Blog da Cidha Cunha

terça-feira, 22 de maio de 2018

PIADA COM CAPACITISMO



Capacitismo é um termo utilizado para descrever a discriminação, opressão e abuso advindos da noção de que pessoas com necessidades especiais são inferiores às pessoas sem deficiência. Que torna essas pessoas  “incapazes” de outras atividades “normais”. Desse modo, são incluídas no grupo das minorias  e muitos de seus direitos são negados.Sendo assim, sua luta política é invisibilizada e muito pouco mencionada. E, pior que isso, sua voz não é ouvida.
Assim, surgiu a ideia da campanha virtual #écapacitismoquando, em que as pessoas com necessidades especiais relatam, na internet, experiências que vivenciaram ao longo de suas vidas. Sempre vemos campanhas para conscientização sobre o direito dessas pessoas errando em suas propostas, seja por não apresentarem modelos com deficiência ou por demonstrarem falta de compreensão do tema, reduzindo o assunto a estereótipos de superação ou assistencialismo. Entretanto, desta vez a iniciativa surgiu do próprio público-alvo, utilizando a força das mídias sociais.
A campanha tem sucesso também no  Facebook chamado “Luta contra o capacitismo” conseguiram uma adesão surpreendente das pessoas com deficiência. Pela primeira vez, elas se identificavam com este tipo de campanha. Por meio da hashtag, surgiram diversos relatos pessoais, estudos acadêmicos e diversos tipos de material explicando e expondo situações capacitistas presentes no dia a dia. O movimento conquistou também a atenção das pessoas sem deficiência que se viram nos depoimentos do evento e começaram a desconstruir e rever suas atitudes. Seguindo a # da campanha, você poderá ver exemplos.
Podemos ainda mencionar o capacitismo que ocorre em aplicativos e sites de relacionamento. Muitos usuários saem do chat assim que “descobrem” a “deficiência”. Isso revela que há uma forma de silenciamento para com os portadores de necessidades especiais, quando o assunto é a sexualidade. Os “não-deficientes” tendem a nos enxergar como “assexuados” pornatureza, causando espanto e desconforto quando o assunto é tratado com naturalidade e de forma madura. Esse isolamento faz com que o grupo muitas vezes busque se realizar entre si. Inclusive, há locais específicos para isso na web.
Capacitistas costumeiramente veem deficiência como um erro na vida, um jeito incorreto de se viver e portanto costumam negar qualquer experiência de vida dessas pessoas .
É bom lembrar que sentir pena, lamentar ou idealizar a pessoa com necessidades especiais  é capacitismo da mesma forma.Também é quando, por exemplo, tratam essa pessoa  como criança, quando acham que uma pessoa com deficiência mental é “burra”, quando acham que uma pessoa cadeirante é uma pobre coitada e saem empurrando a cadeira dela sem nem perguntar se pode, é quando negam a limitação da pessoa pra culparem ela por algo que ela não tem controle, é quando agridem verbalmente e fisicamente essas pessoas.
Diga não ao Capacitismo!
Usar xingamentos capacitistas nunca é legal. Não é legal em propaganda, não é legal quando nos referimos à pessoas ou coisas. Não é legal chamar alguém dessas coisas.
Exemplos de capacitismos: “estúpido”, “retardado”, “maluco”, “capenga”, “doido”, “imbecil”.
Uma boa alternativa ao uso desses termos poderia ser pensar melhor no que você está tentando dizer antes de falar, tentar dizer o que você quer ao invés de tomar atalhos e acabar insultando pessoas com necessidades especiais.
 Quando vocês usam esses termos, inconscientemente ou não, estão debochando das pessoas que possuem esses problemas. Vocês comparam alguém a quem tem isso como se fosse repreensível ter esses problemas. Isso trabalha muito a favor da exclusão de pessoas com desordens mentais de modo geral.
 "Mongolóide", "mongol", "mongo" e suas variações: Não só é capacitista como também é racista/xenofóbico. Em 1860, John Langdon Down começou a classificar os pacientes conhecidos como “idiotas”, e percebeu que o grupo tinha uma aparência similar. Citando um arredondamento do rosto, formato dos olhos e outras características físicas, escreveu: “Um grande número de idiotas congênitos são típicos mongóis”.
Julie Coleman, professor de Inglês na Universidade de Leicester, diz que Down acreditava que “essas pessoas voltaram a um estado anterior da humanidade, que é ser mongol”, é importante observar também que esta conclusão de Down veio cerca de sete anos depois de Darwin começar a falar sobre evolução. Em 1965 a República Popular da Mongólia se queixou à Organização Mundial da Saúde que o termo era depreciativo em relação a eles, e foi substituído por Síndrome de Down. (fonte psiconlinews.com) Oligofrenia é uma doença que provoca o retardo no desenvolvimento mental de um indivíduo. Do grego “oligos”, que significa pouco, mais “phren”, que significa mente. Oligofrênico é um adjetivo que se refere àquele que sofre de oligofrenia.
A oligofrenia é uma doença que pode ser de origem hereditária, ou ser adquirida precocemente e que afeta o sistema nervoso central.
Associações de pessoas com deficiência, como a APAEUNICEF, têm recomendado a utilização de termos como "portadores de necessidades especiais", "Excepcionais", entre outros, no lugar de expressões como cretino, idiota, imbecil que, apesar de termos científicos oriundos do início da história da medicina, ao longo do tempo adquiriram um sentido conotativo de ofensa que dificulta sua inclusão social. Por outro lado, sua utilização foi um grande avanço para época em substituição da crença de indivíduos amaldiçoados ou possuídos pelo demônio.
Enfim, capacitismo é uma série de práticas e comportamentos (tanto conscientes quanto inconscientes) contra pessoas que possuem algum tipo de deficiência. As pessoas que praticam capacitismo têm uma tendência de achar que a “não-deficiência” é o normal e que pessoas que tem deficiências têm que se virar para se encaixar na norma ou se afastar das pessoas que não têm nenhuma deficiência.







 https://pt.wikipedia.org/wiki/Capacitismo


  


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