Blog da Cidha Cunha

terça-feira, 20 de março de 2012

DOM CASMURRO (Resumo)


DOM CASMURRO
(MACHADO DE ASSIS)

Resumo:

Bentinho, apelidado de Dom Casmurro por um rapaz de seu bairro, resolve escrever um livro por falta do que fazer. A partir daí, ele mesmo conta sua história.
Bento Santiago (Bentinho) morava em Matacavalos com sua mãe, Dona Glória (viúva), José Dias (o agregado), Tio Cosme (advogado e viúvo) e prima Justina (viúva). Após a morte de seu primeiro filho, Dona Glória fez uma promessa a Deus: se lhe abençoasse com outro filho, o mandaria para o seminário para que se tornasse padre. Nasceu-lhe então Bentinho, que foi para o seminário cumprir a promessa de sua mãe logo após completar 15 anos.
Ocorre que Bentinho já estava apaixonado por Capitolina, a Capitu, sua amiga de infância, que lhe correspondia esse sentimento. Diante dessa circunstância, com a ajuda de José Dias (o agregado), Bentinho obteve o consentimento de sua mãe para sair do seminário e estudar Direito no exterior (José Dias era fascinado por Direito e pelos estudos no exterior). Para cumprir sua promessa, então, Dona Glória adotou um órfão e encaminhou-o ao seminário. Após voltar ao Brasil formado em Direito, com a aprovação de sua mãe, Bentinho se casou com Capitu.
Ainda no seminário, Bentinho fez um amigo, Escobar, que logo passou a frequentar sua casa. Assim que Bentinho contou-lhe sobre seus planos de se casar com Capitu, Escobar revelou que também não queria ser padre, e sim comerciante.
Após sair do seminário, Escobar casou-se com Sancha, uma amiga de Capitu, e teve com ela uma filha. Capitu, de início, não conseguia engravidar, até que veio-lhe um filho, Ezequiel. O menino tinha mania de imitar os outros, principalmente Escobar, mania esta que não conseguiram tirar.
Tudo ia bem até o falecimento de Escobar. Durante o enterro, Bentinho percebeu que Capitu não chorava, mas expressava um sentimento muito forte pelo amigo da família. Neste momento teve início o drama de Bentinho. Ele logo notou que seu filho, Ezequiel, estava cada vez mais parecido com Escobar, e se deu conta de que já havia ‘flagrado’ Capitu e Escobar sozinhos em casa algumas vezes. Antes desse fato, Betinho nunca havia desconfiado de nada, mesmo porque confiava muito em Escobar. Seu desespero daí em diante, porém, tornou-se cada vez maior.
Como Bentinho via Escobar jovem em seu filho, começou a evitá-lo, pois para ele o filho era a prova da traição que sofrera. Atordoado, Bentinho pensou até mesmo em se suicidar, mas acabou desistindo do plano.
Capitu, Bentinho e Ezequiel foram então para a Europa, mas Bentinho acabou retornando sozinho ao Brasil (nessa data, Dona Glória e José Dias já haviam morrido). Ia de vez em quando para a Europa para disfarçar, já que as pessoas perguntavam-lhe muito sobre sua esposa e seu filho, mas acabava não procurando por eles em suas viagens.
Depois do retorno de Bentinho ao Brasil, Capitu escreveu-lhes várias cartas, mas as respostas eram sempre breves e secas. Após o falecimento de Capitu, que foi enterrada na Suíça, Ezequiel voltou ao Brasil e deu a notícia ao pai. Embora ver o filho o deixasse cada vez mais certo da traição, dada a semelhança entre Ezequiel e Escobar, Bentinho fez seu papel de pai e financiou-lhe uma viagem a Grécia, Egito e Palestina, já que o menino gostava muito de arqueologia. Durante a viagem, Ezequiel morreu de febre tifóide e foi enterrado em Jerusalém, deixando Bentinho sozinho com sua dúvida.
Na realidade, embora o próprio narrador (Bentinho) afirme ter sido traído, Machado de Assis consegue deixar o leitor em dúvida quanto à suposta traição de Capitu, personagem forte e envolvente, consagrada na literatura brasileira por seus olhos profundos e inexplicáveis, “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” ou “olhos de ressaca”, segundo a definição de seu próprio marido, o ciumento Bento Santiago.  até a velhice, Bento vive em estado de relativa reclusão, o que faz surgir seu apelido: Dom Casmurro, que quer dizer introspectivo. 
Ocorre que a expressão tem outro significado, que o narrador esconde do leitor desavisado: teimoso. E se a primeira definição mostra o comportamento do narrador, esta última revela o traço mais forte de sua personalidade: a insistência em defender o ponto de vista de acordo com o qual foi traído, mesmo sem a apresentação de provas incontestáveis.

Personagens

Capitu: A personagem nos é pintada leviana, fútil, a que desde pequena só pensa em vestidos e penteados, a que tinha ambições de grandeza e luxo. Capitu acaba se tomando a dona do romance: forma, inicialmente, com o narrador, um “duo terníssimo” e, depois, possa a constituir o centro do drama do protagonista masculino, com a entrada em cena de Escobar (“trio") e de Ezequiel (“quattuor”).
Bentinho: também protagonista, que ocupa uma postura de anti-herói. Não pretendia ser padre como determinara sua mãe, mas tencionava casar-se com Capitu, sua amiga de infância. Um fato interessante é que os planos, para não entrar no seminário, eram sempre elaborados por Capitu. É o narrador e pseudo-autor da obra. Na velhice, momento da narração, era um homem fechado, solitário e triste. As lembranças de um passado triste e doloroso tornaram-no um indivíduo de poucos amigos.
Dona Glória: mãe de Bentinho, que desejava fazer do filho um padre, devido a uma antiga promessa, mas, ao mesmo tempo, desejava tê-lo perto de si, retardando a sua decisão de mandá-lo para o Seminário. Portanto, no início encontra-se como opositora, tornando-se depois, adjuvante.
Tio Cosme: irmão de Dona Glória, advogado, viúvo, "tinha escritório na antiga Rua das Violas, perto do júri... trabalhava no crime"; "Era gordo e pesado, tinha a respiração curta e os olhos dorminhocos". Ocupa uma posição neutra: não se opunha ao plano de Bentinho, mas também não intervinha como adjuvante. 
José Dias: agregado, "amava os superlativos", "ria largo, se era preciso, de um grande riso sem vontade, mas comunicativo... nos lances graves, gravíssimo", "como o tempo adquiriu curta autoridade na família, certa audiência, ao menos; não abusava, e sabia opinar obedecendo", "as cortesias que fizesse vinham antes do cálculo que da índole". Tenta, no início, persuadir Dona Glória a mandar Bentinho para o Seminário, passando-se, depois, para adjuvante. Vestia-se de maneira antiga, usando calças brancas engomadas com presilhas, colete e gravata de mola. Teria cinqüenta e cinco anos. Depois de muitos anos em casa de D. Glória, passou a fazer parte da família, sendo ouvido pela velha senhora. Não apenas cuidava de Bentinho como o protegia de forma paternal. 
Prima Justina (prima de Dona Glória): Parece opor-se por ser muito egoísta, ciumenta e intrigante. Viúva, e segundo as palavras do narrador: "vivia conosco por favor de minha mãe, e também por interesse", "dizia francamente a Pedro o mal que pensava de Paulo, e a Paulo o que pensava de Pedro". 
Pedro de Albuquerque Santiago: falecido, pai de Bentinho. A respeito do pai o narrador coloca: "Não me lembro nada dele, a não ser vagamente que era alto e usava cabeleira grande; o retrato mostra uns olhos redondos, que me acompanham para todos os lados...
Sr. Pádua e Dona Fortunata: pais de Capitu. O primeiro, "era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra" e a mãe "alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabeça, os mesmos olhos claros". Jamais se opuseram à amizade de Capitu e Bentinho. 
Padre Cabral: personagem que encontra a solução para o caso de Bentinho; se a mãe do menino sustentasse um outro, que quisesse ser padre, no Seminário, estaria cumprida a promessa. 
Escobar: amigo de Bentinho, seminarista, "era um rapaz esbelto, olhos claros, um pouco fugitivos, como as mãos,... como tudo". Ezequiel Escobar foi colega de seminário de Bentinho e, como este, não tinha vocação para o sacerdócio. Melhor amigo de Bentinho. Gostava de matemática e do comércio. Quando saiu do seminário, conseguiu dinheiro emprestado de D. Glória para começar seu próprio negócio. Casou com Sancha, melhor amiga de Capitu. Morreu afogado depois de enfrentar a ressaca do mar. 
Sancha: companheira de Colégio de Capitu, que mais tarde casa-se com Escobar. 
Ezequiel: filho de Capitu e Bentinho. Tem o primeiro nome de Escobar. Quando pequeno, imitava as pessoas. Vai para a Europa com a mãe, estudou antropologia e mais tarde volta ao Brasil para rever o pai. Morre na Ásia de febre tifóide perto de Jerusalém.

Importância do livro 
A temática da traição, presente em Dom Casmurro é instigante por si só. A traição conduz o ser humano aos limites da racionalidade e à beira da perda da razão. No entanto, o traço fundamental da obra é o questionamento da verdade, entendida como um dos edifícios do realismo a que o próprio escritor pertencia. A intensidade desse diálogo – com o tempo, com as emoções humanas e com a arte – faz de Dom Casmurro um romance de releituras sempre proveitosas. 
As marcas mais evidentes do estilo machadiano estão presentes no livro: a digressão (suspensão da narrativa para o desenvolvimento de reflexões paralelas), a metalinguagem (discurso sobre a própria arte) e o diálogo com o leitor, quase sempre conduzido com fina ironia. 
Período histórico
O Brasil da segunda metade do século XIX era uma economia em formação e em transformação. O estabelecimento de bases capitalistas relativamente modernas convivia, e conviveria ainda por muito tempo, com a persistência de hábitos e pensamentos conservadores.

ANÁLISE
Encerrado o relato de suas memórias, Bento Santiago pode até se dar por satisfeito em ter sua tese comprovada. O leitor atento, porém, pode se permitir duvidar dele. O comportamento de Capitu no velório de Escobar não é prova suficiente de adultério. Tampouco a semelhança de Ezequiel, já que esta é alegada pelo narrador, sem que nenhuma outra personagem se manifeste a respeito.  
Cada acusação que pesa sobre Capitu pode ser desmentida por quem se preste ao papel de advogado de defesa da moça. Mas se alguém, de fato, resolver cumprir a missão, é bom não esquecer que está duelando com um advogado bem sucedido. Se o leitor pode duvidar da verdade que Bento lhe apresenta, não tem muito o que fazer para contestá-la. Se os fatos alegados por ele podem ser questionados, também podem ser usados para montar uma história convincente – exatamente a que ele relata. 
E enquanto os leitores se envolvem em incansáveis e intermináveis disputas a respeito da atribuição ou não de culpa a Capitu, muito provavelmente Machado de Assis se diverte, do espaço de onde poderia escrever, se quisesse, as suas próprias memórias póstumas. O motivo de seu riso é a própria discussão.  
Na verdade, Dom Casmurro é um romance que trata da traição, sem que ela seja seu tema fundamental. O que se discute é o conceito de verdade, tema que transcende as traições, atingindo todos os níveis do relacionamento humano e, mais ainda, a forma como a humanidade constrói seus valores e sua moral. 
Assim, Dom Casmurro toma a traição como ponto de partida para discutir temas mais amplos e permanentes, o que lhe confere a condição de obra atual. Ao mesmo tempo, parte dessa discussão ilumina seu próprio tempo, o que lhe confere uma marca histórica.

Sobre o autor
Machado de Assis
✩ 21 de Junho de 1839
✞ 29 de Setembro de 1908 (69 anos)


Joaquim Maria Machado de Assis ,nasceu  no dia 21 de Junho de 1839,na cidade Rio de Janeiro (RJ).Foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores um dos maiores senão o maior nome da literatura do Brasil. Machado de Assis conseguiu como poucos desentranhar dos acontecimentos políticos de seu tempo o significado humano mais profundo. Assim, o ambiente aparentemente pacífico da vida institucional brasileira da segunda metade do século XIX escondia a violência da escravidão e do sistema de troca de favores que norteava a relação entre ricos e pobres. Ao falar do Brasil, Machado desnudava o ser humano em sua miséria moral. E construía a obra mais genial de nossa literatura. Faleceu em 29 de Setembro de 1908.




terça-feira, 6 de março de 2012

A MORENINHA (Resumo)

A MORENINHA
(JOAQUIM MANUEL DE MACEDO)




A obra de Joaquim Manuel de Macedo, lançada em 1844, conta a história de Augusto, um rapaz que apostara com os amigos Filipe, Leopoldo e Fabrício que não ficaria apaixonado por mais de 15 dias por mulher alguma. Certo dia, perto do dia de Sant’ana, Filipe convida seus colegas para irem à ilha de Paquetá na casa de sua avó, D. Ana. O único que não demonstra entusiasmo é Augusto. Filipe tenta persuadir o amigo falando sobre o baile que terá na ilha, onde estarão presentes suas primas: a pálida Joana, de 17 anos; Joaquina, loira de 16; e sua irmã, Carolina, uma moreninha de 15.
Na conversa, a turma questiona a inconstância de Augusto em seus romances. Motivados, fazem uma nova aposta: Filipe diz que Augusto encontraria na ilha uma moça por quem se apaixonaria. Caso ele ficasse apaixonado por 15 dias pela mesma mulher, teria que escrever um livro contando o fato; em contrapartida, se isso não ocorresse, Filipe escreveria o livro falando de sua derrota. Augusto, então, acaba concordando com a viagem.
Antes da partida, Fabrício envia uma carta a Augusto pedindo ajuda para se livrar da namorada, a prima feia e pálida de Filipe, Joana. Na ilha, Augusto deveria persegui-la, e Fabrício, fingindo ciúmes, terminaria o romance. Ao se encontrarem na ilha, porém, Augusto nega o auxílio a Fabrício, que, como vingança, revela na mesa de jantar as inconstâncias nos amores do rapaz. Augusto alega que não poderia se prender e amar uma só mulher, pois admirava a beleza de todas, confissão que repudia as moças presentes.
Sozinho no local, apenas D. Ana faz companhia a Augusto. Ambos saem, então, para caminhar, e no trajeto a mulher questiona o rapaz sobre seus romances. Augusto lhe revela por que agia daquela forma: Conta que quando tinha 13 anos se apaixonara por uma menina com cerca de oito anos, e logo os dois decidiram pelo casamento. Tratavam-se como “meu esposo” e “minha mulher”, não se importando com os nomes. Certo dia, um menino chegara aos prantos até eles – o pai da criança estava morrendo.
Neste momento os três correram até a cabana, onde Augusto e sua “mulher” encontraram um velho moribundo. O jovem casal deu todo o dinheiro que tinha à família. Com o gesto, o velho os abençoou e pediu aos garotos um objeto de valor – Augusto entregou um camafeu de ouro, e a menina, um botão de esmeralda. O velho, então, passou o camafeu de ouro para a menina e o botão de esmeralda ao menino, para que no futuro eles pudessem se reconhecer e casar de verdade. Depois daquele dia, no entanto, eles nunca mais se viram.
A “mulher” mexera tanto com Augusto que ele não conseguia amar outra pessoa. Augusto até tivera algumas histórias com outras mulheres, como uma moça morena, uma garota corada e uma mulher pálida. Desiludido com estes romances, porém, jurara não amar nenhum desses três tipos de moças. Dessa maneira, percebera, então, que não poderia amar nem mesmo sua “mulher”.
Enquanto conta a história para D. Ana, Augusto ouve alguém correndo na porta da gruta. Vai até o local e vê Carolina distante a se divertir. O moço e a avó de Filipe caminham um pouco mais e vão até uma fonte ao fundo da gruta, onde o jovem bebe um pouco de água. A senhora, então, conta-lhe sobre a lenda daquela fonte: D. Ana diz a Augusto que a água da fonte eram as lágrimas de uma virgem que havia chorado em cima do rochedo por não ser correspondida pelo jovem que visitava a ilha diariamente. Dizia a lenda que quem bebesse daquela fonte não sairia da ilha sem amar um de seus habitantes.
Já na residência, Augusto deixa derramar café em sua roupa. Filipe diz ao amigo que ele pode usar o quarto das meninas para se trocar. Enquanto o jovem se troca, entram no quarto Joana, Gabriela, Quinquina e Clementina. Com o susto, o rapaz corre e se esconde debaixo da cama, de onde fica ouvindo as confidências das moças. As mulheres pausam a conversa quando escutam um berro de Carolina, e todas saem do quarto. Augusto aproveita e termina de se vestir.
Ao anoitecer, os jovens se reúnem para jogar. Augusto não acha graça naquela diversão, pois sente falta de Carolina. D. Ana, vendo a inquietação do rapaz, pede para que o mesmo vá procurar a moça. Quando a conheceu, Angusto achou Carolina feia, depois passou a achá-la travessa e naquele momento já a achava bela. A menina percebe o carinho do rapaz e também demonstra simpatia por ele.
Os dias passam e durante um sarau Augusto brinca com as meninas e acaba se declarando para as quatro. Porém, as garotas descobrem o golpe e decidem fazer uma brincadeira com ele.  Elas escrevem um bilhete anônimo onde pedem que Augusto vá à gruta no dia seguinte. Carolina, sabendo da armação, manda uma carta para Augusto, sem identificação, contando a armadilha. Mesmo assim, o moço vai ao encontro das garotas e acaba virando o jogo a seu favor. Já no local ele diz que adivinharia os segredos das meninas se elas bebessem a água da fonte mágica. Augusto aproveita e conta os segredos que havia escutado no quarto, enquanto trocava de roupa. Admiradas, as mulheres vão embora sem entender as adivinhações do garoto.
Augusto se prepara para voltar para a casa quando Carolina aparece na gruta e conta que tem um segredo para revelar. A menina então fala sobre a “sua mulher”, o presente, e assegura que em breve ele ficaria apaixonado. Transtornado, Augusto volta com seus amigos à corte. Ao chegar, o rapaz revela a Fabrício que se apaixonara por Carolina.
Os dias passam e Filipe volta a passear na casa da avó. Ao chegar avisa a todos que no dia seguinte receberia a visita de Augusto. Carolina rapidamente trata de se arrumar e recebe o amado toda vestida de branco. Os momentos do casal são todos agradáveis, e certo dia, durante uma caminhada pela praia, Augusto declara amor à moça.
No entanto, ele precisa retornar à corte – e assim o faz. Lá, Augusto enfrenta um problema: seu pai não o deixa voltar à ilha e com isso ele adoece. Sem o retorno do amado, Carolina fica infeliz. Os dias passam e Augusto tem melhoras. A menina, com saudades, fica à sua espera, até que ele volta à ilha na companhia de seu pai.  D. Ana e o pai de Augusto conversam muito, até que os dois amantes são chamados. A senhora havia concedido a mão da neta a Augusto.
Carolina pede meia hora e vai com o seu pretendente até a gruta. Lá a moça o entrega o camafeu de ouro e Augusto percebe que estava falando com seu verdadeiro e único amor – o casal decide, então, pelo noivado. Filipe, Fabrício e Leopoldo chegam também para a festa. Questionado pelos amigos sobre a história que ele deveria escrever, Augusto surpreende o grupo e diz que o romance já está pronto e se chama A Moreninha.


Importância do livro

O romance A Moreninha é considerado o primeiro romance romântico brasileiro. Apresenta uma linguagem simples, um enredo que prende o leitor com algum suspense e um final feliz típico dessa fase do movimento do Romantismo. A obra remonta o cenário da alta sociedade carioca em meados do século XIX. Joaquim Manuel de Macedo ganhou notoriedade na corte carioca, pois a obra caiu no gosto do público.

 ANÁLISE

O romance A Moreninha é um clássico da nossa literatura e representa a narrativa romântica com características nacionais. O Romantismo, como grande parte dos movimentos literários, tinha força na Europa. A obra de Joaquim Manuel de Macedo dá os primeiros passos para o Romantismo tipicamente brasileiro. 
A obra mostra os costumes e a organização da sociedade que se formava no século XIX no Rio de Janeiro: os estudantes de medicina, os bailes, a tradição da festa de Sant’Ana , o flerte das moças etc. Também está presente a cultura nacional, através da lenda da gruta, em que  o choro de uma moça que se apaixonou por um índio e não foi correspondida se transforma na fonte que corre na gruta. 

PERSONAGENS

- Filipe: estudante de medicina, amigo de Augusto. Faz o convite aos colegas para passarem o feriado na casa de sua avó. 
- Leopoldo: o mais animado dos amigos de Augusto, também estudante de medicina. 
- Fabrício: é prático e um tanto mesquinho quando se trata de relacionamentos. Pede ajuda a Augusto para livrar-se de Joaquina. 
- Augusto: é volúvel e inconstante nos relacionamentos amorosos. Apaixona-se facilmente, mas dura pouco, por isso afirma nunca ter amado. Apesar da inconstância, é romântico. Pois não engana as moças, apenas é volúvel. 
- Joana: prima de Filipe. Tem dezessete anos, cabelos e olhos negros, é pálida. 
- Joaquina: prima de Filipe. Tem dezesseis anos, é loura de olhos azuis e tem faces cor-de-rosa. 
- D. Ana: avó de Filipe. Dona da casa na ilha, senhora amável de sessenta anos que nutre um carinho especial pela neta (a Moreninha) que criou após ter ficado órfã. 
- Moreninha: irmã de Filipe. Menina de quatorze anos, travessa, engraçada e impertinente.
- D. Violante: uma senhora amiga de D. Ana. Era inconveniente e chateou Augusto com lamentações e assuntos de doenças

Sobre o autor 
Joaquim Manuel de Macedo
 * 24 de Junho de 1820
               † 11 de Abril de 1882 (61 anos)

Joaquim Manoel de Macedo é um médico que nunca exerceu a profissão, pois dedicou sua vida à literatura. Tornou-se o autor mais lido no Brasil de sua época, sua obra representava a classe média carioca que habitava a corte em meados do século XIX
Jornalista, político, professor, romancista, poeta, teatrólogo e memorialista brasileiro.
Nasceu em Itaboraí -Rio de Janeiro
 É o patrono da cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras.  

segunda-feira, 5 de março de 2012

SAÚDE NAS ESCOLAS 2012













Mais de 5 milhões de alunos com idade entre 5 e 19 anos que frequentam escolas públicas em todo país terão uma programação diferenciada de hoje (5) até a próxima sexta-feira (9). Os ministérios da Saúde e da Educação realizam a primeira edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, que tem como tema a obesidade em crianças e adolescentes. Profissionais que fazem parte da Estratégia Saúde da Família, coordenada pelo Ministério da Saúde, farão avaliações nutricionais em estudantes de mais de 22 mil escolas públicas em 1.938 municípios que aderiram à iniciativa de mobilização. Também estão previstas atividades e palestras envolvendo a comunidade escolar (alunos, profissionais e funcionários) e visitas das famílias dos estudantes a Unidades Básicas de Saúde localizadas próximo às escolas.
Segundo o Secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães ,a Semana de Mobilização Saúde na Escola acontecerá todos os anos e foi instituída por portaria publicada no Diário Oficial da União. A adesão é voluntária e é uma das ações previstas no Programa Saúde na Escola, desenvolvido pelos Ministérios da Saúde e Educação desde 2007 e que foi integrado ao Programa Brasil sem Miséria. “O PSE promove a articulação da rede básica de educação com o Sistema Único de Saúde para atenção, promoção e prevenção dos estudantes de 5 à 19 anos e a Semana é o pontapé inicial, uma forma das equipes se entrosarem, se conhecerem e, a partir daí, programarem as atividades que serão realizadas no ano”.

O tema de trabalho prioritário da Semana será Prevenção da obesidade na infância e na adolescência. Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada entre 2008/2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Entre os jovens de 10 a 19 anos, 1 em cada 5 apresentam excesso de peso. O secretário alerta que é preciso intervir o mais rápido possível nessa realidade. “É um problema que já afeta 1/5 da população infantil, por isso temos que agir agora para não termos uma geração futura de obesos, hipertensos, diabéticos, com riscos cardiovascular, renal e cerebral aumentada”, explica

domingo, 4 de março de 2012

ATIVIDADES - A CASA SONOLENTA-

ATIVIDADES: A CASA SONOLENTA



O livro






























ATIVIDADES





















Para  pintar ,recortar e montar.





















Vocabulário:
Atividade 1:Recorte e cole  em ordem alfabética.
Atividade 2: copiar as palavras em ordem alfabética
Atividade 3 : Retire  os seres vivos e depois separar em silabas.
sugestão: Ditado de palavras/Ditado recortado ou Ditado de frases.