Blog da Cidha Cunha

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mafalda...a inesquecível!


 A Mafalda representa o momento ápice, supremo da criação: quando a criatura supera seu criador. Talvez por isso Quino, seu criador houvesse dito em algum momento:
"Não importa o que eu penso da Mafalda, mas o que ela pensa de mim."
Mafalda foi uma tira escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino. As histórias, apresentando uma menina (Mafalda) preocupada com a Humanidade e a paz mundial que se rebela com o estado atual do mundo, apareceram de 1964 a 1973, usufruindo de uma altíssima popularidade na América Latina e Europa.
Mafalda é fã dos Beatles e do Pica-pau.Os personagens principais eram: Mafalda,Manolito,Felipe,susanita,Guille(irmão caçula).
Ah, sim, ela também odeia sopa e fica “pê” da vida quando ouve as futilidades da amiga Susanita, uma garota que, assim como ela, só tem quase oito anos, mas já sabe o que quer da vida, coisas, como, por exemplo, ter um marido rico e de boa aparência. Mas é na figura do sonhador Filipe, personagem inspirado num jornalista amigo do cartunista, que ela afaga seus anseios e preocupações de menina ingênua, entre elas, sua preocupação crônica com a humanidade e o futuro do planeta.




O nome Mafalda, por sua vez, foi em grande parte inspirado numa novela chamada Dar la Cara, do escritor argentino David Viñas. As feições foram inspiradas na avó do cartunista.

 Mafalda foi publicada nos jornais argentinos entre 1964 e 1973. A personagem apareceu pela primeira vez em 1962, mas Quino considera que o aniversário se dá em 29 de setembro de 1964, dia em que foi publicada pela primeira vez na imprensa. As tirinhas receberam – e ainda recebem – diversos prêmios e já foram traduzidas para mais de 20 idiomas
Esta personagem, que logo se tornou célebre entre os leitores de suas histórias, é uma menina aparentemente rebelde, inconformada diante do contexto mundial recente, tornou-se extremamente popular em todo o continente europeu e na América Latina. Inúmeras vezes ela foi comparada à criação do norte-americano Charles Schulz, Charlie Brown, especialmente pelo escritor Umberto Eco, em 1968, que via em ambos um temperamento triste e suave. Este autor também caracterizava Mafalda como uma protagonista propensa à ira, justamente por não aceitar as coisas como elas são.


Quem é Quino?





Joaquín Salvador Lavado, conhecido como Quino nasceu em Mendoza, Argentina, em 1932. Em 1949 abandonou a Faculdade de Belas Artes determinado a desenhar quadrinhos. Conseguiu vender sua primeira história em quadrinhos em 1950 – uma propaganda para uma loja de sedas. Em 1978 ganhou o Troféu Palma de Ouro, do Salão Internacional do Humorismo de Bridigher. Foi eleito Desenhista do Ano em 1982.

As aventuras de Mafalda foram narradas em três veículos – Primera Plana, El Mundo e Siete Días Illustrados. Quino foi sempre um autor exigente, doando-se integralmente a sua criatura, com um estilo distinto de outros cartunistas, que dividiam sua produção com outros artistas e desenhistas. Ele fez questão de manter um vínculo direto com sua personagem, responsabilizando-se sozinho por ela. Assim, não foi difícil para o autor descobrir o momento exato em que ela deveria interromper sua trajetória e partir, antes que qualquer leitor pudesse se dar conta de que ela tinha completado sua jornada.
Mafalda foi provavelmente criada no contexto histórico conhecido como Pós-Guerra Fria.
Esta garota rebelde nasceu, portanto, em 1962, pronta para protagonizar um cartoon publicitário destinado a ser divulgado no jornal argentino Clarín, mas, devido a uma súbita ruptura do contrato, este trabalho foi inutilizado. Mafalda só se transformou em um cartoon concreto graças ao estímulo de Julián Delgado, amigo de Quino, então editor-chefe do Primera Plana, veículo semanal.
A tira de Mafalda foi lançada no exemplar de 29 de setembro de 1964, mas somente Mafalda e seus progenitores foram apresentados nesta edição; o personagem Filipe é acrescentado em janeiro de 1965. Mas uma divergência de natureza legal aparece em 9 de março deste mesmo ano e o quadrinho é suspenso. Uma semana depois, porém, Mafalda ressurge em versão diária no El Mundo de Buenos Aires.
Manolito e Susanita são elaborados em poucas semanas e, quando a mãe de Mafalda descobre que está esperando um bebê, o veículo no qual a tira circula entra em falência, no dia 22 de dezembro de 1967. Em 2 de junho de 1968 a história em quadrinhos renasce no jornal Siete Días Illustrados.
No dia 25 de junho de 1973 Quino encerrou a publicação das tiras de Mafalda. Depois disso ele raras vezes a ressuscitou, apenas em momentos muito vinculados à imagem da personagem, como as lutas pelos Direitos Humanos. Em Buenos Aires, capital da Argentina, uma praça foi batizada com seu nome, uma prova da importância desta personagem.



Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mafalda
http://www.mafalda.net/pt/geschichte.php

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