoito anos.
O começo
Depois desse encontro com Maria, os setes jovens abandonaram tudo o que tinham, bem como suas famílias. Passaram a se dedicar totalmente à vida de oração e à caridade para com os pobres. O grande objetivo deles era viver a pobreza, a humildade e a caridade. Logo aquele grupo de jovens e nobres ficou famoso pela fraternidade que havia entre eles, pelo espírito de oração e pela caridade eficiente que praticavam. Logo nasceu no coração deles o sonho de formarem uma comunidade religiosa.
Apoio do bispo
O bispo de Florença vinha da vida monástica. Ele via o grupo dos sete jovens com enorme estima. Quando ele ouviu dizer sobre o projeto dos jovens de fundar uma comunidade religiosa, resolveu ajuda-los doando um terreno em monte Senário, que ficava a dezoito quilômetros da cidade.
Embrião da Ordem dos Servos de Maria
No monte Senário os sete jovens fundaram a comunidade. No começo, ela se chamava “Companhia de Nossa Senhora das Dores”. Eles passaram a se vestir com um hábito preto, em homenagem a Nossa Senhora de luto que viram na ponte. Passaram a viver reclusos em orações e penitências. Uma vez por semana saíam da reclusão e iam rezar numa pequena capela dedicada a Nossa Senhora, que ficava na estrada de Cafagio, perto da cidade.
Nasce a Ordem dos Servos de Maria
O grupo dos sete era visto muitas vezes mendigando pelas ruas da cidade e estradas. Eles pediam ajuda para os pobres, doentes e necessitados. Certo dia, quando distribuíam mantimentos e alimentos aos pobres de uma região, um menino passou e lhes fez uma pergunta: "Vocês são os servos de Maria?". Os sete perceberam naquele momento que este era mais um sinal da Virgem Maria. Então, fundaram a ordem dos Servos de Maria, seguindo as Regras de Santo Agostinho.
Crescimento
A Ordem passou a receber apoio das autoridades religiosas e também das civis. Tempos depois, a capelinha usada pelos sete jovens foi transformada num grandioso santuário. Ele foi dedicado a Nossa Senhora das Dores e se tornou um dos santuários marianos mais visitados do mundo. Seis dos fundadores foram ordenados sacerdotes. Somente Santo Aleixo não o foi, por não se achar digno.
A Ordem dos Servos de Maria se espalha pelo mundo
A Ordem dos Servitas cresceu e se espalhou por vários países, inclusive o Brasil, onde eles fundaram casas em São Paulo, Santa Catarina e Acre. Ainda hoje existe uma missão servita em Rio Branco, Acre. Os "Sete Fundadores", como passaram a ser conhecidos, foram canonizados em 1888, através do papa Leão XIII. Eles passaram a ser celebrados no mesmo dia, em 17 de fevereiro. Este é o dia do falecimento do último dos fundadores: Santo Aleixo Falconieri, aquele que se recusara a receber a ordenação sacerdotal, por não se considerar digno desta honra.

Oração aos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria

 Ó Deus, que despertastes no coração desses sete homens
 As virtudes da humildade,
 Da caridade, da oração,
 Do serviço e do amor à Virgem Maria, 
 Dai também a nós, 
 Por intercessão dos sete fundadores,
 A graça de crescermos nas virtudes cristãs 
 Para que a tua glória brilhe no mundo. 
 Por Nosso senhor Jesus Cristo, vosso filho, 
 Na unidade do Espírito Santo, 
 Amém

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Santos: Elias,Jeremias,Isaias,Samuel e Daniel - 16 de Fevereiro -

 Santos Elias, Jeremias, Isaias, Samuel e Daniel - 16/02 -




Eram todos de nacionalidade egípcia. Convertendo-se ao cristianismo, assumiram nomes de grandes figuras bíblicas do Antigo Testamento. Sabendo da presença de cristãos que estavam sendo perseguidos no sul da Turquia, para lá rumaram a fim de levar consolação e conforto para os neófitos, isto é, aqueles que haviam sido recém batizados e que haviam sido condenados ad metalla: a condenação no império romano aos trabalhos forçados nas minas. Era, portanto, tempo das grandes e terríveis perseguições contra os cristãos que os imperadores Diocleciano e Galério estavam promovendo. Ao retornarem de sua visita, Elias e seus companheiros foram presos pelos guardas imperiais, nas proximidades de Cesareia. Os cinco foram levados diante do governador para ser terrivelmente torturados. Ao serem perguntados de onde vinham, qual era sua cidade de origem, Elias, corajosamente disse que sua pátria era Jerusalém, isto é, a Jerusalém celeste. Após várias torturas foram sumariamente decapitados. Eusébio de Cesareia, o grande historiador eclesiástico, no mesmo dia em que os cinco mártires egípcios foram torturados e mortos, vários outros cristãos sofreram o mesmo fim. 

Em Cesareia da Palestina, os santos mártires Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel, cristãos egípcios, que, por terem espontaneamente ajudado os confessores da fé condenados às minas na Cilícia, foram presos pelo prefeito Firmiliano, no tempo do imperador Galério Maximiliano, e, depois de crudelíssimas torturas, pereceram ao fio da espada. Depois deles receberam também a coroa do martírio Pânfilo, presbítero, Valente, diácono de Jerusalém, e Paulo, oriundo da cidade de Jâmnia, que tinham passado dois anos no cárcere; e ainda Porfírio, servo de Pânfilo, Seleuco da Capadócia, graduado no exército, Teódulo, ancião da família do prefeito Firmiliano, e finalmente Julião da Capadócia, que, chegando ali naquele momento, beijou os corpos dos mártires e, assim denunciado como cristão, foi mandado queimar a fogo lento pelo prefeito. Morreram em 309. 

Oração aos santos Mártires 

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo: olhai para o sacrifício e para o sangue que vossos Bem-Aventurados Mártires São Jeremias, São Elias, São Daniel, São Sanuel, e são Isaias, testemunhando seu amor, fé e fidelidade a Vós e à Vossa Santa Igreja fortalecei a nossa fé. 

“Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas” 

Amém!