São Carlos Borromeu - 04/11 -
Origens
Carlos Borromeu nasceu no dia 2 de outubro de 1538, no castelo de sua
família, na cidade de Arona, perto de Milão, Itália. Seu pai foi o milionário conde
Gilberto Borromeu. Sua a mãe se chamava Margarida de Médicis. Ela pertencia à
mesma família nobre e influente na sociedade italiana e na Igreja. Carlos foi o
segundo filho.
Vocação
Os pais de Carlos Borromeu seguiram o hábito da época: entregaram-no para
o serviço de Deus quando ele completou doze anos. Por uma grande felicidade, o
menino tinha grande vocação religiosa e encontrou-se muito feliz no caminho do
serviço a Deus. Sua vocação religiosa era bastante acentuada. Além disso, era
penitente, cheio de piedade e caridoso para com todos os pobres.
Formação sólida
Carlos Borromeu tornou-se um estudioso aplicado e se destacou pela
inteligência e sabedoria. Diplomou-se em direito canônico com apenas vinte e um
anos. Um ano depois, entusiasmado com a fé e com grande ardor missionário, ele
funda uma Academia para estudos religiosos. Esta academia teve total aprovação
da Santa Sé.
Sobrinho do Papa Pio IV
Carlos Borromeu era sobrinho de Pio IV e isso o estimulava a seguir
adiante no caminho da fé e não nas glórias humanas. Ele queria viver uma vida
afastada, como monge. Porém, por causa de sua sabedoria e inteligência, com
apenas vinte e quatro anos já era sacerdote e já tinha sido sagrado bispo de
Milão. No cargo, ajudou a organizar a igreja e dedicou-se à evangelização.
Desejo de afastamento
São Carlos Borromeu sentindo-se bastante atraído pela vida monástica e
contemplativa. Por causa disso, pensou seriamente em renunciar a seu cargo à
frente da arquidiocese. Porém, seu amigo, o Venerável D. Frei Bartolomeu dos
Mártires, então arcebispo de Braga, conseguiu dissuadi-lo dessa ideia. D.
Bartolomeu o ajudou a perceber que, naquele século, repleto de maus exemplos
dados pelo alto Clero, seria melhor que São Carlos Borromeu, um nobre, vindo de
família milionária e sobrinho do Papa, desse um exemplo de vida pobre, humilde
e santa como arcebispo. São Carlos Borromeu viu neste conselho a vontade de
Deus e acatou, permanecendo arcebispo de Milão.
Exemplo de bispo
Seguindo os conselhos de Jesus e os de seu amigo D. Frei Bartolomeu,
São Carlos Borromeu foi utilizando todos os seus bens (e eram muitos!) na
construção de hospitais, albergues para os pobres, casas de formação para os
sacerdotes e religiosos. Além disso, teve atuação forte no Concílio de Trento e
levou adiante as reformas sugeridas por tal Concílio.
Reformas e perseguições
Promoveu a adoção de disciplina mais rígida para os padres e
religiosos. Com isso, criou hostilidades com aqueles que não estavam dispostos
a abrir mão de privilégios. Porém, não se preocupava com isso. Por causa da
disciplina que instaurou para o clero, São Carlos Borromeu chegou a ser vítima
de um atentado, enquanto estava em oração em sua capela. São Carlos Borromeu,
porém, saiu ileso e perdoou generosamente aquele que atentara contra sua vida.
Peste negra
Em 1576 a peste negra chegou a Milão. Milhares de pessoas morreram.
Mais de cem padres também faleceram, contaminados pela peste quando ajudavam os
doentes. São Carlos Borromeu foi bastante atuante em meio a essa mortandade.
Visitava e dava assistência a todos os contaminados que conseguia. Levava a eles os sacramentos da Igreja e o consolo da fé, no meio da dor do sofrimento.
Não tinha receio nem precauções ao se misturar com os doentes. Sofrendo por ver
tantas mortes de inocentes, flagelou-se em praças públicas pedindo perdão a
Deus, exercendo seu sacerdócio em nome de seu povo.
Morte
Este trabalho incansável, porém, consumiu suas forças. Tanto que, um
dia, a febre o pegou. Ela não o matou de vez, mas tirou-lhe as forças minou seu
corpo lentamente. Depois disso, conseguiu fazer muito menos e, alguns anos
depois, faleceu com apenas quarenta e seis anos. Antes de morrer, proclamou-se
feliz por ter seguido, em toda a sua vida, os ensinamentos de Cristo e pela
graça de poder encontrar-se com o senhor de coração puro. Faleceu em 4 de
novembro de 1584, estando em sua sede episcopal. Sua canonização foi celebrada
pelo Papa Paulo V em 1610.
Oração a São Carlos Borromeu
“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Carlos Borromeu,
animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua
intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
São Carlos Borromeu, rogai por nós.”
Oração feita por São Carlos Borromeu dirigida ao Anjo da Guarda
“Meu bom Anjo da Guarda, não sei quando e de que modo irei morrer. É
possível que eu seja levado de repente ou que, antes do meu último suspiro, eu
me veja privado das minhas capacidades mentais. E há tantas coisas que eu
quereria dizer a Deus, no limiar da Eternidade... Por isso hoje, com a plena
liberdade da minha vontade, venho pedir, Anjo da minha guarda, que faleis por
mim nesse temível momento. Direis, então, ao Senhor, meu bom Anjo da Guarda:
- Que quero morrer na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, no seio
da qual morreram todos os santos, depois de Jesus Cristo, e fora da qual não há
salvação.
- Que peço a graça de participar nos méritos infinitos do meu Redentor
e que desejo morrer pousando meus lábios na Cruz que foi banhada com o Seu
Sangue.
- Que aborreço e detesto os meus pecados que ofenderam a Jesus e que,
por amor a Ele, perdoo os meus inimigos, como eu próprio desejo ser perdoado.
- Que aceito a minha morte como sendo da vontade de Deus e que, com
toda a confiança, me entrego ao Seu amável e Sacratíssimo Coração, esperando em
toda a sua misericórdia.
- Que, no meu inexprimível desejo de ir para o Céu, me disponho a
sofrer tudo quanto a Sua soberana Justiça haja por bem infligir-me.
Não recuseis, ó Santo Anjo da minha guarda, ser o meu intérprete junto
de Deus e expor diante dEle que estes são os meus sentimentos e a minha
vontade. Amém.”
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