SANTO ANDRÉ KIM - 20/09 -
Dia 20 de setembro relembramos o exemplo de Santo André
Kim e o testemunho dos 103 mártires coreanos.
A Igreja católica estabelecida na Coréia tem uma característica
particular: Nasceu da iniciativa missionária de leigos. A raiz do catolicismo
coreana foram as comunidades chinesas. A expansão das comunidades na Coreia fez
com que elas recebessem oficialmente um sacerdote vindo de Roma.
Em pouco tempo a comunidade cresceu possuindo milhares de fiéis,
Porém, começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos,
inimigos da liberdade, justiça e fraternidade, pregadas pelos missionários.
Tentando acabar com o Cristianismo matavam seus seguidores. Não sabiam que o
sangue dos mártires é semente de cristãos.
Entre os mártires que a Igreja canonizou na Coréia está André
Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. André nasceu em 1821 numa
família da nobreza e profundamente cristã. Seu pai, por causa das perseguições,
havia formado uma “igreja particular” em sua casa, nos moldes daquelas dos
cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem
os Sacramentos.
André tinha quinze anos quando resolveu se preparar para o
sacerdócio. Depois de muitos desafios fez-se padre em Xangai. Devido à sua
condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos
resultados no seu apostolado de evangelização.
Durante um trabalho missionário, André foi preso pelas
autoridades coreanas. Num gesto de coragem professou a fé em Cristo. Seu gesto
custou-lhe a vida. André foi decapitado na cidade de Seul em 1846. Na mesma
ocasião foram martirizados cento e três homens, mulheres, velhos e crianças,
sacerdotes e leigos, ricos e pobres.
Apesar das dificuldades o grupo de mártires continuavam, porém
com pouco apoio de Roma já que neste período enfrentavam a prepotência de
Napoleão que enfrentava abertamente a Igreja. Devido a esta situação durante
trinta anos os Coreanos tiveram grandes dificuldades em professar a fé em Jesus
Cristo, sendo martirizados aos milhares, e dentre os mártires ficou conhecido
um grupo de 103, que dentre eles se encontrava o primeiro padre coreano André
Kim, que foi morto no ano de 1845, no total além do padre haviam mais 10
clérigos e 92 leigos.
Alguns testemunhos ficaram gravados, e dentre tantos: “Dado que
o Senhor do céu é o Pai de toda a humanidade e o Senhor de toda a criação, como
podeis pedir-me para o trair? Se neste mundo aquele que trair o pai ou a mãe
não é perdoado, com maior razão, não posso nunca, trair aquele que é o Pai de
todos nós!” (Teresa Kwon).
Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as
primeiras páginas da história na Igreja da própria pátria. Na data da
canonização, bicentenária do início da evangelização da Coréia, esta nação
contava com 1.4000.000 católicos, 14 Dioceses, 1.200 sacerdotes, 3.500
religiosos e 4.500 catequistas, atestando mais uma vez a frase de Tertuliano:
“O sangue dos mártires é sangue de novos cristãos!”
No ano e 1984 o Papa João Paulo II visitou Seul e canonizou
Santo André Kim e seus companheiros mártires.
REFLEXÃO:
O sacrificio dos mártires coreanos, aceitado de bom grado por
Jesus Cristo que os havia conquistado, deu sem dùvida uma abundante colheita e
devemos rezar para que continue a ser fonte de orgulho, esperança, força e
inspiração para todos os cristãos.
ORAÇÃO Á
SANTO ANDRÉ KIM:
Deus todo-poderoso,
Que destes ao mártir Santo André Kim Taegón e companheiros
A graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza,
Para que possamos viver firmes em nossa fé,
Como eles não hesitaram em morrer por vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
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