Blog da Cidha Cunha

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Holocausto...Uma memória triste

 O Holocausto



A palavra Holocausto é utilizada desde a década de 1980 para designar o extermínio em massa de cerca de seis milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. O termo tem sua origem na palavra greco-latina holocaustum e significa "totalmente queimado" ou "vítima de um incêndio"

 Campos de Concentração

Os campos de concentração foram usados pelo regime nazista para aprisionar milhares de pessoas nas décadas de 30 e 40.

Ao menos 20 mil campos foram utilizados entre 1933 e 1945, na Alemanha e em outros 12 países que foram ocupados pelos nazistas antes e durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Origem dos Campos

Os campos de concentração, inicialmente, eram empregados para receber presos políticos, como socialistas e comunistas.

O primeiro a ser construído foi Dachau, em 1933, perto da cidade de Munique. Ao longo da guerra, contudo, o número de campos de concentração foi ampliado e cada um tinha uma função específica.

Os campos foram construídos na Áustria, Bielorrússia, Croácia, Estônia, França, Itália, Noruega, Países Baixos, Polônia, República Tcheca e Ucrânia.

Tipos de Campos de Concentração

Havia três tipos de campos: trânsito, trabalho forçado e extermínio.

Trânsito: serviam para concentrar um número grande de prisioneiros - normalmente judeus - que seriam transportados para os campos de extermínio. Existiram em maior número nos países ocupados pelos nazistas. Exemplos: Drancy, na França e Theresienstadt, na República Tcheca.

Trabalho forçado: os prisioneiros eram obrigados a trabalhar sem descanso e recebendo o mínimo para sobreviver. Exemplos: Bor, na Sérvia, e Plazów, na Polônia.

Extermínio: onde os prisioneiros eram diretamente encaminhados para a morte, em câmaras de gás. Apenas umas poucas pessoas sobreviviam e trabalhavam. Exemplos: Sobibor e Treblinka, na Polônia.

Isto não significava que um campo de trabalho forçado não poderia ser de extermínio e vice-versa. Em todos os campos, inclusive nos de trânsito, a mortalidade era alta por conta das péssimas infraestruturas.

Campos de Extermínio

Os campos de extermínio foram pensados para eliminar fisicamente os judeus. Esta decisão era chamada pelos nazistas de solução final e foi tomada na Conferência de Wannsee, em 20 de janeiro de 1942.

Isso não quer dizer que os judeus não estavam sendo extinguidos antes, mas a partir desta data, o extermínio foi oficializado dentro do Terceiro Reich e elevado à escala industrial.

Após Dachau, que funcionou durante 12 anos, foram abertos seis campos com a finalidade de extermínio em massa: Chelmno, Auschwitz-Bikernau, Belzec, Majdanek, Sobibor e Treblinka. Todos esses estavam localizados na Polônia.

A construção do primeiro projeto específico para o assassinato em massa foi Chelmno, em 1941. No ano seguinte, os restantes já estavam funcionando.

As mortes ocorriam também pelos trabalhos forçados a que eram submetidos os prisioneiros, bem como doenças, torturas, fome e frio. A estimativa é de que 11 milhões de pessoas tenham morrido nos campos de concentração nazistas.

Seleção de Prisioneiros

Chegada de um grupo de prisioneiros judeus  num campo de concentração



Mulheres e crianças judias chegam a Auschwitz
e são separadas dos homens


Os prisioneiros dos campos de concentração eram pessoas deportadas dos territórios europeus ocupados pelos nazistas, especialmente os judeus.

Havia, contudo, homossexuais, comunistas, ciganos e Testemunhas de Jeová, prisioneiros soviéticos, padres católicos, pastores protestantes, etc.

Independente da origem, os prisioneiros que chegavam aos campos de concentração eram cuidadosamente selecionados assim que desembarcavam dos trens de carga.

Deixavam todos os pertences na plataforma ferroviária e os que aparentavam estavam mais fortes e com saúde eram poupados e embarcados num caminhão. Este os levaria para os barracões, onde teriam que realizar trabalhos forçados em fábricas.

Idosos, mulheres, doentes e crianças, eram embarcados em outros caminhões e conduzidos diretamente às câmaras de gás. Ali eram colocados num vestíbulo, onde eram despojados de suas roupas e imediatamente inseridos nas câmaras de gás nas quais eram mortos por asfixia.

O trabalho de seleção, de recolha de pertences e da condução às câmaras de gás era feito pelos próprios prisioneiros que formaram o destacamento Sonderkommando (comando especial).

Responsáveis pelos Prisioneiros: Conheça o Sonderkommando



O Sonderkommando foi utilizado nos campos de extermínio de Auschwitz, Treblinka, Birkenau, Belzec, Chelmno e Sobibor. Também foram responsáveis por fazer a guarda nos guetos judeus.

Eram grupos de judeus com boa saúde e a quem cabia o trato com os prisioneiros, desde a chegada ao campo até a condução às câmaras de gás. Após o assassinato, deviam retirar os dentes de ouro dos cadáveres, cortar-lhes os cabelos e conduzi-los aos fornos crematórios.

O trabalho ocorria sob a supervisão dos nazistas e, à chegada dos prisioneiros, os integrantes do sonderkommando eram obrigados a mentir sobre seu destino. Quem não obedecia às ordens também era eliminado.

Os destacamentos tinham alguns privilégios como uma alimentação melhor e podiam entrar em contato com suas famílias. Porém, muitos realizavam essas tarefas sob efeito de drogas.

Igualmente, eram trocados periodicamente e seu destino era o mesmo de suas vítimas.

Exemplos de Campos de Extermínio

Vários campos de extermínio foram construídos e se tornaram sinônimo de horror e vergonha. Podemos citar Sobibor, na Polônia e Buchenwald, na Alemanha, entre muitos outros.

No entanto, dois campos ficaram particularmente gravados na memória coletiva por conta das atrocidades ali cometidas: Dachau e Auschwitz.

Campo de Dachau




Fornos crematórios de Dachau





O primeiro dos campos de concentração foi estabelecido em Dachau, na Alemanha, em 22 de março de 1933.

 O segundo dirigente de Dachau, o comandante da SS Theodor Eicke (1899-1945), elevou o local a modelo de tratamento de prisioneiros. Coube à ele administrar o complexo sistema de campos de concentração nazistas durante toda a Segunda Guerra Mundial.

O local ficou conhecido não somente por ser o destino de milhares de vítimas da guerra, mas por conta dos experimentos médicos realizados com seres humanos.

Experimentos com Seres Humanos

As experiências médicas estão entre as principais marcas da crueldade dos campos de concentração nazistas. Entre outras justificativas para sua realização estava a melhoria das taxas de sobrevivência dos soldados alemães e o aperfeiçoamento do conhecimento de tratamentos e procedimentos clínicos.

Muitos eram dolorosos, desnecessários e cruéis, não raro levavam os prisioneiros à morte. No campo de concentração de Dachau, os prisioneiros foram submetidos às câmaras de pressão, congelamentos para análise da hipotermia ou obrigados a beber água salgada para estudar a potabilidade da água.

 Ali também foram conduzidas pesquisas usando os detentos para o desenvolvimento de vacinas contra a malária e a tuberculose.

 

Campo de Auschwitz

Entrada do Campo de Concentração

Entrada de Auschwitz com a inscrição 'O trabalho liberta' no portão de entrada

O maior e mais conhecido dos campos de concentração nazistas foi Auschwitz, onde 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas. Incluía três grandes campos como o de Birkenau, destinado às mulheres e 45 sub-campos.

Em polonês o nome da cidade é Oświęcim, mas desde 1939, quando a Alemanha havia invadido a Polônia, o lugar foi rebatizado de Auschwitz. Foi construído logo após a invasão alemã e, inicialmente, estava destinado aos prisioneiros que se opunham ao regime nazista em terras polonesas.

Há três quilômetros dali, os nazistas levantaram outro campo destinado a receber os prisioneiros soviéticos. Cerca de 15 mil estiveram no local e nenhum sobreviveu. Posteriormente, Auschwitz seria o destino final de milhares de judeus vindos de todas as partes da Europa.

Uma característica interessante é que somente em Auschwitz os prisioneiros tinham um número de série tatuado em seus braços.

Apesar de ter sido o campo onde mais se assassinou, também foi o lugar onde houve mais sobreviventes. Felizmente, eles puderam contar o que viveram e dar testemunho deste horror.

Por : Juliana Bezera


 

 Homenagem ás vítimas do Holocausto 





 

 

 

 

 


domingo, 17 de janeiro de 2016

Projeto Tarsila na Educação infantil - 1º ano -

 PROJETO TARSILA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ÁREA DO CONHECIMENTO : Artes

TURMA : 1º  Ano/ Ensino Fundamental

DURAÇÃO :  2 aulas semanais




JUSTIFICATIVA

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais,  a “ Arte tem uma função tão importante quanto a dos outros conhecimentos no processo de aprendizagem. A área da Arte está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades (...) A educação voltada às manifestações artísticas e culturais, caracteriza um modo próprio de dar sentido à experiência humana – o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto no ato de expressar-se quanto na ação de apreciar, reconhecer e valorizar as formas produzidas por ele e pelos colegas, por diferentes culturas e pela própria natureza”.

OBJETIVOS

Ampliação do universo cultural; apreciação e contato com obras da pintora Tarsila do Amaral; valorização da cultura brasileira; realização de atividades de alfabetização, leitura e interpretação de textos e imagens relacionados à obra da artista;

HABILIDADES

 1. Expressão oral

 * Conhecer a biografia da artista plástica.

 * Interpretar obras de arte, compreendendo sua função comunicativa.

 * Estabelecer relações entre obras de arte e os conteúdos propostos em sala.

 2. Expressão escrita / manual:

 * Representar por meio de desenho o que lhe foi proposto.

 * Expressar suas habilidades artísticas e manuais (conforme sua maturação e capacidade) através da criatividade no de correr das atividades.

3. Leitura e interpretação de diferentes linguagens

 * Compreender que a leitura e interpretação de diferentes linguagens e propiciar um tipo de comunicação nas quais inúmeras formas de significados se condensam entre as disciplinas do currículo da 1ª série.

 CONTEÚDOS CONCEITUAIS

  Nós no Mundo de Tarsila

 A artista plástica paulista é a pintora mais representativa da primeira fase do movimento modernista brasileiro. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o Movimento Antropofágico nas artes plásticas.

 Cronologia

 • 1886 - Nascimento, em Capivari SP, filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral

 • 1906 - Casamento com André Teixeira Pinto

 • 1926 - Exposição em Paris

 • 1928, 11 de janeiro - Pinta o Abaporu (palavra indígena que significa "homem que come") para dar de presente de aniversário a Oswald de Andrade

 • 1933 - Pintura do quadro Operários. Dá início à pintura social no Brasil.

 • 1934 - Participação no 1º Salão Paulista de Belas Artes

 • 1951 - Participação da I Bienal de São Paulo

 • 1973, 17 de janeiro - Falecimento em São Paulo, SP

 

ATIVIDADES

1ª - AULA

* Conhecendo  a artista



Esta aula de hipótese será por meio de uma conversa informal. O professor (a) irá desafiar os alunos abordando algumas perguntas para investigar o conhecimento dos mesmos sobre o que já sabem sobre o assunto proposto e o que gostariam de saber.

 - Quem conhece a Tarsila?

 - O que ela fez?

 O QUE SABEMOS

 - É uma mulher

 - É uma pintora -

 O QUE QUEREMOS SABER

 - O que ela pintou?

 - Ela é viva?

 - Ela é uma pessoa jovem  ou idosa?

 - Onde viveu?

 - Que música ela ouvia?

 - Ela pintava pessoas?

 - Ela pintava plantas?

 - Ela gostava de pintar flores?

 - Ela é bonita?

 ATIVIDADE   1 - Auto- retrato-

 Contar a biografia de Tarsila do Amaral de uma forma bem simples apresentando a tela Auto-retrato. Em seguida cada criança em seu caderno de desenho irá fazer o seu auto-retrato, utilizando giz de cera, lápis de cor e lápis grafite.

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– Você é o artista!

 Material - Uma folha para desenho e um lápis colorido ou caneta hidrocor para cada aluno.

 Desenvolvimento

 1- Distribuídos os materiais da dinâmica, explica o exercício: Cada qual terá que responder, através de desenhos, à seguinte pergunta:

 - Quem sou eu? (Dispõem de 15 minutos para preparar a resposta)

 2- Os alunos desenham sua resposta

 3- Forme um circulo e promova a apresentação dos desenhos (respostas). O grupo de alunos procura interpretar as resposta. Feita essa interpretação, os interessados, por sua vez, comentam a própria resposta

ATIVIDADE 2 - A Feira -



• Colocar em exposição em sala à tela A Feira , as crianças irão observar a tela e fazer um breve comentário, é de grande importância fazer o registro das respostas.

• Identificar as frutas regionais que aparecem na tela.

• Observar no quadro e relatar a partir de seu conhecimento, as frutas que não são produzidas na nossa região.

• Reproduzir no caderno de desenho a tela da artista plástica, utilizando giz de cera, papéis coloridos, entre outros materiais, observando: as formas, tamanho, as cores de cada objeto que compõe a tela.

• Compararmos o feirante de hoje com o feirante da época da artista plástica.

Dica: Seria proveitoso , levar frutas desconhecidas para apresentar ás crianças;frutas de outras regiões.


ATIVIDADE 3 - O Mamoeiro -


• Promover uma conversação sobre a tela. O que será que a artista plástica queria dizer ao pintar essa tela? As resposta poderá ser registradas no quadro/ lousa.

•  Observar as formas geométricas, encontradas na tela. Explorar as formas geométricas (nome,forma, cor, onde mais podemos encontrar tal forma, enfim, deixe as crianças falarem livremente sobre o contexto em estudo).

• Explorar as cores, objetos, pessoas e moradias do quadro.

• Mostrar um mamão para as crianças deixá-las tocar, cheirar, sentir a forma. Após distribua um pedaço do mamão para as crianças sentirem o gosto. Explore o sabor desta fruta. Deixe as crianças falarem sobre este contexto.

• No caderno de desenho as crianças irão promover a reprodução da obra " O mamoeiro". Cada criança será respeitada de acordo com sua habilidade artística.

 

ATIVIDADE 4 - Cuca -

Incentivadas a dar asas à imaginação, empunhando pincéis, lápis de cor e massinha. Apreciando as obras de arte

 . Colorir o desenho

- reproduzir com massinha de modelar.a obra - Cuca - 

ATIVIDADE 5 - Abaporu -



- Colorir  o desenho fazendo uma releitura da obra.

- Confeccionar um painel contendo somente o sol e o cacto,fazendo um poster com variadas posições,num ambiente bem criativo e divertido para as crianças.

ATIVIDADE 6 -  Releitura

Após analisarmos, visualizarmos e observarmos as obras da artista plástica Tarsila do Amaral, os alunos terão a possibilidade de ampliar o seu repertório e experimentar novas formas do fazer artístico, desenvolvendo a criatividade criando uma tela da sua autoria.

Deixar em exposição as seguintes algumas obras. As crianças em trio deverão escolher uma das obras e fazer uma releitura, relatando tudo que há na tela (anotados pelo/a professor/a). Em seguida deixar a disposição de cada equipe materiais diversos para que as crianças reproduzam a tela como quiserem.

AVALIAÇÃO

Impressões sobre o projeto

 - Roda de socialização: Os alunos irão fazer uma análise sobre o trabalho realizado: o que mais gostaram, o que não gostaram, se gostaram ou não da pintura de Tarsila, o que foi mais fácil/difícil, etc.

- Escrita espontânea dos alunos contendo sua opinião sobre o projeto

- Produto final: exposição das releituras feitas pelos alunos


ATIVIDADES DIVERSAS


















sexta-feira, 8 de janeiro de 2016