Blog da Cidha Cunha

segunda-feira, 18 de julho de 2016

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS (Resumo)



MEMORIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS (MACHADO DE ASSIS)



Resumo:
Publicada em 1881, a primeira obra realista de Machado de Assis conta a história de Brás Cubas, um filho abastado da sociedade carioca do século XIX. Constitui um grande romance, de leitura difícil, mas profundamente enriquecedora.
A narração é feita em primeira pessoa pelo próprio protagonista, que, após sua morte, resolve escrever suas memórias, desrespeitando a ordem temporal linear – a morte, por exemplo, é contada antes mesmo do nascimento e dos fatos da vida –, o que represente uma novidade para os leitores da época. Essa distorção, segundo Brás Cubas, tornaria sua narrativa mais interessante e “galante” – trata-se, portanto, de mais um capricho do protagonista, entre tantos outros da elite brasileira daquela época.
Outra estranheza que muda radicalmente o panorama da literatura brasileira é o fato de a história ser contada por um personagem depois de morto. O próprio narrador, no início do livro, se intitula um defunto-autor, e não um autor defunto, pois não se trata de um escritor que morreu, e sim de um morto capaz de escrever. O fato de Brás Cubas colocar-se como um defunto-autor dá a impressão de que o relato seria caracterizado pela isenção, pela imparcialidade de quem já não tem necessidade de mentir. Entretanto, essa é apenas mais uma das famosas armadilhas machadianas contra a credulidade do leitor ingênuo e romântico de sua época.
A obra tem início, então, com a morte de Brás Cubas (a cena do enterro, os delírios antes de morrer), para só depois retornar à sua infância, a partir de quando a narrativa segue de forma mais ou menos linear, interrompida apenas por alguns comentários digressivos do narrador.
A infância do protagonista, como de todo membro da sociedade patriarcal da época, foi marcada por privilégios e caprichos patrocinados pelos pais. Ao relatar sua infância, ele escreve que cresceu “naturalmente, como crescem as magnólias e os gatos”, ressaltando, contudo, que “talvez os gatos sejam menos matreiros e, com certeza, as magnólias são menos inquietas do que eu era na minha infância”.
Como ele mesmo afirma, fora um menino matreiro, apelidado, por isso, de menino-diabo: maltratava os escravos, mentia, escondia os chapéus das visitas, colocava rabos de papel em pessoas graves, puxava os cabelos, dava beliscões, possuía temperamento maligno, contando, invariavelmente, com a cumplicidade do pai, que o superprotegia, e a fraqueza da mãe, sempre omissa em relação ao filho.
Tinha como “brinquedo” de estimação o negrinho Prudêncio, que lhe servia de montaria e para maus-tratos em geral. Através de Prudêncio, Machado de Assis nos mostra como a estrutura social se incorpora ao indivíduo: já adulo, Brás Cubas encontra Prudêncio, agora alforriado, batendo em um negro fugitivo. O negrinho se tornara dono de escravos, e nessa condição tratava-os como animais, pois era essa a sua única referência de como lidar com a situação. Depois de um breve espanto, porém, Brás Cubas lhe pede que pare com aquilo, e ele imediatamente atende ao pedido do ex-dono, ainda que não tenha mais nenhuma obrigação a cumprir.
Na escola, Brás era amigo de traquinagem de Quincas Borba, que aparecerá no futuro dizendo-se filósofo. Certo dia Quincas Borba o visita, rouba seu relógio e desaparece. Tempos depois retorna, enriquecido graças a uma herança, devolve-lhe o relógio e lhe conta sobre o Humanitismo, teoria segundo a qual só os mais fortes e aptos devem sobreviver. Em razão dessa passagem, o livro Quincas Borba é considerado uma continuação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, embora as histórias sejam completamente independentes.
Na juventude, Brás Cubas se envolve com Marcela, uma cortesã espanhola que o ama “durante quinze meses e onze contos de réis”. Essa é uma das marcas de Machado de Assis: a maneira como o autor trabalha as figuras de linguagem. Embora Marcela seja uma prostituta de luxo, em nenhum momento é caracterizada nesses termos. O autor utiliza a ironia e o eufemismo para que o leitor capte o significado, sem afirmar categoricamente que ela só estava interessada nos caros presentes que o protagonista lhe dava.
Apaixonado, Brás Cubas gasta muitos recursos com festas, presentes e toda sorte de frivolidades. Preocupado, seu pai toma a atitude mais comum para a classe rica da época: manda o filho para a Europa para formar-se bacharel em Coimbra. Contrariado, Brás Cubas segue para a universidade em uma viagem que já começa triste e lúgubre, já que Marcela descumprira o combinado e não aparecera para se despedir.
Com o diploma na mão e total inaptidão para o trabalho, Brás Cubas retorna ao Brasil, onde segue sua vida parasitária, gozando dos privilégios dos bem-nascidos. Aqui encontra seu segundo e mais duradouro amor: Virgília, parente de um ministro da corte, com quem pretende se casar em um negócio arranjado pelo pai, que quer vê-lo deputado.
Apesar de rica, a família dos Cubas não tinha tradição – construíra sua fortuna com a fabricação de cubas, tachos, à maneira burguesa, o que não era louvável no mundo das aparências sociais. A entrada para a política, portanto, era vista como uma forma de ascensão social, uma espécie de título de nobreza que ainda lhes faltava. No entanto, ambos os projetos são fadados ao fracasso: Brás Cubas perde a noiva e o cargo para Lobo Neves. Mais tarde, almejando ser ministro, consegue apenas o amor adúltero de Virgília e o cargo de deputado.
O romance, portanto, não apresenta grandes feitos, ou seja, não há nenhum acontecimento significativo que se realize por completo. A obra termina, nas palavras do próprio narrador, com um capítulo só de negativas: Brás Cubas não se casa, não consegue concluir o emplasto (medicamento que imaginara criar para conquistar a glória na sociedade), não se torna ministro (apenas deputado, mas seu desempenho é medíocre) e não tem filhos. Assim, o protagonista se transforma em um adulto egocêntrico e mentiroso, exatamente para disfarçar a sequência de fracassos a que sua vida se reduziu.
Desse ponto até o fim da vida, Brás se dedica à carreira política, que exerce sem talento, e a ações beneficentes, que pratica sem nenhuma paixão. O balanço final, tão melancólico quanto a própria existência, arremata a narrativa de forma pessimista: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”
.

Importância do livro
A publicação desse romance, em 1881, é precedida pela formato em folhetim da obra, publicado na “Revista Brasileira” entre março e dezembro de 1880. Memórias Póstumas de Brás Cubas é o marco inaugural do realismo no Brasil. Como fica explícito no título, quem narra as memórias já está morto, o que estabelece um diálogo crítico com a estética realista. Noções como verdade, ciência e razão são colocadas em discussão e relativizadas por Brás Cubas. O narrador vê o mundo com ceticismo e desprezo e, dirigindo sua crítica ao gênero humano, transforma o próprio leitor em uma das vítimas das ironias do livro.

Período histórico
A ação do romance abarca a segunda metade do século XIX, período que corresponde ao governo de D. Pedro II. A juventude de Brás coincide com a Independência do Brasil, em 1822. Assim, sua chegada à idade adulta pode simbolizar a maturidade social brasileira.
O livro é divertido e cheio de surpresas. Por trás de tanto bom humor, porém, pode-se observar o famoso pessimismo machadiano, que não apenas põe à prova as estruturas da sociedade carioca do século XIX, como deixa visível o esqueleto que suporta as estruturas da vida e da arte.

ANÁLISE
Memórias póstumas de Brás Cubas se enquadra no gênero literário conhecido como sátira menipéia, no qual um morto se dirige aos vivos para criticar a sociedade humana. É exatamente o que faz o narrador, ao contar a história de sua vida após o próprio falecimento. A leitura do romance deve levar em conta a dupla condição do protagonista: há o Brás vivo e o Brás morto. 
Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas.
Brás Cubas
 O Brás vivo é personagem da narrativa e vive uma existência marcada pelas futilidades sociais, pela volubilidade sentimental e pelo desprezo que manifesta pelos outros. O Brás morto é o narrador, que é capaz de expor sem nenhum pudor os próprios defeitos. Em primeiro lugar, porque já está morto e não pode mais ser atingido pela ira de seus contemporâneos. Em segundo, porque a condição em que está lhe dá a sabedoria necessária para perceber que seu modo de agir é semelhante ao de todos os seres humanos.  
A sociedade é caracterizada como o espaço do jogo entre aparência e essência, onde as pessoas interpretam papéis e fingem ser o que realmente não são. A impossibilidade de conhecer as profundezas da alma não impede o narrador de reconhecer a miséria moral da humanidade. 

PERSONAGENS
- Brás Cubas: narrador e protagonista, é o “defunto autor” de sua própria biografia, na qual avalia com ceticismo a existência humana. 
- Virgília: esposa do político Lobo Neves e amante de Brás Cubas, sustenta o caso adúltero para manter as aparências do casamento. 
- Quincas Borba: amigo de Brás, formula a filosofia do humanitismo. 
- Eugênia: jovem manca de quem Brás rouba um beijo, abandonando-a em seguida. 
- Marcela: prostituta de luxo com quem o narrador se envolve na juventude. 
- Cotrim: cunhado de Brás pelo casamento com a irmã deste, Sabina, trata-se de um homem de hábitos rudes no trato com escravos. 
- Nhã Loló: parenta de Cotrim, é a noiva arranjada por Sabina para o irmão; o casamento não se realiza em função da morte da pretendente. 
- Dona Plácida: ex-empregada de Virgília, acoberta os encontros amorosos entre Brás e sua antiga ama. 
- Prudêncio: ex-escravo de Brás; depois de alforriado, torna-se dono de um escravo, no qual se vinga das violências recebidas na infância.

Sobre o autor
Machado de Assis
✩21 de Junho de 1839
     ✞29 de Setembro de 1908


Joaquim Maria Machado de Assis ,nasceu  no dia 21 de Junho de 1839,na cidade Rio de Janeiro (RJ).Foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores um dos maiores senão o maior nome da literatura do Brasil. Machado de Assis conseguiu como poucos desentranhar dos acontecimentos políticos de seu tempo o significado humano mais profundo. Assim, o ambiente aparentemente pacífico da vida institucional brasileira da segunda metade do século XIX escondia a violência da escravidão e do sistema de troca de favores que norteava a relação entre ricos e pobres. Ao falar do Brasil, Machado desnudava o ser humano em sua miséria moral. E construía a obra mais genial de nossa literatura. Faleceu em 29 de Setembro de 1908.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

LUCÍOLA (Resumo)


LUCÍOLA (JOSÉ DE ALENCAR)


Resumo:
Romance urbano de José de Alencar, Lucíola é a primeira obra da trilogia que o autor denominou “perfis de mulheres”, composta também por Diva Senhora. Narrada em primeira pessoa por Paulo Silva, a história se passa no Rio de Janeiro e tem início no ano de 1855. A obra relata a relação entre Lucíola, uma cortesã de luxo, e Paulo, um jovem pernambucano que fora para a capital fluminense a fim de conhecer a Corte.
Em seu primeiro passeio pela cidade, Paulo conhece Lúcia, cujo carro havia parado na Rua das Mangueiras. Desconhecendo sua verdadeira profissão, o rapaz vê na cortesã uma moça meiga e angelical, por quem logo se encanta. Dias depois, na companhia do Dr. Sá, Paulo reencontra Lúcia na festa de Nossa Senhora da Glória. Dr. Sá revela ao amigo que aquela “linda moça” era na verdade Lucíola, “a prostituta mais bela da cidade”, mas Paulo mantém em seu coração a imagem angelical que construíra no primeiro encontro.
Ainda encantado, o rapaz descobre o endereço de Lúcia e resolve visitá-la. Depois de uma longa conversa, ele percebe certo pudor na cortesã, o que o leva a duvidar se ela era mesmo quem diziam ser. Intrigado, Paulo comenta o ocorrido com Dr. Sá, que confirma sua versão e lhe garante que ela só se entregaria se ele lhe desse muito dinheiro.
No dia seguinte, Paulo retorna à casa de Lúcia, que derrama algumas lágrimas ao ser assediada. Irritado com aquele gesto, ele diz à cortesã que ela não deveria esperar cortejos, pois ele já sabia quem ela era. Lúcia, então, entrega-se completamente ao rapaz, que fica perplexo diante daquela mulher ardente e desfigurada. Antes de ir embora, Paulo tenta pagar o programa, mas ela não aceita, deixando o jovem confuso com “a singularidade daquela cortesã, que ora levava a impudência até o cinismo, ora esquecia-se do seu papel no simples e modesto recato de uma senhora”.
Algum tempo depois, após sair de uma apresentação de ópera, Paulo vai a uma festa na casa de Sá, onde Lucíola e uma amiga fariam uma apresentação particular para os convidados. Ao perceber a presença de Paulo, a cortesã se diz despreparada, sendo, então, questionada se estaria apaixonada. Diante da risada de deboche do jovem pernambucano, ela assume seu lado “Lúcifer” e começa a dançar sobre a mesa e a despir-se, imitando as poses das mulheres nuas retratadas nos quadros que estavam nas paredes.
Vendo naquela mulher Lucíola, a cortesã mais cobiçada do Rio de Janeiro, e não Lúcia, a bela jovem por quem se encantara, Paulo se irrita e foge para o jardim. A cortesã, arrependida, vai ao seu encontro e explica que tomara aquela atitude por desespero, já que ele havia zombado dela, e garante a Paulo que o ama. A partir daí os dois passam a se encontrar diariamente e Lúcia decide dedicar-se inteiramente a esse amor. Como prova de seus sentimentos, vende sua luxuosa mansão e vai morar em uma casa mais simples com Paulo, sob as críticas da sociedade, que passa a comentar que ele vivia às custas da cortesã.
A explicação para o comportamento contraditório de Lúcia – ora anjo, ora demônio – estava em seu passado, que ela resolve revelar ao companheiro.  Na realidade, não se chamava Lúcia, e sim Maria da Glória. No ano de 1850, quando contava com apenas 14 anos, toda a sua família foi atingida por um surto de febre amarela, o que fez com que ela se deixasse levar pelo vizinho Couto, trocando sua inocência por algumas moedas de ouro. Com esse dinheiro, queria comprar os medicamentos necessários para o tratamento da doença.
Quando soube da origem do dinheiro, porém, seu pai a expulsou de casa, e a partir daí ela se passou por morta, pegando emprestado o nome de uma amiga que falecera de verdade. Sozinha, sem ter para onde ir, Maria da Glória (agora Lúcia) foi acolhida por Jesuína, que logo a conduziu à prostituição. Depois da morte de seus pais, com o dinheiro arrecadado, Lúcia passou a pagar os estudos de sua irmã Ana.
Conhecendo a história de sua amada, Paulo passa a compreendê-la melhor. Lúcia, então, deixa de lado os ares de cortesã, entregando-se de fato ao relacionamento que mantinha com o pernambucano.
Depois de algum tempo, Ana vai morar com a irmã e o cunhado e acaba se apaixonando por Paulo. Percebendo esse sentimento e pressentindo que sua morte não tardaria, Lúcia o incentiva a se casar com Ana, mas ele não aceita. Grávida, ela fica desesperada, pois considera seu corpo impuro para gerar uma vida, e acaba sofrendo um aborto. No entanto, recusa-se a tomar remédios para expelir o feto, afirmando que serviria de túmulo para seu filho. No leito de morte, ela pede a Paulo que cuide de sua irmã como se fosse uma filha, e, feito o pedido, falece nos braços do marido. Passados seis anos da morte de Lúcia, Ana se casa com um homem de bens e Paulo continua triste com a morte do único amor de sua vida.
Durante a narrativa, percebe-se a transformação da cortesã em heroína: Lucíola, que inicialmente se considerava indigna do amor de Paulo por possuir um corpo sujo e vergonhoso, resolve se entregar a esse amor, através do qual purificaria sua alma.
A redenção de Lúcia culmina com a descoberta de sua gravidez e não aceitação dela. Mesmo com o melhor parteiro afirmando que a criança em seu ventre estaria viva, Lúcia acredita que seu corpo é sujo e morto, e por isso não é capaz de gerar um filho. Morre, grávida. Paulo, atendendo a um pedido seu, cuida de Ana até que ela se case.

Importância do livro
Lucíola, ficção urbana de Alencar publicada em 1862, possui uma crítica da sociedade. Crítica esta que não se faz apenas através do relato do narrador, mas como também está presente indiretamente através das atitudes e valores mostrados pelos personagens. Lucíola apresenta uma transgressão à visão romântica da mulher amada – Lúcia não é submissa, ao contrário, é excêntrica e com vontades. Porém, no desfecho, apresenta atitudes tipicamente da visão romântica, e seu ápice acontece na morte de Lúcia, tendo em vista que não há salvação para uma mulher cortesã, a não ser a morte. 
Período histórico
Na segunda metade do século XIX, a sociedade burguesa brasileira é marcada por costumes enraizados e de aparências, onde a mulher deveria ser pura e o homem ser cortês. Alencar, diferente de outros autores da mesma época, apresenta sua visão crítica através de suas obras literárias, e por isso é atacado pelos críticos da época.

ANÁLISE
A obra Lucíola se enquadra nos chamados romances urbanos de Alencar, onde o cotidiano e os costumes de uma sociedade burguesa são relatados. Na literatura desse momento, a figura principal do Romantismo deixa de ser o índio, a natureza, e passa a ser o povo, com suas mazelas e suas virtudes, procurando reafirmar o recente independente país. 
O narrador Paulo é também um dos personagens principais. Porém, a obra peculiar de Alencar possui um narrador que não apresenta uma visão crítica em relação aos acontecimentos. Ao decorrer da narração, Paulo parece reviver a emoção dos momentos que teve com Lúcia. A narração feita em primeira pessoa torna-se assim limitada, uma vez que parte sob a perspectiva pessoal de Paulo. Ou seja, não há o distanciamento dos fatos enquanto narrador. Além disso, como estratégia do autor, a história entre Lúcia e Paulo é contada através de uma carta entregue à senhora G.M. para que Paulo não levasse a culpa de publicar o romance e ser mal visto por se envolver com uma cortesã, diante de uma sociedade preconceituosa. Ele também se revela preconceituoso, pois se recusa a contar a sua história. 
De outro lado, há Lúcia. A Cortesã é cobiçada pela sua beleza e vive numa sociedade que a julga preconceituosamente, até encontrar Paulo, o único capaz de enxergar além das aparências. Já no primeiro encontro, Lúcia diz que ele a purificou com seu olhar e, a partir das visitas de Paulo, ela se distancia cada vez mais da vida de cortesã e se reaproxima de sua origem, enquanto Maria da Glória. Nessa dualidade de Lúcia, podemos enxergar a dicotomia entre os valores cristãos, de pureza, calma, bondade, e os valores do mundo da libertinagem. A personagem busca a autopiedade e o esquecimento do seu passado, porém não consegue, uma vez que a sociedade não perdoa seus atos. Sendo assim, não existiria alternativa para o desfecho e salvação de Lúcia, a não ser a morte.

PERSONAGENS
Lúcia: cortesã rica que é conhecida por todos como bela e excêntrica. Maria da Glória é seu nome de batismo. Ao decorrer do livro, busca seu autoperdão através do amor que tem com Paulo. Apesar disso, não consegue o perdão diante da sociedade do seu passado de cortesã. Morre no final, grávida.
Paulo: confuso entre o sentimento por Lúcia e os preconceitos que há na sociedade. Ao longo do livro também sofre uma transformação; passa de um homem boêmio a um homem de negócios. Escreve uma carta à senhora G.M. contando sua história com Lúcia.
Sá: amigo de infância de Paulo e ex-amante de Lúcia, ele quem apresenta os dois. Milionário e solteiro, é o típico homem burguês. Dá festas em sua casa e representa o preconceito da sociedade burguesa diante da impossibilidade de haver perdão aos atos de Lúcia.
Cunha: amigo de Paulo e ex-amante de Lúcia. Ela o deixou no dia em que viu sua mulher sozinha, triste.
Couto: foi o primeiro cliente de Lúcia. Responsável por oferecer dinheiro a ela, em troca de favores sexuais, quando Lúcia tinha apenas 14 anos.
Rochinha: na roda de amigos boêmios, é o mais novo, com 17 anos, e o mais inexperiente. Porém, tem uma vida irrigada por bebidas alcoólicas. 
Laura: uma das prostitutas que participaram da festa na casa de Sá.
Nina: uma prostituta que se interessou por Paulo, com quem chegou até a marcar um encontro, que não acontece.
Jesuína: Quando Lúcia foi expulsa de casa por seus pais, foi morar com Jesuína. Mais tarde, ela aparece como suposta enfermeira na casa de Lúcia. 
Ana: Com 12 anos e irmã mais nova de Lúcia, vai morar com ela no interior. Possui traços muitos semelhantes aos de Lúcia. Quando Lúcia falece, fica sob responsabilidade de Paulo, e no final do livro casa-se.

Sobre o autor

José de Alencar
✩1 de Maio de 1829
          ✞12 de Dezembro de 1877
José Martiniano de Alencar foi um escritor e político brasileiro. É notável como escritor por ter sido o fundador do romance de temática nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. Nasceu no dia 1 de Maio de 1829 na cidade de Fortaleza CE.

Veio com sua família para o Rio de Janeiro em 1830 e com 14 anos mudou-se para São Paulo. Além de escritor, foi político, advogado e jornalista. Longe da vida boêmia comum aos homens da segunda metade do século XIX, dedicava grande parte de sua vida à literatura. Tornou-se um dos maiores romancistas de nossa literatura. Além de Iracema, possui grandes clássicos, como Cinco Minutos, O Guarani, A Viuvinha, Lucíola, O gaúcho, Senhora, entre outros. Em sua obra podemos notar traços da realidade da sociedade brasileira daquela época, e oposições como o branco e o índio, as cidades e o sertão. Faleceu em 12 de dezembro de 1877 .


segunda-feira, 20 de junho de 2016

O PRIMO BASÍLIO (Resumo)


O PRIMO BASÍLIO (EÇA DE QUEIRÓS)



Resumo:
Lançada em 1878, a obra O Primo Basílio, de Eça de Queirós, relata a envolvente história de Luísa e seu primo Basílio. Casada com o engenheiro Jorge, Luísa vivera, nos primeiros anos de casamento, uma união feliz. Com o passar do tempo, porém, a rotina foi esfriando o relacionamento entre os dois, que se afastaram ainda mais com a notícia de que Jorge viajaria a trabalho para a cidade de Alentejo. No dia da viagem, Luísa lê no jornal, logo cedo, que seu primo Basílio estava retornando a Lisboa, e lembra-se de que ele havia sido seu primeiro amor.
Quando ainda morava em Portugal, Basílio era um homem rico, mas desperdiçara toda a sua riqueza e decidira reconstruir sua vida e fazer fortuna em terras brasileiras. Já no Brasil, rompera com Luísa por meio de carta, o que a deixara bastante infeliz, mas com o passar do tempo ela conheceu Jorge e acabou se casando.
Com a viagem do marido, Luísa passa a ficar sozinha com Joana, a cozinheira, e Juliana, uma empregada com quem ela não se relacionava muito bem, mas que aceitava em sua casa devido à gratidão que seu marido tinha com a jovem, já que esta havia cuidado de sua tia por algum tempo. Alguns dias depois da partida de Jorge, porém, a moça recebe a primeira visita de seu primo Basílio, e a partir de então as visitas se tornam cada vez mais frequentes, até que ele resolve declarar seu amor a Luísa. Inicialmente, Luísa o censura, mas a ausência do marido e as lembranças do passado a fazem ceder e retomar seu relacionamento com o primo.
Antes de viajar, Jorge havia pedido a seu vizinho, Sebastião, que cuidasse de Luísa, e como as frequentes visitas de Basílio estavam gerando comentários maldosos na vizinhança, Sebastião resolve alertá-la. Para eliminar o falatório, então, o casal transfere os encontros para outro lugar, que chamam de “paraíso”.
Desconfiada da traição da patroa, Juliana, que se sentia injustiçada por não ter recebido nada pelo período em que cuidara da tia de Jorge, resolve espionar Luísa para certificar-se do adultério, e os frequentes encontros entre os primos permitem que a empregada reúna provas suficientes da traição. Certo dia, Juliana mostra a Luísa as cartas que havia guardado e que compravavam o adultério, deixando a patroa desesperada.
Preocupado com a situação, Basílio resolve romper com a amante e ir embora, sob o argumento de que precisaria voltar a Paris para resolver alguns negócios. Antes de partir, ele pergunta à prima quanto Juliana estava pedindo pelas cartas, mas Luísa, revoltada com o amante, afirma que resolveria o problema sozinha.
Sem outra opção, Luísa tenta negociar com a empregada, que lhe pede seiscentos mil contos de réis em troca das cartas. Desesperada, a moça pensa em pedir ajuda ao vizinho Sebastião, mas acaba desistindo da ideia. Sem dinheiro para pagar a quantia solicitada, Luísa começa a agradar a empregada, dando-lhe vários presentes. Juliana ganha um quarto melhor, lençóis de linho, um bom colchão e uma cômoda cheia de roupas. Além disso, a patroa passa a fazer os serviços domésticos no lugar da empregada.
Passados mais alguns dias, Jorge retorna de viagem e só então Luísa percebe o quanto ama o marido, que não consegue compreender o que está acontecendo em sua casa. Angustiada, Luísa pede ajuda a sua amiga Leopoldina, a quem conta sobre a traição. Leopoldina sugere à amiga que procure Castro, um homem que sempre fora apaixonado por Luísa e que, diante de seu pedido, não hesita em emprestar-lhe o dinheiro. Percebendo as investidas e a intenção do homem de se aproveitar da situação, porém, Luísa o coloca para fora e acaba ficando sem a quantia exigida por Juliana.
Em casa, Jorge observa a comodidade da empregada e fica intrigado com a maneira com que a esposa insiste em defender Juliana. Luísa alega que a empregada faltara tantas vezes ao trabalho por motivo de saúde, mas, insatisfeito com a desordem da casa, Jorge decide despedi-la. Aos prantos, a patroa pede que ela não faça escândalos, garantindo-lhe que daria um jeito de resolver a situação.
Luísa recorre, então, a Sebastião, a quem conta toda a confusão. O amigo pede a Luísa que o deixe sozinho com Juliana, e para atender ao pedido do vizinho, Luísa convida Jorge para ir ao teatro.
Aproveitando a ocasião, Sebastião vai até a casa de Jorge acompanhado de um policial e exige que a empregada entregue as cartas comprometedoras, sob pena de ser presa. Nervosa, com a saúde frágil e as cartas nas mãos, Juliana cai morta no chão. Quando os donos da casa chegam, Sebastião diz que fora até lá porque ouvira os berros de Juliana, que gritava por ter sido demitida.
No dia seguinte, Luísa amanhece com febre. Aos poucos começa a melhorar e conhece Mariana, a nova empregada. As coisas na casa de Jorge parecem ter voltado ao normal, mas Luísa recebe mais uma carta de Basílio, que acaba sendo lida por seu marido. Na carta, Basílio respondia ao pedido de Luísa, que, arrependida por não ter aceitado a ajuda do primo, solicitara-lhe dinheiro para pagar Juliana. Na mesma carta Basílio declarava amor à prima e lembrava as noites que os dois haviam passado no “paraíso”.
Ao descobrir a traição da esposa, Jorge começa a tratá-la com indiferença. Luísa, ainda fraca, recebe a carta das mãos de Jorge e desmaia. Desmascarada, ela vê sua saúde piorar. Jorge percebe que a esposa está partindo e lhe dá um beijo, perdoando sua traição. Luísa, porém, não resiste à febre cerebral e acaba falecendo.
Após a morte de Luísa, Basílio volta a Lisboa para finalizar alguns negócios. Ele procura pela prima, mas encontra a casa fechada – depois da morte da esposa Jorge passara a viver com o vizinho Sebastião. Informado sobre a morte da prima, Basílio recebe a notícia com indiferença, concordando com a opinião do amigo que o acompanha de que Luísa pouco valia. Ele volta, então, ao hotel em que se hospedara, lamentando por não ter trazido uma amante de Paris.

Importância do livro
Escrito em um momento de consolidação da escola realista-naturalista em Portugal, O primo Basílio se apresenta como uma verdadeira súmula de alguns dos recursos mais característicos do estilo: a crítica social, a exploração da sexualidade, a tendência à construção de personagens marcadas pela baixeza de caráter, a narrativa irônica, as referências pouco lisonjeiras à moral, aos costumes e à religião. 
Período Histórico
Eça pertence à chamada geração de 70, constituída pelos escritores que combateram o romantismo e lutaram pela instauração das ideias realistas em Portugal, a partir de 1870, propondo uma literatura de crítica social e de denúncia do atraso lusitano.

ANÁLISE
O principal alvo de Eça de Queirós em O Primo Basílio é o romantismo. A protagonista Luísa é uma vítima do excesso de fantasias românticas, que acaba por distanciá-la da realidade. A consequência mais grave dessa alienação possui componente moral: Luísa se torna incapaz de discernir valores morais, confundindo amor com desejo, paixão com vulgaridade.  
A obra evita sistematicamente o caminho fácil da idealização, expondo ácidas críticas à burguesia provinciana de Lisboa. Essas críticas são encarnadas nas personagens, que se tornam, desse modo, representações estereotipadas de comportamentos que a narrativa expõe ao ridículo. Em D. Felicidade, Eça descarrega sua crítica ao que chama de “beatice parva”: mulheres que manifestam uma religiosidade que estão longe de seguir ou exemplificar. A visão ácida é amplificada por uma nota naturalista: D. Felicidade sofre de gases.  
A mediocridade, o conservadorismo e o amor às aparências do Conselheiro Acácio deram origem a um novo adjetivo na língua portuguesa: acaciano. O infeliz Jorge é ridicularizado sem piedade pelo narrador: a frieza que sempre manifestou é substituída, no final, pela pieguice do sofrimento provocado pela morte da esposa. A suscetibilidade de Luísa chega quase a destituí-la de humanidade, reduzindo-a à condição de fantoche manuseado pelas circunstâncias.  
Juliana, cuja personalidade é sacudida por frustrações de caráter sexual, físico e social, canaliza seu ódio não para um projeto social transformador, mas para a compensação de seus recalques pessoais. Sebastião, exemplo de bom caráter, tem suas virtudes colocadas em destaque, por contraste com a lama generalizada. 
O romance faz propaganda explícita das principais linhas de força do projeto realista-naturalista. O determinismo mesológico aparece na influência que o meio ambiente decadente e apático exerce sobre as personagens, tornando-as indolentes e favorecendo o domínio do apetite sexual. O final feliz romântico é substituído pelo triunfo da canalhice, na trajetória de Basílio, o vilão imune a qualquer punição. Por fim, a abordagem das relações entre patroa (Luísa) e empregada (Juliana) evita a glamourização e evidencia a desconsideração da primeira e a falta de escrúpulos da segunda. 
Do Realismo, a romance apresenta a crítica ao atraso e ao provincianismo português. Do Naturalismo, a sexualização do enredo e a redução das personagens à condição animal, de cego domínio dos instintos. Eça de Queirós mostra no romance as qualidades de grande estilista que o acompanhariam até o fim da carreira: a linguagem irônica destila acidez na maneira de focalizar o atraso português, que ele demoraria a perdoar.


Personagens:
Luísa: Representa a jovem romântica, inconsequente nas suas atitudes, a adúltera.
Jorge: Marido dedicado de Luísa, engenheiro de minas, homem prático e simples, que contrasta com a personalidade mundana e sedutora de Basílio.
Basílio: Dândi, conquistador e irresponsável, "bon vivant" pedante e cínico. Como todo dândi, Basílio procurava imitar um estilo de vida aristocrático, decadente. Tinha uma preocupação latente em estar bem vestido e arrumado.
Juliana: Personagem mais completa e acabada da obra, tem sido vista como o símbolo da amargura e do tédio em relação à profissão. Feia, virgem, solteirona, bastarda, é inconformada com sua situação e por isso odeia a tudo e a todos, principalmente seus patrões, não detendo então qualquer sentimento de fundo moral.
Sebastião: Personagem simpático que permanece fiel a Jorge e ao mesmo tempo ajuda Luísa. Sebastião é o único que não apresenta nenhuma crítica à socialidade lisboeta.
Julião: Parente distante de Jorge e amigo íntimo da casa, Julião Zuarte,assim como Juliana, representa o descontentamento e o tédio com a profissão. Estudava desesperadamente medicina, na esperança de conseguir uma clientela rica. Andando sempre sujo e desarrumado, Julião era invejoso e azedo.
Visconde Reinaldo: Amigo de Basílio, era, como este, um dândi. Desprezava Portugal. Reinaldo representa o pensamento aristocrático, o desprezo pelos valores burgueses, como a família e a virtude.
Dona Felicidade: Amiga de Luísa, cinquentona. Apaixonada perdidamente pelo Conselheiro Acácio. Simbolizava, nas palavras do próprio Eça: "a beatice parva de temperamento excitado".
Conselheiro Acácio: Antigo amigo do pai de Jorge, Acácio é o arquétipo do sujeito que só diz obviedades. Pudico, formal em qualquer atitude, rejeita friamente as investidas de Dona Felicidade. Diz a todos que "as neves que na fronte se acumulam terminam por cair no coração". No entanto, vive um romance secreto com sua criada.
Senhor Paula: Vizinho de Jorge. Junto com a carvoeira e a estanqueira, passa o dia bisbilhotando quem entra e quem sai da casa do "engenheiro". O surgimento de Basílio acaba virando um espetáculo para eles.
Leopoldina: Amiga de Luísa, casada e adúltera. Sempre em busca de novos prazeres e assim amantes, tem uma má reputação, e é uma possível influência para o comportamento de Luísa.
Ernestinho: Um homem baixinho da voz fina. É primo de Jorge. Seu sobrenome, Ledesma, dá-lhe um ar ridículo, de lesma pegajosa. É pequeno, pálido, romântico, escreve seguindo o interesse do público. A peça "Honra e Paixão", escrita por ele, é um dramalhão de caráter romântico. De vontade fraca, não tem estilo próprio.
Joana: Cozinheira da casa.
Castro: Tinha uma paixão platônica por Luísa.

Sobre o autor
Eça de Queirós
    ✩25 de Novembro de 1845
✞16 de Agosto 1900



José Maria de Eça de Queiro  foi um dos mais importantes escritores portugueses da história. Foi autor de romancess de reconhecida importância, de Os MaiasO Crime do Padre Amaro; o primeiro é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX. Eça de Queirós trabalhou como jornalista, como muitos autores do período, advogado e cônsul. Mas ficou mais conhecido pela atuação na literatura. Os textos do autor apresentam o nascimento do realismo português e são objeto de análise até hoje.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Cofrinhos (Porquinho)de garrafa pet /Passo a passo.

COFRINHO EM FORMA DE PORQUINHO


MATERIIAIS: 
EVA (cores de sua preferencia)
GARRAFA DE REFRIGERANTE (mini)
OLHINHOS QUE SE MEXEM 
COLA PARA EVA OU COLA INSTANTÂNEA (SUPER BOND)
OBS: Os porquinhos ficam mais bonitos se as garrafas forem brancas transparentes.

MODO DE FAZER:


1 garrafinha de refrigerante mini/
retângulo que envolva a garrafa para a barriga/
Tiras de 1 á 2cm +ou-,para forrar a tampa(focinho) e pés.

A medida para forrar a tampa (círculo) pode ser feito com a própria tampa.

Sempre recortando e arrumando as sobras de eva

Para fazer a entrada do cofre,
basta perfurar com uma faca no local onde fica a marca de cola do rótulo,
pois sendo assim o focinho fica na medida certa.

Colar a parte do corpo somente no local que fez o traço do cofre,
para poder passar com a faca por cima e assim colar o restante do corpo.

Após colar no local e perfurar por cima do eva, envolver o restante e colar.


Enrolar as tiras para os pés


Nesse momento é importante colar  com a garrafinha deitada,
caso contrário não ficará em pé devido ao peso do focinho.
Portanto cole nas laterais e não embaixo .


Para o rabinho...um circulo recortando envolta até formar uma mola. 


Colar o que sobra de eva para dar formato ao rabinho ,
 depois colar a  mola e dar uma puxada de leve para ficar  enrolado.

Para o detalhe do focinho...
Dois círculos minúsculos  de eva ou pode ser desenhado.

Colar os olhinhos que se mexem ,ou parados
ou até mesmo pode ser desenhado.


Para as  orelhas, faça  mine corações  colando-os de lado.







Para a Alegria da criançada, coloquei uma moeda de um real  na entrada do cofre e todos os porquinhos foram entregues  numa embalagem transparente com laço.
Se preferir , a moeda pode ser de chocolate.

domingo, 22 de maio de 2016

Orientações básicas para fazer um TCC


Siga as orientações abaixo:

O TCC será um artigo científico, com mínimo de 10 e máximo de 15 laudas.

O tema é livre, desde que seja relacionado ao seu curso.

RESUMO:

- O RESUMO deve ser o último item a ser confeccionado, após a finalização do artigo;

- Deve conter entre 100 e 250 palavras;

- Em bloco único, sem parágrafos;

- Utilize fonte tamanho 10 e espaçamentos simples entrelinhas;

- Inicie com uma breve exposição do problema, dos objetivos e as justificativas do

trabalho;

- Em seguida, relate de forma breve a metodologia (incluindo tipo de estudo – pesquisa

de campo ou pesquisa bibliográfica) e locais de busca (internet, bibliotecas, empresas,

etc.);

- Na sequência, faça uma breve exposição dos principais resultados (se for um trabalho

bibliográfico estes resultados serão informações da própria pesquisa bibliográfica);

- Finalize com uma também, breve exposição das principais conclusões.

PALAVRAS-CHAVE:

• O termo acima em negrito;

• Logo após o resumo;

• Fonte tamanho 12;

• As demais palavras sem negrito e, separadas por ponto final;

• De 03 a 06 palavras ou expressões que identifiquem o seu tema;

• Sugerem-se palavras que você utilizaria para procurar artigos sobre o tema na

Internet.

INTRODUÇÃO:

• Fonte tamanho 12;

• A questão-problema deve vir no primeiro parágrafo (1 parágrafo);

• Em seguida, relacione e comente os objetivos do trabalho (1 parágrafo);

• Na sequência, relate de forma objetiva as justificativas para a realização do

trabalho sobre aquele assunto e sua motivação pessoal (1 parágrafo);

• Nos parágrafos seguintes, coloque as definições e informações acerca do

assunto, em linhas gerais, sem muito aprofundamento (2 a 3 parágrafos);

• Continue o texto relacionando e dialogando com os autores que te dão

sustentação teórica, citando-os e conversando com eles, bem como, comentando

rapidamente a metodologia utilizada na pesquisa (2 a 3 parágrafos);

• Utilizar de uma citação no mínimo e no máximo três;

• No último parágrafo relate e analise as hipóteses aventadas e que serão

comprovadas ou refutadas na pesquisa (1 parágrafo);

• Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as

seções do Artigo;

• Antes de enviar, faça correção gramatical e ortográfica de todo o texto.

CITAÇÕES:

Com menos de 4 linhas, as citações devem vir dentro do texto:

• Em fonte 12;

• Contendo o sobrenome do autor (dentro de parênteses coloque em maiúsculas

e fora em minúsculas), a data e a página, dentro de parênteses, sempre;

• Entre aspas.

Com 4 linhas ou mais, devem vir destacadas do texto:

• Em fonte 10;

• Espaços simples entrelinhas, com recuo de 4,0 cm da margem esquerda;

• Contendo o sobrenome do autor (dentro de parênteses coloque em maiúsculas

e fora em minúsculas), a data e a página dentro de parênteses, sempre;

• Sem aspas;

• Separada do texto por dois espaços.

DESENVOLVIMENTO:

• Fonte tamanho 12;

• Este deve ser o item maior e mais importante do Artigo, pois, é onde você

fará todas as considerações e debates sobre o tema da pesquisa.

• Nele você fará as novas definições e aprofundamento teórico no assunto

abordado utilizando os autores e suas obras, sempre que fizer alguma afirmativa.

• É nesse momento que se faz um detalhamento minucioso da metodologia

(inclusive dizer se foram consultados, preferencialmente, livros e artigos

de sites científicos). Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo

desenvolvido. Trabalhos de campo serão analisados sob os critérios exigidos para

este tipo de estudo (metodologia criteriosamente delineada e detalhada em todos

os seus aspectos).

• Sugere-se, como METODOLOGIA, a REVISÃO DE LITERATURA.

• Inicie o seu desenvolvimento expondo a evolução do tema abordado e, logo

em seguida, afirme com a exposição da fundamentação teórica, corroborando

assim, as suas ideias com as ideias dos autores acadêmicos utilizados.

• No desenvolvimento é onde você (o autor do artigo), apresenta, discute e

busca demonstrar as ideia que quer provar.

• Relembrando que o Artigo é uma REVISÃO DE LITERATURA e que, após

analisar as informações publicadas sobre o tema, você deve demonstrar,

teoricamente, o objeto de seu estudo e a necessidade da pesquisa que realizou.

• Lembre-se de abordar o mínimo de artigos teóricos exigidos (três a cinco

autores acadêmicos).

• Em artigos científicos não se deve colocar palavras com a conotação de

sensacionalismo.

• Lembre-se que seu artigo é científico, portanto, ele deve possuir

embasamento científico e, para tanto, faça um diálogo com os autores

pesquisados.

• DIRETRIZES PARA SABER SE FIZERAM UMA BOA REVISÃO

TEÓRICA: buscamos nossas bibliografias em fontes confiáveis? Procuramos no

mínimo 5 revistas indexadas? Utilizamos bibliografias com no máximo 10 anos

de idade? Procuramos outras monografias (pós-graduação), dissertações de 

mestrado, ou mesmo teses de doutorado como fontes de pesquisa? Conversamos

ou consultamos pelo menos dois especialistas na área de nossa pesquisa teórica?

Entramos em contato com fóruns e centros de estudo para procurar bibliografias

mais atuais e relevantes em andamento? Quais são os autores mais relevantes e

destacados relacionados ao tema monográfico?

• Utilizar referências de 2005 a 2015.

• Os resultados do estudo devem ser relacionados (se for uma pesquisa

bibliográfica, serão as próprias informações obtidas nos estudos consultados).

Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo desenvolvido.

• Em seguida faz-se a discussão destes resultados (neste ponto, você pode fazer

suas próprias intervenções, mas apenas comentando as informações que foram

dadas, em forma de citações, na frase ou parágrafo anterior). Por exemplo:

• Em um texto informativo como este “A linguagem seria então o motor do

pensamento, contrariando assim a concepção desenvolvimentista que considera o

desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem”. (VYGOTSKY,

1991). Você faz seu comentário pessoal a respeito dele, dessa forma: O disléxico

apresenta dificuldades com a linguagem isso dificulta o desenvolvimento de sua

aprendizagem e em função disso é necessário que o docente trabalhe de forma

direcionada às dificuldades de cada aluno. (Comentário de aluno).

• Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as

seções do Artigo;

• É importante que você mantenha um diálogo científico e formal com os

autores, citando-os sempre que fizer afirmações ou alegações que exijam essas

afirmativas, pois, jamais podemos afirmar sem que autoridades no assunto nos

deem suporte teórico.

• Finalizando: você sempre deve dialogar as suas ideias com as ideais dos

autores acadêmicos, dando sempre créditos aos autores dos trechos ou IDEIAS

citados. Pesquise somente em sites acadêmicos

como:

 www.scielo.br; http://scholar.google.com.br; www.anped.org.br; www.dominiopublico.gov.br 

artigos científicos para que você possa também se orientar

e tirar algumas ideias. A pesquisa deverá ser feita em sites acadêmicos ou em

livros científicos, garantindo, assim, o RIGOR CIENTÍFICO exigido para a

escrita do seu TCC.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Fonte tamanho 12;

• Deve ser o fechamento do assunto com as suas próprias palavras, isto é, sem

fazer citações, mas, sem dar opiniões;

• A Conclusão deve referir-se apenas ao que foi efetivamente discutido no

trabalho, tendo em vista os objetivos do estudo e os resultados encontrados,

respondendo à questão proposta inicialmente na introdução;

• Relacione as diversas ideias desenvolvidas ao longo do trabalho, num

processo de síntese dos principais resultados e as contribuições trazidas pela

pesquisa.

• Em trabalhos com assuntos que geram muita polêmica, você deve apresentar,

ao longo do texto (Desenvolvimento), os pontos a favor e os pontos contra sobre

o problema em questão e, na Conclusão, se posicionar, de maneira discreta, com

relação a um ou outro ponto. Dessa maneira, você informará ao leitor interessado

sobre todos os aspectos do problema, dará a sua opinião na Conclusão e deixará

que o próprio leitor opte por um dos lados;

• Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as

seções do Artigo;

• Portanto: NÃO UTILIZE CITAÇÕES NA CONCLUSÃO.



quarta-feira, 27 de abril de 2016

Síndrome de IRLEN -

 


A Síndrome de Irlen é uma doença rara que causa dificuldade de leitura e aprendizado devido à sensibilidade extrema a certas ondas de luz. Pouco conhecida no Brasil, a correção pode ser feita por meio do uso de lentes coloridas, segundo o Instituto Irlen, da Califórnia.

A Síndrome de Irlen, também chamada de Síndrome da Sensibilidade Escotópica, é uma situação caracterizada por alteração da visão, em que as letras parecem estar se mexendo, vibrando ou desaparecendo, além de haver dificuldade para focar em palavras, dor nos olhos, sensibilidade à luz e dificuldade para identificar objetos tridimensionais.

Essa síndrome é considerada hereditária, ou seja, passa dos pais para os filhos e o diagnóstico e tratamento são baseados de acordo com os sintomas apresentados, avaliação psicológica e resultados do exame oftalmológico.

Principais sintomas

Os sintomas da Síndrome de Irlen normalmente surgem quando a pessoa é submetida a diversos estímulos visuais ou luminosos, sendo mais frequentemente em crianças que iniciam a vida escolar. No entanto os sintomas podem aparecer em qualquer idade como consequência da exposição à luz solar, faróis de carros e luzes fluorescentes, por exemplo. Alguns sintomas:

· Fotofobia;

· Intolerância ao fundo branco de uma folha de papel;

· Sensação de desfocamento da visão;

· Sensação de que as letras estão se mexendo, vibrando, aglomerando ou desaparecendo;

· Dificuldade para distinguir duas palavras e para focar em um grupo de palavras. Nesses casos a pessoa pode conseguir focar em grupo de palavras, no entanto o que se encontra ao redor encontra-se desfocado;

· Dificuldade para identificar objetos tridimensionais;

· Dor nos olhos;

· Cansaço excessivo;

· Dor de cabeça.

Devido à dificuldade para identificar objetos tridimensionais, as pessoas com Síndrome de Irlen possuem dificuldades para realizar atividades simples do dia-a-dia, como subir escadas ou praticar algum esporte, por exemplo. Além disso, as crianças e adolescentes que possuem a síndrome podem ter baixo desempenho na escola, devido à dificuldade para enxergar, falta de concentração e compreensão.

Os sintomas da Síndrome de Irlen se tornam mais evidentes em situações que demandam mais atenção visual, como por exemplo, atividades que envolvem leitura por tempo prolongado, tanto e material impresso, quanto no computador.

Sintomas físicos

Lacrimejamento e olhos vermelhos

Dor, coceira e ardência nos olhos (esfregar os olhos constantemente, pode ser confundido com alergias)

Dor de cabeça

Dificuldade na percepção da profundidade: comprometendo atividades com bola, subir e descer escadas, determinar os espaços entre os objetos no ambiente

Baixa tolerância à luz

Na leitura e escrita

Confusão entre números

Distorções visuais

Inversão de letras e palavras

Espaçamento irregular

Dificuldade em manter a linha reta para a escrita

Lentidão

Baixa compreensão

Muito esforço para concentrar-se

Tratamento para a Síndrome de Irlen

O tratamento para a Síndrome de Irlen é estabelecido após uma série de avaliações educacionais, psicológicas e oftalmológicas, isso porque os sintomas são mais frequentes em idade escolar e podem ser identificados quando a criança passa a apresentar dificuldades de aprendizagem e baixo desempenho na escola, podendo ser indicativo não só da síndrome de Irlen, mas também de outros problemas de visão, dislexia ou deficiências nutricionais, por exemplo. 

Após a avaliação do oftalmologista e confirmação do diagnóstico, o médico pode indicar a melhor forma de tratamento, que pode variar de acordo com os sintomas. Como essa síndrome pode se manifestar de formas diferentes entre as pessoas, o tratamento também pode variar, no entanto alguns médicos indicam o uso de filtros coloridos para que a pessoa não sinta desconforto visual quando exposta à luminosidade e contrastes, melhorando a qualidade de vida.

Apesar desse ser o tratamento mais utilizado, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica afirma que esse tipo de tratamento não possui efetividade comprovada cientificamente, não devendo ser utilizada. Assim, é indicado que a pessoa com a Síndrome de Irlen seja acompanhada por profissionais, evitem ambientes luminosos e façam atividades que estimulem a visão e a concentração. 



DICAS DE ATIVIDADES QUE PODEM SER TRABALHADAS COM CRIANÇAS PORTADORAS DA SÍNDROME DE IRLEN


Atenção concentrada.

·  Categorização (cores, frutas, iguais).

·  Colorir, desenhar e contornar.

·  Construção de histórias.

·  Coordenação motora fina 

·  Coordenação motora grossa.

·  Discriminação de cores, letras e números.

·  Discriminação temporal.

·  Discriminação visual.

·  Dominó.

·  Encaixar, recortar.

·  Equilíbrio e flexibilidade.

·  Esquema corporal.

·  Funções básicas de pensamento.

·  Jogo da memória.

·  Jogo dos sete erros.

·  Jogos e brincadeiras.

·  Lateralidade.

·  Liga pontos.

·  Jogo do mico.

·  Organizar figuras.

·  Quebra-cabeça.

·  Raciocínio lógico.

·  Jogos de cartas para essa faixa etária: Rouba-montes.

·  Cantar: “Árvore da montanha”, “A velha a fiar”, “Seu Lobato tinha um sítio” e “Mestre André”.

·  Brincadeiras de mão acompanhadas de melodias cantadas – como Adoleta, Escravos e Jó.






domingo, 10 de abril de 2016

Projeto Dia Internacional da Mulher - 08 de Março -

 


 

 O PROJETO

JUSTIFICATIVA

Esse projeto visa informar melhor aos nossos alunos a importância da mulher na sociedade, e seus direitos no ambiente familiar ou profissional.

Alguns anos atrás,as mulheres  eram subordinadas pela sociedade, pelos homens, sofrendo  grandes perdas. Uma figura que trabalhava no sustento e bem estar familiar, sempre estava por trás, com salários injustos e muitas vezes sem receber nada.Por conta disso, que um dia as mulheres se uniram para seu respeito, direito ao seu trabalho e a vida. No Dia 8 de março de 1910, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Em 1932, a mulher teve seus direitos trabalhistas garantidos frente à sociedade. Atualmente, em benefício das mulheres,foi vigorada a Lei Maria da Penha, que visa proteger os direitos da Mulher em família e  na sociedade.

OBJETIVO GERAL

Reconhecer o papel da mulher, como ser humano ativo, na sociedade;

Informar os direitos e deveres da mulher em sociedade, afim de que se torna cada vez mais á frente lutando pelo seu papel e que sejam recebidas as merecidas homenagens.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Conhecer a Lei Maria da Penha, que visa proteger a mulher;

Homenagens nesta data importante, 8 de Março;

Relacionar o conteúdo curricular com a data comemorativa.

Confecção de cartazes, painéis e cartões.

METODOLOGIA:

08 de março Dia Internacional da Mulher;

A Mulher no campo de trabalho;

A Mulher na família;

A Mulher na sociedade de um modo geral; As diferentes profissões.

Doenças da Mulher,(câncer de mama e câncer do colo uterino)

Violência contra a mulher;

Combater o preconceito.

DESENVOLVIMENTO

Em princípio, irá trabalhar a história do dia da mulher, envolvendo leitura, discussões em sala de aula, conhecimento sobre a Lei Maria da Penha e o direito trabalhista. Ao mesmo tempo em Língua Portuguesa será trabalhado textos escritos como leitura de noticiários, informações, redações, poesias e mensagens.Em seguida serão trabalhadas confecções de painéis, cartazes, cartões, na disciplina de artes.

Poderá também ,conversa com os alunos a respeito da importância da mulher nos dias atuais. Em seguida cada aluno receberá uma imagem de uma mulher e deverá falar sobre a mesma: Se está triste ou alegre, cor do cabelo, dentre outros a serem questionados pelo docente;

Cartaz coletivo: os alunos colam gravuras/imagens de mulheres para enfeitar a sala de aula;

Quebra-cabeça: os alunos divididos em quatro grupos receberão imagens de mulheres (imagens divididas) para montar coletivamente. Em seguida, haverá uma exposição interna entre os alunos da sala para observarem;

Confecções de lembrancinhas.

DISCIPLINAS

Língua Portuguesa: Leitura, escrita, poesias, noticiários.

História: A história do dia da Mulher, Lei Maria da Penha.

Artes: Confecção de cartazes, cartões, mensagens e músicas.

Música: "Mulher" de Erasmo Carlos.

FECHAMENTO DO PROJETO:

Apresentação de danças;

Declamação de poesias;

Teatros;

Musica;

Entrevista com funcionárias da escola

Palestra sobre a importância da mulher na sociedade frisando seus direitos e deveres.

AVALIAÇÃO:

A avaliação acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de forma contínua e diagnóstica; com a intenção primordial de rever a própria prática docente, criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem-se suas potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades (de acordo com as peculiaridades de cada aluno) no decorrer do projeto.

Atividades impressas:








Lei Maria da Penha  -AQUI -



Lembrancinhas: